☼ All One Now ☼

By giving and sharing the best of ourselves we´ll all rise up ☼"Quando souberes o que É Éterno saberás o que é recto"
(Tau-te-King, 16)


terça-feira, 31 de março de 2009

: ) repost campanha primaveril : ) abrace uma árvore, revitalize o seu ser / Hold a tree, reenergize yourself worldwide spring campaign : )


O Brief New World está a promover a campanha: "Abrace uma árvore, revitalize o seu ser". Tente abraçar, todos os sábados, uma árvore e beneficie de uma sessão totalmente grátis de relaxamento! Repita a sessão quando lhe aprouver e verá ressuscitar em si uma tranquilidade inusitada!
É fácil, é barato e dá-lhe milhões em energia positiva!
::::::::::::::
PP (Pós-postado): Leia o post
Está com stress? Ande descalço na relva ou, simplesmente, abrace uma árvore....
:::::::::::::::
This blog- Brief New World- is promoting a worldwide campaign entitled: "Hold a tree, reenergize yourself"! Every saturday hold a tree and benefit from a totally free relaxing session! Do repeat this healing procedure whenever you feel like it and you´ll experience an extraordinary feeling of tranquility!
It´s easy, it´s cheap and it offers you millions on positive energy!


sexta-feira, 27 de março de 2009

: : leitmotiv do dia : :

Awakened Minds, by Myztico ©


Todas as crises, quer colectivas quer individuais, afirmam-se como momentos primordiais para que se convertam meros obstáculos em óptimas oportunidades, dificuldades em conquistas, mágoas em alegrias, fragilidades em auto-superações, pois remetem-nos ao essencial que, tantas vezes, nos escapa em épocas em que a abundância nos cega com as aparências, desviando-nos o olhar da Essência...

“Sinto-me nascido a cada momento / Para a eterna novidade do Mundo...”
Fernando Pessoa

whose fire ball ? ©

“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é amelhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise trazprogressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noiteescura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandesestratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar “superado”.Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talentoe respeita mais aos problemas do que as soluções. A verdadeira crise é acrise da incompetência.O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar assaídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida éuma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que seaflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobreela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. “Acabemos deuma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutarpara superá-la”.

Albert Einstein


Fontes de inspiração deste pequeno post :


(adoro a Vera Xavier!)

: : mais um post imperdível do Jansenista : :



Há uns tempos, eu escrevi um post sobre a mesmo tema, aqui mesmo no BNW. Porque nunca é demais lutar contra este flagelo que se revela uma verdadeira praga que desvirtua o trabalho árduo de tantos, valorizando autênticos incompetentes, veja também: O plágio na blogo e noutras esferas : : quando os direitos de autor devem ser defendidos até às últimas consequências

quinta-feira, 26 de março de 2009

:) no image (ok, just a smalll one...:) great thoughts : )


"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio..."

Martin Luther King

Isto é, o verdadeiro carácter emerge e revela-se não em momentos fáceis, mas quando Deus ou a Vida, conforme as versões, nos desafiam à auto-superação...Escusado será dizer que só os "audaces" a " fortuna juvat"...Não se leia aqui audazes como chico-espertos ou ambiciosos desmedidos, que os ganhos a curto prazo desses, não raro, descambam nas grandes perdas a longo, já que os horizontes estreitos, nomeadamente, daqueles cujo ponto cardeal e o cenário mais longínquo é o seu próprio umbigo, raramente, se afirmam como vencedores...Fiat Lux que de escuridão, principalmente aquela que simula ser um holofote, estamos nós fartíssimos!

quarta-feira, 25 de março de 2009

: : small words great thoughts : :


"Tempo difícil esse em que estamos, onde é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito" Albert Einstein

De facto, o que será um preconceito senão a forma de, pela ignorância, alguém se auto-excluir, mais do que ao objecto da sua actualização, da riqueza da vida que circunda o seu olhar manietado por estereótipos redutores? Um claro desperdício de energia vital, a meu ver...Não raro um complexo de inferioridade profundo cauciona, nestes casos, um de superioridade superficial, que um olhar mais analítico perscruta à distância de um simples click...Fiat Lux!

