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By giving and sharing the best of ourselves we´ll all rise up ☼"Quando souberes o que É Éterno saberás o que é recto"
(Tau-te-King, 16)


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Sir Harold Kroto, Nobel da Química 1996: ciência versus cultura pop


Photo: Isabel Metello ©

Artigo publicado no jornal Nova em Folha, edição nº 37, Abril 2006

No dia 13 de Dezembro de 2005, a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) acolheu, no âmbito do ciclo de colóquios intitulado À Luz de Einstein 1905-2005, devotado às comemorações do Ano Internacional da Física, o Professor Doutor Harold Kroto, o famoso investigador do Departamento de Química e Bioquímica da Universidade Estatal da Flórida, galardoado com o Prémio Nobel da Química de 1996. Com uma simplicidade e poder comunicativo extraordinários, Sir Harold Kroto, na sua palestra intitulada 2010, A NANOSPACE ODYSSEY, encantou uma plateia plena de estudantes, professores e curiosos, que acorreram em massa às instalações da FCG. Em suma, Harold Kroto quis demonstrar a sua Teoria da Sustentabilidade que, como explicitou na entrevista concedida ao NEF, assenta no pressuposto de que a humanidade não pode continuar a utilizar ávida e irresponsavelmente os recursos naturais terrestres e que só o investimento no desenvolvimento científico poderá solucionar questões prementes como o problema energético, possibilitando a manutenção do “nosso estilo de vida actual, altamente dependente da energia”. Em concomitância, advogou como indispensável o controlo do uso colectivo dos recursos naturais, tarefa que designou como improvável “na medida em que o mundo moderno está fechado num estilo de vida altamente insustentável”. Só a ciência pode constituir uma força de atrito à dinâmica de destruição do planeta Terra em curso, defendeu. Nesse contexto, Kroto instigou a sociedade civil portuguesa a investir no desenvolvimento das capacidades cognitivas das suas crianças e jovens, como baluarte dos desenvolvimentos científico, socioeconómico e cultural, apelando ao retorno do uso do jogo Meccano, um famoso jogo inventado por Frank Hornby por volta de 1900, em detrimento do Lego. Segundo Kroto, novos brinquedos, entre os quais o Lego, conduziram à extinção do Meccano, o que “contribuiu para que as novas gerações deixassem de desenvolver as suas capacidades, os seus dons, de engenharia, minorando a possibilidade de se tornarem cientistas”. De facto, defende, na sua autobiografia e na entrevista concedida, enquanto que o Lego é um jogo tecnicamente trivial, o Meccano constitui um verdadeiro kit de aprendizagem da engenharia. Isto, porque estimula na criança a aquisição da mais importante das capacidades: a sensibilidade para construir estruturas “governadas pelos mesmos factores que governam as coisas quotidianas como bicicletas, carros e outros mecanismos”, como defendeu na entrevista concedida ao NEF. Com este objectivo em mente, Kroto promove frequentemente workshops de Meccano em todo o mundo que, na sua opinião, “actualizam uma dinâmica que faz com que a ciência esteja ao serviço da pedagogia”. Questionado pelo NEF sobre qual a idade ideal para o desenvolvimento do pensamento matemático numa criança com um QI mediano, apontou a faixa dos 3 anos. Deveras, defendeu que “algumas capacidades são desenvolvidas muito cedo e quanto mais cedo as crianças estiverem imersas num ambiente estimulante, melhor. As crianças aprendem a sua língua na tenra idade e, provavelmente, o mesmo se aplica à análise matemática”.Paralelamente, Kroto participou na construção do projecto Vega Science Trust, focalizado em criar uma plataforma tecnológica de difusão de conteúdos desenvolvidos por especialistas e de actividades de índole científica, de programas educativos, que pretendem constituir uma força de atrito à focalização mediática em debates redutores, que elegem como protagonistas celebridades e políticos. De facto, Kroto, na sua palestra, para além de acusar os media de constituírem dispositivos que inculcam no imaginário colectivo uma imagem