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(Tau-te-King, 16)


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

: : da (in)submissão : : o medo : : uma das energias mais negativas e autodestrutivas


O medo, a par da inveja e do rancor, é uma das energias negativas com efeitos mais devastadores no sujeito que os cultiva do que propriamento nos objectos que os instigam. Enquanto causa/consequência de uma violência exógena mais ou menos explícita, o medo tolhe o sujeito, mina-lhe a vitalidade, conduzindo-o à passividade perante o ultraje, à desistência de ser e querer, ao desrespeito pela sua essência. Talvez por isso o mais cobarde dos agressores o manipule como caução do seu poder nefasto sobre a(s) vítima(s) que se lhe subjuga(m), através deste sentimento tão auto-aniquilador.

Os pensamentos negativos, quando recursivos, tendem, de facto, a materializar-se e lá os nossos maiores pesadelos se concretizam pelo efeito da lei da atracção. Quanto maior é a capacidade energética de um indivíduo maior será a devastação, mais poder terá para que os seus receios se concretizem de forma inexoravelmente aterradora.

Liberte-se do medo, dos receios, dos pavores, enfrentando-os, de cabeça erguida, a coragem não é ausência de medo, bem pelo contrário, para designar essa cirscunstância existe um termo apropriado- inconsciência-, a coragem é a capacidade que alguém detém para enfrentar com brio algo que teme, mas que não o paralisa, dignificando-se pela insubmissão libertadora.

Por falar nisso, o verbo temer faz-me sempre lembrar a expressão arcaica "temer a Deus" (um dos poucos casos em que, segundo a gramática tradicional, o complemento directo é antecedido de uma preposição...)- o Homem, de facto, tende, intemporalmente, a tentar explicar algo que escapa à lógica terrena pelo seu umbigo... Deus não Quer ser Temido, nem sequer o Merece, Deus É Magnânimo na sua Omnipotência, É, acima de tudo, Amor Sublime e Quem Deseja Ser Amado não Exige o medo como caução de algum laço afectivo que seja. Essa exigência é própria de quem não tem segurança em si, de quem deseja ser amado a qualquer custo e tem pavor à rejeição, à perda, de quem, antes de mais, deseja ser servido, deseja submeter, de quem necessita de purgar os seus próprios medos pela manipulação do terror alheio...Paz à sua alma, pois, julgando-se um possante implacável negro puma, não passa de um cobardezito ratito cinzento assustado com a sua própria impotência...

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