terça-feira, 24 de março de 2009

: ) eco bags : ) a alternativa sustentável ao plástico :)



whose eco bags? ©

Todos os dias, milhares de sacos de plástico assassinos invadem os mares e matam, sufocando, baleias, golfinhos, tartarugas e outros seres marinhos que os abocanham, julgando tratar-se de algo comestível... Este planeta saturado pela ambição desmedida de quem nele se sustenta está saturado de sucata, lixo tóxico, onde se incluem os plásticos, verdadeira praga inexorável não biodegradável.
whose trolley? ©

Uma solução viável para a deflação do uso destes utensílios potencialmente destrutivos será a escolha de um eco bag, um saco de pano ou de outro material reciclável que seja usado, por diversas vezes, em contextos de consumo, paralelamente, ao trolley...

whose trolley? ©

Em prol da sustentatibilidade de um planeta que só se salvará por uma acirrada noção individual e colectiva de responsabilidade eco-social, estes utensílios têm-se, felizmente, convertido num dos acessórios de moda com mais procura e já várias estrelas do show business e fashion designers aderiram a esta tendência, havendo no mercado sacos e trolleys para todos os gostos e bolsas. O planeta e o futuro dos seus filhos e/ou netos agradecem...
Até porque os trolleys permitem uma deflação do uso do automóvel em pequenas deslocações aos espaços comerciais, o que não só a ajuda a poupar de forma elegante como a tornar-se num agente pró-activo na campanha global de diminuição da emissão de gases poluentes na atmosfera...



whose trolleys and eco bags? ©

Aqui ficam algumas propostas: desafie-se: compre um ou vários e alinhe nesta eco-tendência tão fashion que veio para ficar...

domingo, 22 de março de 2009

: : I Congresso do MMS : : Esperança num Portugal na Pole Position : :

Ontem, decorreu, na sala Europa do Hotel Altis, o I Congresso do Movimento Mérito e Sociedade, que se afirma como um marco na História de um partido que tem vindo a demonstrar, pela hombridade, determinação e persistência das suas causas e postura na esfera pública, ser uma força de atrito à estagnação de Portugal e de estímulo e mobilização à/ para a reconstrução nacional, focalizada na projecção positiva e assertiva da nossa Mátria num mundo global altamente competitivo, a necessitar de uma reconversão ética e ecológica, como únicas vias de garantir a sua sustentabilidade.



Reportagem RTP sobre o I Congresso do MMS :
Vide : http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=20&visual=9&tm=9&t=MMS-em-congresso.rtp&article=209534
Acrescento o link relativo à extensa entrevista do Nuno Castelo Branco ao Professor Eduardo Correia, líder do Movimento Mérito e Sociedade, publicada no Estado Sentido (Etiquetas: , , , )

sexta-feira, 20 de março de 2009

: : do matrimónio e do casamento : :

whose funny outdoor? ©

Por aí pulula um tema que se diz "fracturante" que já me revolta o estômago (bastante sensível, devo dizê-lo), por revelar tamanha hipocrisia e tacanhez de espírito de uma sociedade que tende a ter mais prazer em destruir o sonho dos outros, com base em conversas de senso comum, vulgo, de porteira, do que em lutar, positivamente, pelos próprios; de uma organização social que prima por um gregarismo, quase acefalizante porque altamente desresponsabilizante, que obstaculiza uma capacidade crítica individual que enuncie o respeito pelas orientações pessoais de cada um dos seus membros, desde que estas não impliquem a anulação dos direitos de alguém; de uma sociedade que tende a só conferir direitos a todos aqueles que se revelam sistemicamente "alinhados".