caricatural do cientista enquanto um excêntrico que se dedica a algo de inalcançável ao comum dos mortais; aponta-os igualmente como responsáveis pela entronização de uma cultura espectacular difusora de modelos facilitistas e fúteis, que ignora o papel social crucial dos cientistas, dado que se nutre do culto das celebridades, o que constitui, hoje, um dos obstáculos ao desenvolvimento do interesse das crianças e dos jovens pela ciência e, concomitantemente, do seu raciocínio lógico. E o mais irónico e trágico de tudo isto, afirmou, na sua palestra, é que os actuais grandes problemas da humanidade não podem ser resolvidos por celebridades, mas pela ciência e pelo conhecimento, só a ciência pode ajudar a erradicar flagelos mundiais como os da SIDA, do paludismo, da tuberculose,...No final da palestra, Kroto respondeu às perguntas vindas da plateia, afirmando que o conhecimento científico pode ser usado para o benefício da humanidade ou para construir mecanismos autodestrutivos, como a bomba atómica. Nessa medida, Kroto defendeu como garantia de um uso benéfico da tecnologia possibilitada pelo desenvolvimento científico um forte sentido colectivo de responsabilidade social.Interpelado a indicar a que nível a Mecânica Quântica pode ser aplicada à vida comum, Kroto respondeu que o conceito mais importante desta ciência é a ligação, podendo a mesma contribuir para que a humanidade se adapte às alterações céleres verificadas na tecnologia, no mundo laboral e na vida quotidiana, cada vez mais dependentes de uma economia global, caminhando para uma auto-suficiência que evite a disrupção. Face à questão colocada pela repórter do NEF sobre a oposição entre liberdade de pensamento e livre arbítrio estabelecida pelo Nobel na já citada autobiografia disponível online, Kroto respondeu que a função do cientista é duvidar- quando se duvida e se questiona, tudo se desmorona-, não passando o pensamento místico de uma série de obscuridades que impedem o raciocínio lógico e a procura da verdade. Paralelamente, defendeu a necessidade de se postular o relativismo e de se afirmar a humanidade como o valor primordial. Só a racionalização permite tornar-nos cientistas, afirmou. Isto, acrescentou, apesar de muitos valores humanistas advirem de princípios religiosos, como o “não matarás”. “Quanto a mim”, afirmou Kroto, “só sei que não acredito em nada”. Neste âmbito, citou uma frase de Richard Feynman (1918-.), físico galardoado com o Prémio Albert Einstein (1954, Princeton), o Prémio Einstein (Colégio de Medicina) e o Lawrence Haward (1962): “a liberdade para duvidar é uma questão importante em ciência e acredito que noutros campos. Se você sabe que está duvidoso, poderá mudar o mundo”. Interessante será comparar estas opiniões de Harold Kroto com a célebre frase de Einstein: “ciência sem religão é coxa; religião sem ciência é cega” ou com uma declaração proferida pelo célebre físico, quando interpelava por via televisiva o povo americano, que o acolheu na sua fuga ao despotismo nazi, (filmagem disponibilizada ao público na exposição À Luz de Einstein, promovida pela FCG): “A nossa era está orgulhosa do desenvolvimento intelectual humano (...) Procurar a verdade é uma das actividades humanas mais nobres (...) [porém], não devemos transformar o intelecto no nosso deus, ele tem músculos poderosos, mas não tem personalidade, pode conduzir, não pode servir (...)[deveras], o intelecto tem um olho afiado para métodos e para a verdade, mas é cego para valores e fins”. Sir Harold Kroto finalizou a sua cativante palestra afirmando: “Eu sou um Prémio Nobel acidental, isso não me torna mais inteligente do que qualquer outra pessoa, mas as pessoas pensam que sim”. Depois, ficou rodeado de jovens que se acotovelavam para conseguir um autógrafo e uma foto com o Prémio Nobel da Química 1996. Ironicamente, nesse momento, uma jovem que ia a sair do auditório afirmou: “Acordem para a vida, acordem para a realidade, só sei que eu já tenho um autógrafo!”. A ironia da aplicação da lógica da celebridade a quem a encara como um móbil da redução de sentido em curso.