whose bride and bride, groom and bride and groom and groom?©

Queiram desculpar-me os qualificativos tão directos, principalmente todos os meus Amigos que não partilham da minha opinião e que seriam as últimas pessoas a quem desejaria ofender, porém, "valores mais altos se levantam", e a minha sinceridade e autencidade são dois dos "bens" mais preciosos que poderei, alguma vez, oferecer aos Amigos com que Deus, diariamente, me Abençoa.
Para além da questão etimológica determinante- não é a palavra casamento que se encontra associada a uma união abençoada pelo Divino, mas sim a de matrimónio, como tal, a primeira detém o significado laico de quem quer constituir uma casa, um lar, com alguém que ama-, julgo que há outro aspecto primordial a ter em conta numa sociedade onde a descartibilidade dos objectos, por associação a um egocentrismo e autocentração (quase) patológicos e apáticos, amorfos, autistas, quando sentimentos profundos deveriam estar em causa; e eufóricos, histéricos e ávidos, quando interesses instintivos e materiais estão em cima da mesa; dizia eu, quando a descartibilidade dos objectos transita, por associação, para os relacionamentos humanos.

whose real Jesus?©

Para muitos de nós para quem a palavra casamento e/ ou matrimónio significou, significa ou deveria, por definição, significar, a união de dois seres que se Amaram/Amam (aqui a maiúscula é propositada...:), independentemente de orientações ou géneros variantes, e que assistimos a imensas dissoluções desse contrato civil e/ou união religiosa, durante as quais esse Amor elevado (que, conceptualmente, deveria implicar respeito...) se converte numa contenda rasteira, indigna, instintiva, caluniosa, pela cegueira da avidez por coisas, por matéria, e/ou por um orgulho animalesco despeitado ( reflexo de um ego despótico, profundamente autocentrado, logo, não cívico e muito menos espiritual) e por uma tentativa de auto-desresponsabilização aviltante, por tudo o que macula um sentimento passado, ainda que, frequentemente, apenas unilateral. Dizia eu, para muitos de nós que assistimos, como meros observadores ou como participantes pretéritos ou presentes, a essa degradação moral, essa discussão revela-se tão ridícula, tão ínfima, tão menorizante!...Deveras, se esse contrato ou união é a base de um lar, de uma família, por que é que tantas pessoas que o elevam, no espaço público e em termos teóricos, a um estatuto sacralizado, o maculam, na esfera privada e/ou nas barras dos tribunais, de forma tão rasteira e venal?



whose colourful rings?©

E por que é que essas mesmas pessoas negam o direito de constituir uma família a quem, muitas das vezes, sabe com muito mais acuidade e profundidade o significado de um Amor tão Sublime que é capaz de enfrentar a mentalidade e o controlo social altamente ostracizantes de uma sociedade provinciana, intemporalmente, canalizada para o culto das aparências, para consituir um lar com o ser que Ama?

Eu, como heterossexual, fico comovida e até um pouco invejosa (no bem sentido do termo, que nisto da inveja sou como o Professor José Gil, a quem muito admiro- é um dos pólos que obstaculizam o desenvolvimento próprio e alheio deste país de individualistas no sentido espiritual do termo e de gregarizantes no sentido cívico), quando vejo seres que se Amam tanto que tudo enfrentam para ficar juntos...tomara muitos de nós, do lado da existência que se diz normal (atenção: o qualificativo normal está associado ao substantivo norma- aquilo que é regra que, como todas, para o ser implica a existência de salutares excepções), termos alguém nas nossas vidas que fosse capaz de lutar "contra moinhos, ventos e marés" pelo privilégio de construir e desfrutar um lar (que se distingue da mera casa material, pois implica fortes laços afectivos) connosco...É isso o Amor Sublime para mim...