Texto e foto: Isabel Metello

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Homenagem a Leonel Nunes da Silva, um grande piloto.../ Praising a great Mozambican pilot


Photo: LMFernandes ©

Eu tinha 1 mês de vida quando fiz o meu baptismo de voo, talvez por isso o avião seja para mim um meio de transporte com o qual tenho profundos laços afectivos! E uma das pessoas que associo às inúmeras viagens que fizemos em família, voando sobre Moçambique, é Leonel Nunes da Silva, um grande piloto amigo de meu pai. Fica aqui uma homenagem a um dos fundadores da SETA, uma companhia aérea comercial que optou, no final dos anos 60, creio eu, pela expansão dos seus negócios, construindo uma magnífico e luxuoso resort no Inhassoro. Leonel Nunes da Silva, um homem de largos horizontes, cujas dignidade e coragem fizeram dele um ícone para várias gerações de moçambicanos. Kanimambo, Sr. Leonel.
Gostaria de fazer, igualmente, uma referência a um blog fantástico sobre a história da aeronáutica em Moçambique, da autoria de Luísa Hingá: http://voandoemmozambique.blogspot.com/. Visite-o e deslumbre-se...
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I was just 1 month old when I first flew with my family over Mozambique. Therefore, aircrafts are means of transport to which I am very emotionally attatched. Moreover, Leonel Nunes da Silva, a great pilot and a friend of my father, is someone who is eternally connected with those child memories concerning so many travels throughout Mozambique´s beautiful sky. Here is a tribute to this extraordinary man who was one of the two entrepreneurs of SETA, a commercial flying company which extended its business by building a magnificent and luxurious tourism resort at Inhassoro in the late sixties, I believe. His strong sense of dignity and courage made him an icon to several generations of Mozambicans, where I include myself. Kanimambo (a Mozambican native word for "Thank you"), Mr. Leonel.
I would like also to refer to a fantastic blog focused on the Mozambican aeronautics history whose author is Luísa Hingá: http://voandoemmozambique.blogspot.com/. Do visit it, it´s wonderful...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Dalai Lama: a Paz pelo espírito ecuménico


Foto: Diário de Notícias
Dalai Lama, durante o encontro ecuménico entre budistas, muçulmanos, judeus, cristãos, hindus e Baha'is, ocorrido dia 16 de Setembro último na Mesquita Central de Lisboa, sublinhou os princípios basilares comuns aos vários credos: "Apesar de termos diferentes filosofias, todos partilhamos a mesma prática de amor, compaixão e perdão". Esta "experiência única e encontro memorável" possibilitou, de facto, um verdadeiro diálogo inter-religioso, segundo reconheceu Tenzin Gyat-so. Na confluência daquilo que os une- a espiritualidade- os representantes dos vários credos professados em solo luso entraram na sala da oração e, virados para Meca, a Cidade Santa para o Islão, procuraram no silêncio a Voz da União. Abdool Vakil, presidente da Comunidade Islâmica de Portugal, apelou ao denominador comum que nos deveria unir: a humanidade, corroborado pelo senhor padre Peter Stilwell, director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, que frisou a necessidade do respeito por cada tradição religiosa que participa do mundo em que vivemos. Dalai Lama focalizou-se no binómio: fé/ esperança, afirmando que a primeira catapulta a segunda, independentemente da religião que cada um possa professar. Prosseguindo, afirmou a importância crucial da liberdade de cada um escolher o seu caminho e da importância matricial da congruência entre os princípios advogados pelos crentes e a sua prática quotidiana. De facto, como dizia Gandhi: "Acreditar em algo e não o viver é desonesto".
Tenzin Gyatso estabeleceu a este propósito um paralelismo entre o objectivo final comum das diferentes formas de viver a espiritualidade e a prática da medicina: diferentes estratégias para atingir a cura, ainda que, no primeiro caso, se esteja no plano da transcendência e, no segundo, numa dimensão física.
A forma tão elevada como Dalai Lama recebeu das mãos de Paulo Lobão uma coroa de prata alusiva às festas religiosas açorianas do Sagrado Espírito Santo fê-lo comover-se.
Esta cerimónia simbólica constitui mais uma prova de que o Homem só alcançará a paz se souber respeitar integralmente as crenças alheias e não quiser impor a sua forma mentis a quem quer que seja. O caminho da espiritualidade assenta em três princípios primordiais: liberdade e respeito pelo Próximo, edificado sobre um Amor fraterno. E só pelo espírito ecuménico poderemos um dia almejar ter uma sociedade livre de preconceitos e de ódios vãos...
E como diria S. Tiago: "A fé sem obras está morta" e com obras certamente que se quereria referir à prossecução do Bem por actos concretos e não só por palavras (S. Tiago)
Isabel Metello
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Fontes: Susana Salvador, Diário de Notícias online, 17 de Setembro de 2007; http://pensamentos.aaldeia.net/fe.htm