: : ao meu Pai, um dos homens mais honrados que conheço : :


Ao meu Pai, um Senhor de uma integridade, de uma cultura académica e humana (para mim, a mais importante...) e de uma educação esmeradas marcantes, já tão em desuso, que soube, sempre, mesmo como autoridade, demonstrar uma humildade e sabedoria que ficaram como a sua grande herança simbólica primacial para mim, bem como (e sei-o por observação), para todos aqueles que trabalharam sob as suas directivas, sempre com um sentido de justiça, de integridade e de dignidade humanas exemplares.
Por ele, pelo seu Exemplo mais do que pela palavra, admirarei sempre o exercício do poder com verdadeiro nível- o dos dois HH (Humildade e Humanidade)- desprezando, totalmente, a arrogância da boçalidade, da miséria moral, ainda que da riqueza material, de quem não sabe lidar com o poder, de quem o usa para proveito próprio, de quem utiliza a palavra ministro significando o que é servido, em vez do seu significado etimológico-" o que serve"...
De facto, são muitos os pensadores que afirmam que o verdadeiro carácter de alguém se vislumbra em dois tipos de momentos vivenciais : (a) quando se lida de perto com o poder temporal; (b) nos piores momentos deste efémero percurso, que a tantos parece imenso quando, de facto, é mínimo perante a grandiosidade do Universo. Nestas duas circunstâncias, "o algodão não engana"- ou se é Homem (Mulher) ou um mero rato...
Orgulho-me de ter visto o meu Pai, sempre, na primeira categoria....
Obrigada, Papá. Orgulhar-me-ei sempre de ti, quando partires, Deus Queira que daqui a muitos anos, uma grande parte de mim partirá contigo. Até sempre...

quarta-feira, 18 de março de 2009

: : o Santo Nome de Deus Invocado em vão por almas na escuridão : : a hipocrisia de uma Fé apócrifa : :

whose terrible mask ©?

Uma das piores pessoas que conheci foi uma falsa crente que, ao mesmo tempo que recitava trechos da Bíblia de cor, era capaz de pôr em prática os comportamentos mais aberrantes e animalescos, reveladores de um egoísmo doentio, patologicamente aviltante, degradante. Arrepiava-me ouvir e ver essa discrepância completamente aterradora entre uma teoria que talvez servisse somente para sublimar uma natureza demasiado instintiva para perceber sequer um conceito.

Apercebo-me, cada vez mais, que há, de facto, muita gente que tenta sublimar as más acções que, conscientemente, pratica, pela evoção, muitas vezes, fanática, de um verbo mais ou menos Sagrado ou mesmo cívico. E tal arrepia-me- evocando aparentes antípodas que, obviamente se tocam, prefiro um ser puramente instintivo que assuma a sua natureza patologicamente egocêntrica e autocentrada a um que, aviltantemente, se tente enganar a si e aos outros negando, pela Palavra, a sua própria essência e modus vivendi rastejantes...Como é que esta gente não se põe em causa? Será que não haverá algum momento em que não se apercebem dessa contradição matricial?
Todos nós somos incongruentes, mas este tipo de pessoas não se limita a essas pequenas nuances entre a pura teoria e a prática quotidiana, apresentando incongruências que se excluem mutuamente, por inerência... Por que o fazem? Talvez para poderem deitar a cabeça na almofada à noite ou mesmo para não sucumbirem quando tiram a máscara ao espelho e vêem um monstro em vez de um crente purificado pela Palavra Sagrada...Que Deus os Ilumine pois pensando que enganam os outros só se enganam e ferem a si próprios com a sua hipocrisia aviltante...

Repito: já conheci verdadeiros seres abjectos cujo comportamento me repugna, mas esta criatura foi, de facto, a que mais me arrepiou, pois é capaz de trucidar alguém ao som de um cântico religioso ou invocando algum versículo sagrado, o que é, simplesmente, monstruoso e obsceno...Paz à sua alma!

segunda-feira, 16 de março de 2009

: : Dogville : : da força da humildade e da fraqueza da brutalidade : :