domingo, 16 de setembro de 2007

Homenagem a Dalai Lama: passagens de "Siddhartha" de Hermann Hesse

Cap: Gotama
(Siddhartha conversa com Buda): "(...) -Uma coisa, Ó Venerável, apreciei acima de todas as outras na tua doutrina. Tudo nos teus ensinamentos é perfeitamente claro e demonstrado; como uma cadeia perfeita, ininterrupta, mostras o mundo como uma cadeia eterna, composta de causas e efeitos. Nunca foi isso visível de forma tão clara, nunca apresentado de forma tão irrrefutável; o coração dos brâmanes certamente baterá mais depressa quando, através dos teus ensinamentos, virem o mundo como uma continuidade perfeita, sem falhas, clara como o cristal, não dependente do acaso, não dependente dos deuses. Se isso é bom ou mau, se a vida é dor ou alegria, são questões que podem continuar em aberto, talvez não sejam importantes- mas a unidade do mundo, a continuidade de todos os acontecimentos, a coexistência de todas as coisas grandes e pequenas na mesma torrente, na mesma lei das causas, da mudança e da morte, isso fica claro na tua sublime doutrina, ó Ser Perfeito. Mas então, segundo os teus próprios ensinamentos, esta unidade e esta continuidade de todas as coisas são quebradas num ponto, através de uma pequena falha corre para este mundo da unidade algo de estranho, algo novo, algo que não existia anteriormente e que não pode ser visto ou demonstrado: é a tua doutrina da derrota do mundo, da libertação. Mas com esta pequena falha, com esta pequena fractura, todas as leis eternas e unas do mundo são também destruídas e abolidas. Perdoa-me por fazer estes reparos (...)"
Hermann Hesse, Siddhartha: Um Poema Indiano, Cruz Quebrada, Casa das Letras, 2007, pp.39-40.

sábado, 15 de setembro de 2007

Uma homenagem ao meu Pai, uma alma pura, um Homem de carácter/ Prasing my Father, a pure soul, a Man of character


Carlos Lopes Bento ©
O meu Pai foi para Moçambique em 1956, depois de concluir o seu curso em Ciências Sociais e Políticas no ISCSP, onde teve como mestre o Professor Adriano Moreira. Em Moçambique, foi administrador do concelho em variadíssimas localidades e, por onde passou, deixou saudades pelas suas extremas coragem, lealdade, humanidade e bondade para com as populações nativas, que sempre defendeu como seus amigos. Quando chegou a Portugal, foi nomeado Assessor na Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Usou sempre o poder que detinha em benefício do Bem e da Justiça. Aqui fica uma das muitas obras que realizou em Moçambique: um passeio marítimo na vila do Ibo, nas Ilhas das Quirimbas, para além das avenidas cuja construção também projectou. Obrigada, Papá, por seres um exemplo de imensa dignidade para mim e toda a família! (A foto foi captada pela objectiva do Professor Doutor Carlos Lopes Bento, um colega seu em Moçambique, mestre na arte fotográfica, que soube captar a beleza das paisagens moçambicanas como ninguém).
My father went to Mozambique in 1956, after finishing his graduation on Social and Political Sciences at Lisbon Social and Political Sciences Superior Institute, where he had Professor Adriano Moreira as one of his teachers. In Mozambique, he was a council administrator in several places and wherever he was everyone loved him and missed him still for his extreme courage, loyalty, humanity and goodness towards the native people, whom he has always considered his friends. When he came to Portugal he became an assessor of Portuguese Communities State Secretary. He has been a man with power who always has used it in the benefit of Good and Justice. This is one of the many works he projected and put into practice in Mozambique, at Ibo small village, Quirimbas Islands - a seaside walking path- besides the avenues which he projected too. Thank you, Daddy for being an example of such dignity to me and to our family! (The photo was taken by his colleague, PhD Carlos Lopes Bento, a master regarding photography who always knew how to give his iconic tribute to Mozambique natural beauty).

Os segredos de beleza de Audrey Hepburn/ Audrey Hepburn´s beauty secrets



Photo: UNICEF/John Isaac ©


Photo: Paramount Pictures ©

Agora uma mensagem dirigida ao sector feminino: por falar em beleza, desejam mesmo ser bonitas? Então, aqui está uma dica: resistam aos estereótipos que vos moldam quotidianamente as mentes e sigam os conselhos de uma das divas de Hollywood que se converteram à força do Bem. Não me refiro a Angelina Jolie, mas a Audrey Hepburn, apesar de considerar que a primeira tem demonstrado, igualmente, ser uma alma elevada, que tem consciência que não necessita de prescindir da sua essência para desfrutar a sua aparência. A Beleza vazia raramente adquire o fascínio que mulheres como estas despertam nos outros. Mais dois percursos vivenciais que ridicularizam o preconceito de que uma mulher bonita não pode ser detentora de uma profunda inteligência, sensibilidade, competência e beleza interior.

Nowadays, (most) everyone is obsessed with physical beauty. Speaking about beauty- do you want to be pretty? So, here is a short hint: do resist the stereotypes which shape your mind everyday and follow the advise of one of the great Hollywood divas who devoted themselves to doing Good. I am not speaking about Angelina Jolie, but about Audrey Hepburn. However, I must say that Jolie does full justice to her surname, being such an humane and spiritually beautiful person, a great soul, who has full consciousness that she does not have to give up her essence to enjoy her appearance. Empty beauty not often reaches the fascination these kind of women have on others.

These are two more living paths that show how fragile is the prejudice regarding denying intelligence, sensibility, competence and inner beauty as features of all beautiful women.


"1. Se quer ter lábios atraentes, diga palavras doces/ If you want to have attractive lips do say gentle words.
2. Se quer ter olhos belos, procure ver o lado bom dos outros/ If you want to have beautiful eyes look for other people´s bright side.
3. Se quer ter um corpo esguio, divida a sua comida com os famintos/ If you want to have a thin body share your food with hungry people.
4. Se quer ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar os seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia/ If you want to have a beautiful hair let a child pass her little fingers through it once a day.
5. Se quer ter uma boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinha/ If you want to have a good posture walk being sure that you´ll never walk alone.
6. As pessoas, muito mais do que as coisas, devem ser restauradas, revividas, e resgatadas: jamais descarte alguém/ People, more than things, must be restaured, relived and rescued: never throw away anyone.
7. Lembre-se de que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, encontrá-la-á no final do seu braço. Ao ficarmos velhos, descobrimos porque temos duas mãos- uma para nos ajudarmos a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo/ Remember that if you ever need a friendly hand you´ll find it at the end of your arm. When we get old we find out why we have two hands- one for helping ourselves, the other for helping others.
8. A verdadeira Beleza de uma mulher não está nas roupas que veste, nem no corpo que mostra, ou no seu cabelo. A verdadeira Beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside/ A woman´s real Beauty is not in her clothes, nor in her body or in her hair. A woman´s real Beauty must be seen in her eyes, because this is the door to her heart, the spot where love lives.
9. A verdadeira Beleza de uma mulher não está na sua expressão facial, mas está reflectida na sua alma, está no carinho que oferece, na paixão que demonstra./ A woman´s real Beauty is not in her facial expression, but is reflected in her soul, in the tenderness she offers, in the passion she shows.
10. A verdadeira Beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos. /A woman´s real Beauty grows stronger as she gets older."

PS: a foto é magnífica, a cigarrilha é, hoje, completamente dispensável. Não nos esqueçamos que, naquela época memorável (anos 50-60), o cigarro era utilizado no cinema por estas divas como o símbolo da emancipação feminina.

This is a magnificent photo, however, nowadays the cigarette is completely dispensable. Do not forget that in those memorable times (the fifties and sixties), the cinematopgraphic feminin use of cigarette was connected with women emancipation.

(Revisão, adaptação e retroversão para Inglês de uma versão em Português: Isabel Metello)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Um dos espectáculos mais fascinantes a que assisti....