Dogville, de Lars Von Trier, foi um dos filmes que mais me marcou não só pelos aspectos estéticos, que nos reencaminham para um visionamento intimista de uma narrativa quase epidérmica, como pela forma tão crua e lúcida como a natureza humana é retratada de forma tão pungente e gritante- quando a generosidade, a bondade, a ingenuidade e a limpeza de alma são encaradas pelo vulgo ignorante, animalesco e rasteiro como sinal de livre trânsito para a invasão e violentação de quem julgam fraco porque alheio a instintos básicos de uma sobrevivência ínfima, desprezível, aviltantemente prosaica... Estranha forma de (não) vida esta que nunca entenderá como esta aparente fragilidade os suplanta por uma força superior à dos ditames de uma postura vivencial instintiva degradante- a da resiliência moralmente superior face ao mal puro, duro, profundamente grosseiro, ainda que, actualizado por mentes psicóticas, convertido num claro jogo de xadrez focado no xeque-mate...Não raro, o jogador frio, calculista e manipulador, perante a sua própria incomensurável e inevitável frustração, alveja-se a si próprio...Paz à sua (não) alma, pois sem o saber, nunca o foi deveras, apenas simulou ser...

: : repost : : da mácula da vingança : :



Carrie, primeiro romance de Stephen King, adaptado ao grande ecrã por Brian de Palma (1976)

Ainda a propósito da vingança e de Sweeney Todd, que é um tema que me interessa sobremaneira, dado que revela o fruto do lado mais instintivo humano, formalmente arquitectado por uma fria racionalidade.

Por vezes, há danos irreparáveis que certos seres mais ou menos desprovidos de consciência provocam nos outros, mais ou menos deliberadamente, isto é, mais ou menos calculadamente. A vítima, perante uma dor lancinante, por vezes, na solidão do desespero, congemina aquilo que encara como a sua redenção, a purificação da sua dor através do sacrifício do seu agressor, pelo dano que lhe infligirá, obedecendo à Lei de Talião: "Olho por olho, dente por dente", por vezes, hiperbolizada em "olho por corpo, dente por vida". Compraz-se nesse cenário futuro de retaliação (o vocábulo tem como étimo a lei supra-citada), como se de um ritual de ascese se tratasse, deixa que o mal provocado por outrem, num momento passado, se arraste por tempo indeterminado, maculando um presente e um futuro sempre adiados, até ter a oportunidade de pôr em prática o maquiavélico e sempre insano plano. Como dizia Mrs.Lovett, uma boa vingança requer tempo e paciência, enquanto ciência de quem, metódica e perfeccionisticamente (perdoem-me o neologismo), tece uma teia meticulosamente urdida. É a vez da mosca apanhar a aranha! É, mais uma vez, a lógica de um Carnaval utópico rabelaisiano, assumido como a inversão momentânea da hierarquização do poder natural ou social- a fragilidade que, por um dia, derruba o forte e se torna autoridade!

A lei prevê que o direito de legítima defesa deva ser proporcional à agressão sofrida, mas isto das vinganças, da complexidade da vida e dos males psicológicos é tudo relativo, assumindo-se as medições objectivas como sempre impraticáveis. Como é que se mede a dor e o medo de uma criança vítima de maus tratos reiterados pelos colegas? Assim, a emocionalidade funciona como um catalisador hiperbólico e, como o sofrimento causado pela acção ofensiva é relativo- depende da natureza, dos princípios de vida, da maturidade e do estado de espírito de quem a sofreu-, também, a reacção poderá ultrapassar em muito o teor da primeira.



Daí que Colombines, vinganças à Sweeney Todd e fenómenos similares nos pareçam, a nós, que racionalmente condenamos o horror de uma reacção tão desproporcionada, um acto tresloucado. É-o com certeza, mas e a acção ou acções que deram lugar a reacções tão terríficas, que revelam o lado mais negro da existência humana? Onde ficam as suas responsabilidades? Será que os seus autores extrairão algumas ilacções e lições do caos que a abertura de uma imprevisível Caixa de Pandora provocou?