Durante o Verão, o CCB surpreendeu-nos com espectáculos verdadeiramente geniais inseridos na temporada "CCB Fora de Si". Foi o caso da actuação da Incrível Tasca Móvel, pela Piajio Associação Cultural. A extrema qualidade musical dos intervenientes, a magia da mistura de várias influências culturais no repertório, o carisma e a maravilhosa voz da intérprete e a magnética coreografia tornaram esta noite memorável! Fui com a minha família e passámos a noite a dançar, inclusive as crianças, que não resistiram. Só o sono dos petizes me arrancou literalmente do efeito inebriante daquele mar de talento! Teria lá ficado a dançar até que o pés me doessem, a alma, essa, estava extasiada!
Por falar nisso, toda a gente me revela as suas preocupações pelos quilitos armazenados. Dou-vos duas receitas infalíveis: danças africanas e marcha a pé e, claro, uma alimentação sem excessos! Neste campo, não há milagres. Aliás, nem neste nem noutros: nada se consegue sem esforço!
Se trocarem o popó pelos pezinhos não só fazem bem ao vosso organismo como o ambiente agradece! É certo que o automóvel dá um jeitão, mas, quase sempre, estamos todos a pensar nos nossos interesses pessoais a curto prazo e esquecemo-nos do futuro dos nossos filhos e netos neste planeta. Ser-se ecológico não passa só por separar o lixo, é uma atitude estrutural, assenta num respeito integral pela vida alheia quer seja ela de uma flor, de um animal, de uma árvore, ou de um ser humano. Ser ecológico é ser-se responsável, é ser-se educado, é gostar-se a sério da natureza, no fundo, é não se seguir os pressupostos que o mundo gira à nossa volta e que cada um cuide de si!
Já pensaram que Portugal é um dos países europeus com mais automóveis por agregado familiar? E desenganem-se- issso não é sinal nem de evolução nem de uma óptima qualidade de vida! Na Dinamarca, um dos países mais ricos da Europa, há vários ministros que vão de bicicleta para os Ministérios.
Vá lá: subam as escadas, andem a pé em passo de marcha, de bicicleta, nadem, joguem futebol, e reduzam o consumo de carnes vermelhas. Experimentem receitas com tofu e seitan. Não digo que se convertam totalmente a uma dieta vegetariana, mas, de vez em quando, só faz bem e habitua o paladar a sabores diferentes e saudáveis. Mas não vale fritá-los com óleo nem mesmo com azeite!

‘Fuerzabruta’ em Berlim



Fuerzabruta ©

O magnífico espectáculo ‘Fuerzabruta’ em Berlim
The magnificent show ‘Fuerzabruta’ in Berlin
(Fonte da Imagem/Image Source: jornal Sol online; Sol online newspaper)


terça-feira, 11 de setembro de 2007

Figo Maduro...Música Celestial

Figo Maduro ©

Figo Maduro é um conjunto musical que canta e toca maravilhosamente, constituído por Madalena Salles Vidal (voz e guitarra) e seus quatro filhos : Luísa (voz, flauta e piano); Maria (voz e percussão); Madalena (voz e violino); João Maria (voz e violoncelo). Madalena é viúva e sendo profundamente religiosa dedicou-se de alma e coração a este projecto, ensinando também crianças a aprender Inglês através da música, meio com um forte índice de eficiência pedagógica. Também tocam e cantam em diferentes eventos.
Passo a citar alguns conteúdos incluídos no seu site http://www.figomaduro.com/:

"Grupo composto por cinco elementos: mãe e quatro filhos. A sua primeira actuação pública, ocorreu a 12 de Maio de 2000, por ocasião da visita de Sua Santidade o Papa João Paulo II, na Base Militar de Figo Maduro, em Lisboa. Madalena, a mãe, ensaiou um grupo de cerca de 100 crianças, vindas de 4 instituições, no contexto dos preparativos para a recepção ao Papa.

Mãe e filhos têm prosseguido a sua formação musical e, consequentemente, a contratação para tocar e cantar em diversos eventos, com repertório religioso e não religioso.

O seu reportório litúrgico abrange dois estilos: um, mais ligeiro, em que a guitarra clássica e a percussão predominam, e outro, mais erudito, em que sobressaem a flauta transversal e o violino. Ambos incluem músicas cantadas em: português, latim, inglês, francês, alemão, italiano e espanhol.

O grupo é mais que um projecto musical. Tendo surgido em família e com a família é, desde o início, um projecto de educação.


Sempre que precise de música...
Contrate-nos para tocar e cantar em eventos, de carácter religioso ou não religioso."

Contactos:
Tel:(+351) 937 390 300 ou (+351) 212 342 395
e-mail: figomaduro@sapo.pt

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Homenagem a Dalai Lama: passagens de "Siddhartha" de Hermann Hesse

Cap: Gotama

"Gotama ensinava a doutrina do sofrimento, da origem do sofrimento, do caminho para a anulação do sofrimento. O seu discurso calmo fluía, sereno e claro. A vida era sofrimento, o mundo estava cheio de dor, mas a libertação da dor já fora encontrada: quem seguia o caminho de Buda encontrava a libertação (...)
De seguida, quando o Buda se recolheu para o sossego da noite, Govinda dirigiu-se a Siddhartha e falou com fervor:
- Siddhartha, não me compete repreender-te. Ambos escutámos o Sublime, ambos recebemos a sua doutrina. Govinda escutou a doutrina e abrigou-se junto dela. Mas tu, honrado amigo, não queres seguir o caminho da salvação? Hesitas, queres ainda esperar?
Siddhartha despertou como de um sono ao ouvir as palavras de Govinda. olhou muito tempo para o rosto de Govinda. Depois falou baixo, com uma voz sem desdém:
- Govinda, meu amigo, acabas de dar o passo, acabas de escolher o caminho. Foste sempre, Govinda, meu amigo, andaste sempre um passo atrás de mim. Muitas vezes pensei: Govinda nunca dará um passo sozinho, sem mim, por impulso da sua alma? Vês, agora tornaste-te um homem e escolheste o teu próprio caminho."


Hermann Hesse, Siddhartha: Um Poema Indiano, Cruz Quebrada, Casa das Letras, 2007, pp.36-37.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

As lições que os animais nos dão...


© Sandra Nascimento (uma excelente designer e ilustradora)

in http://beijos-de-algodao.blogspot.com/2006_11_01_archive.html

Leiam a maravilhosa história de amor entre um elefante macho e uma fêmea em: http: //oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/08/30/297517205.asp

"HISTÓRIA DE AMOR
Elefante selvagem destrói jaula de circo e foge com elefanta

Publicada em 30/08/2007 às 18h20m
EFE
NOVA DÉLHI - Um elefante selvagem protagonizou uma curiosa história de amor na Índia, ao destruir a jaula de um circo e fugir com uma elefanta, na região de Bengala. Segundo a agência IANS, atraído por ruídos, o macho de 26 anos ultrapassou as grades para entrar no estábulo onde estavam as fêmeas do circo "Olympic", que levantou sua lona na cidade de Raniganj há dez dias.
O elefante escolheu como companheira a fêmea Savitri, que destruiu a corrente com a qual estava presa e escapou com o macho rumo a uma floresta. Segundo a IANS, o casal foi visto divertindo-se perto de um lago. Depois que os dois foram localizados, uma equipe do departamento florestal tentou atrair a fêmea, mas sem sucesso. Savitri enlaçou sua tromba a do companheiro, o que seus tratadores interpretaram como um sinal de desafio.

- Cuidei de Savitri desde sua infância e ela sempre foi obediente. Mas o elefante selvagem conquistou seu afeto - disse o tratador da elefanta, Kalimuddin Sheik, depois de reconhecer que essa era a primeira vez que Savitri o desobedecia.
O proprietário do circo, Chandranath Banerjee, disse que está preocupado com a perda da elefanta, que vale cerca de US$ 9 mil. Além disso, Gayatri, outra fêmea do circo, muito próxima à Savitri, estaria deprimida com a fuga da amiga.

- Tive que cancelar o espetáculo porque a outra elefanta, Gayatri, está sentindo falta da amiga. Até deixou de comer - disse Banerjee ao diário "Times of Índia".
Os oficiais do departamento florestal ainda tentam resgatar a elefanta. Os dois foram vistos pela última vez caminhando por uma estrada no distrito de Raniganj."

in http: //oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/08/30/297517205.asp

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Pensamento do dia: confiança, lealdade e Amizade