Estas reflexões lembram-me, claramente, um filme que me marcou na adolescência: "Carrie" (1976), baseado no primeiro romance de Stephen King, com argumento de Lawrence D. Cohen, realização de Brian de Palma, com Sissy Spacket como main actress. Esta narrativa tem como protagonista Carrie White, uma menina pobre, triste e vítima de violência psicológica doméstica por parte da sua mãe, uma fanática religiosa, e por parte dos colegas da escola. Carrie, o símbolo da vítima de bullying, que usa os seus poderes paranormais para executar a sua vingança final, que mais não é do que a enunciação de um "basta" a quem a abusou, vilipendiou, lhe estropiou os sonhos e a inocência. Vale a pena rever este filme, a propósito de um fenómeno que se assume como uma das principais causas de suicídio nas faixas adolescentes e até infantis em vários países- o bullying, a violência psicológica e, tantas vezes, física, surda e continuadamente, exercida sobre crianças e jovens, pelos seus pares.Carrie White, uma menina pura que confia até ao último momento em quem sempre a magoou contundentemente e que não suporta mais ser agredida por seres desprovidos de alguma compaixão, passando o white da sua inocência ao red da sua vingança. Terá sido esta uma reacção desproporcionada? Não sei, Stephen King, o autor do romance, o saberá, mas algo se poderá extrair destas histórias dramáticas ficcionais ou reais- o resultado final depende, regra geral, de uma súmula de más acções de que todos os intervenientes se deveriam responsabilizar.



Mas, comparando o leitmotiv da vingança contextualizado em Sweeney Todd e Carrie e, tendo em conta a forma como os protagonistas nos são apresentados, como dois seres de boa índole cujo lado negro é despoletado pela extrema maldade alheia, pode-se concluir que o mal é de facto, um corruptor, pois até subverte almas puras. Todavia, creio que uma alma equilibrada, direccionada para o Bem, mesmo que seja vilipendiada até ao final da sua resistência humana, nunca converterá o mal recebido como vítima em mal a infligir ao(s) seu(s) agresso(es). É minha convicção que, enquanto o sofrimento provoca em seres com uma essência não muito cândida, para usar um eufemismo, um rancor e uma frustração surdos, descarregados, continuada e veementemente, em forma de fel sobre os outros; em seres espiritualmente elevados, o sofrimento é catalisador de evolução, que pressupõe paz interior e empatia com o universo. Será que estas minhas convicções dicotómicas e até simplistas poderão adaptar-se à realidade? Duvido...Esta é tão complexa!

quinta-feira, 12 de março de 2009

: : mais um post imperdível do Combustões : :


Fiquei, mais uma vez, rendida ao sentido tão lucidamente justo que emanam as palavras do Combustões : : Desta vez com : : Defender a sociedade dos indivíduos

segunda-feira, 9 de março de 2009

: : candidatos ao PE pelo MMS : :

Com muita honra, no dia 3 deste mês, fiz parte da cerimónia de tomada de posse como uma das candidatas ao Parlamento Europeu pelo MMS (Movimento Mérito e Sociedade- vide http://www.mudarportugal.pt/ ), um movimento de cidadãos, liderado pelo Professor Doutor Eduardo Correia, Director do MBA da Business School do ISCTE, que se tornou partido de forma a poder ter expressão política nesta partidocracia; grupo de concidadãos que se bate pela reconversão de Portugal num país verdadeiramente desenvolvido e democrático, por via de uma revolução cultural que nos restaure a dignidade enquanto nação histórica que desbravou e uniu mundos de forma ímpar.
O cabeça de lista, Carlos Gomes, é outra personalidade cujo mérito individual propulsou ao cargo de Presidente do grupo Fiat nos mercados da Europa do Sul- mais um português a destacar-se pela excelência do seu exemplar profissionalismo.

Eppur se muove....MMS, um partido de excelência por um Portugal meritocrático!
O que me entristece é que esta necessária renovação seja, sistematicamente, desprezada por alguns profissionais dos media que, com base na imposição da sua subjectividade aviltantemente "alinhada" (estremeço perante este qualificativo tão indignificante e revelador de uma total incapacidade crítica activa, lembrando-me despotismos transactos, paradoxalmente, sempre invocados por esta massa acrítica previamente modelada), negam a isenção deontológica que deveriam respeitar como orientação basilar. Ossos de um ofício que mereceria uma coluna vertebral mais firme, ainda que não "hirta como uma barra de ferro..."
Até eminentes economistas advogam, hoje, como tábua de salvação, numa época de acelerada crise globalizada, uma aposta num forte sentido ético vivencial, transportado para as organizações e vida social, mas, mesmo assim, ainda, há muito má gente que, em vez de perscrutar e atacar as causas, ataca, incconsequentemente, as consequências, i.e, isto quando não as enaltece na prática, negando-as na teoria.
Vide:

: ( a cultura da violência : (


O caso Rhianna comoveu-me (no sentido etimológico de abalar; agitar; impelir; incitar; causar comoção; abalar moralmente; impressionar; despertar sentimentos de dó, de piedade), enfim, de me mobilizar sentimentos díspares por várias razões : (

(a) saber que uma jovem tão bonita e talentosa é vítima de maus tratos tão profundos por parte do seu companheiro e, logo, para ele retorna, como se encarasse o sucedido como um mero arrufo de namorados (não é uma crítica, é apenas solidariedade, pois sei muito bem o tipo de manipulação em que este tipo de vítimas se encontra enredada para que encare este género de violência doméstica como natural).

(b) assistir online a tantos gozos medíocres sobre o caso, pensamentos de gente mesquinha que se entusiasma com wrestling e reality shows algo degradantes, talvez porque, na sua vácua vida, nada mais reste do que emoções mediadas, que ainda lhes permitem sentir alguma vitalidade, aniquilada pela apatia com que encaram a sua própria moribunda existência, plena de nada.

(c) a forma como este tipo de casos, paradoxalmente, denunciam este flagelo da violência doméstica, mas, simultaneamente, o naturalizam. Ainda no outro dia, a minha filha me perguntava: "Mamã, sabes por que é que o namorado da Rhianna bateu nela? Porque ela é muito ciumenta...Eu respondi-lhe: "Não, minha, filha, não existe razão alguma no mundo para alguém ser submetida àquela violência...O namorado deveria ser responsabilizado, pois é um criminoso, e ela deveria afastar-se imediatamente dele e encontrar alguém que a ame, verdadeiramente, porque amar é, acima de tudo, respeitar quem é alvo da nossa afeição...)

Resta-me a consolação de esperar que Rhianna, tal como outras jovens, reestruturem a sua auto-estima e tomem consciência de que alguém que as submeta a tal violência tem de ser afastado da sua vida para todo o sempre, sob pena de, na próxima vez, como diria a médica de um hospital, chegarem numa maca, já sem vida...

: ) a cultura da violência : )

quinta-feira, 5 de março de 2009

: ) two top songs : )



terça-feira, 3 de março de 2009

: : quem (não) nos merece...: :




Ouço, não raro, alguém afirmar : "ele (ela) não me merece, mas..."- este mas sempre se me revelou fatídico por auto ou hetero observação, pois reflecte a tensão constante que nos assoma quando razão e emoção se confrontam numa mesma mente e coração, que se complementam nas suas contradições, mas que, frequentemente, nos atormentam com as suas singularidades dicotómicas...Receitas para este tipo de dilemas não existem (existirão algumas para os relacionamentos humanos? Não creio...)...o que fazer, então? Quanto a mim, deixo fluir, por vezes, tempo demais....até que os danos da emoção se me tornem tão insuportáveis que não resta mais nada do que a razão para me salvar das suas malhas imbricadas em teias dificílimas de deslindar...
Além do mais, acredito que quem Ama, deveras, tem a obrigação de lutar pelo objecto da afeição, contra ventos e tempestades, contra o mundo, contra si próprio e os seus interesses mundanos, sempre imcompatíveis com o lado sublime da existência, até que o coração lhe doa- como dizia Madre Teresa de Calcutá : "O amor, para ser verdadeiro, tem de doer. Não basta dar o supérfluo a quem necessita, é preciso dar até que isso nos doa..."
Et voilà- um coração para que pulse tem de sorrir assim como tem de sofrer, quem Ama de verdade tem de lutar, senão, puff!, lá se esvai o sentimento pela porta das cavalariças que não a principal, o que é sempre lamentável, convenhamos...