Hoje, a superficialidade que inunda e imunda as nossas vivências leva-nos tantas vezes a alardear o número de amizades que possuímos! Apesar de considerar as generalizações sempre perigosas, porque profundamente injustas para com as dignas excepções, corroboro integralmente a máxima de que quem tem muitos amigos não tem amigo algum. A Amizade com maiúscula e não minusculizada é tão preciosa que é rara. Não será tudo o que é valioso raro e não banal? A Amizade, o Amor Sublime, o Agapé, é, antes de mais, um sentimento elevado baseado na lealdade que não admite qualquer tipo de interesse ou troca de índole material ou mundana. E com material refiro-me a qualquer objectivo focalizado nos interesses do próprio. A matéria degrada, consporca, diminui, indignifica. Se aplicássemos esse critério às nossas relações de amizade quantas restariam? Não sei...
Tanta gente a delirar com as redes de conhecimentos superficiais, com os speed datings, com as relações de uma noite, com as amizades descartáveis, com os amigos coloridos! Não os estou a querer julgar do ponto de vista moral, apenas considero que se estão a iludir de forma extremamente compulsiva e autodestrutiva, pois os tempos podem ser outros, ainda bem que o mundo evoluiu, mas nunca nenhum ser humano será alguma vez feliz por usar e ser usado, nunca nenhum ser humano poderá alguma vez evoluir pela vulgaridade. É como ir às compras ou enveredar pela vingança, esse objectivo tão degradante, para apagar o vazio- no momento, sente-se a euforia consumista ou da mesquinhez, mas, quando se chega a casa ou se cai em si, o vazio dá lugar a um buraco negro! E aquele que usa o outro não está a diminuir o objecto, já não sujeito, mas a si próprio. Paralelamente, qualquer ser humano que humilhe ou maltrate gratuitamente o outro não está de facto a denegrir o outro, mas a degradar-se a si próprio. Então, quando essa humilhação é levada a cabo em grupo, ainda pior, pois a cobardia atinge aí o seu grau mais elevado.
Mas esta questão leva-nos a outra essencial: dar a outra face metaforicamente, como Jesus nos ensinou, conceito que veio romper com o da tradicional retaliação, é um sinal de grande dignidade, todavia, todo e qualquer ser humano tem o direito à sua defesa e de estabelecer os limites inultrapassáveis pelos outros. Uma amiga minha está-me sempre a repetir: defende-te ou serás devorada! A palavra devorada sempre me fez lembrar monstros prontos a mastigar os outros por prazer, como se masca uma pastilha...E, de facto, quem maltrata ou humilha por prazer não pode receber outro epíteto!
Mas, voltando à questão inicial: a autêntica Amizade e não a amizade significando conhecimento superficial e mundano. Qual a base desse sentimento sublime? A confiança, aquela maravilhosa sensação de nos pormos na mão de alguém que esperamos nunca a fechará, esmagando-nos. E quando o punho se fecha? Quando alguém trai a confiança que nele(a) depositámos com o coração aberto? Quando esse alguém deita tudo a perder por interesses materiais e egocêntricos e interesses obscuros? E quando lhe perdoamos muda e reiteradamente vezes sem fim, mas a criatura, nem suspeitando que está a ser perdoada, pela força obscura do seu ego megalómano, ainda julga que, pelo contrário, o outro é que um(a) pateta, um(a) ingénuo(a) que nem merece consideração, pois acredita em tudo o que se lhe diz e nem riposta quando pisado (a). Bem, à trigésima sexta vez, não há mais nada que dizer do que: au revoir, até nunca mais, vai procurar outro(a) manso(a)que te ature a petulância, se não percebeste o que é o perdão, ainda que mudo, então é porque já nada podemos aprender um(a) com o(a) outro(a)...A Amizade maiusculizada minora-se num ápice e tudo o que nos parecia não dourado, porque dourado só Deus, mas abrilhantado pela vitalidade da confiança, ganha uma mácula aviltante, revolta-nos o estômago.
O que fazer nessas alturas em que um vazio terrível substitui um coração outrora pulsante de confiança? Bem, não querendo parecer um receituário e ainda que respeitando a premissa de que a cada organismo a sua cura, creio que apenas nos resta fazer como Siddhartha no início do seu percurso como personagem homónima da obra de Hermann Hesse: "esperar, jejuar (em sentido metafórico), pensar"...Esperar que a roda da vida se encarregue de pôr cada peça do puzzle no seu devido lugar (a Justiça Divina É Implacável); jejuar, não procurarmos substituir uma perda por um sucedâneo, dá sempre mau resultado e, em vez de uma desilusão, temos grandes probabilidades de ter logo duas seguidas e da mesma índole; pensar, extrair a faceta positiva de uma circunstância negativa, alcançando as ilações necessárias à nossa evolução pessoal, deixando que a razão prevaleça sobre emoções conturbadas. E, acima de tudo, não nos fecharmos ao mundo- por termos encontrado no nosso caminho um pedregulho que julgávamos uma pedra preciosa não quer dizer que não encontremos outras pedras preciosas em percursos ulteriores. São raras, mas que as há, há.
Essa abertura de espírito é o que distingue a autêntica inocência da ingenuidade- inocente é quem, embora já se possa ter magoado muito com as vilezas mundanas, conseguiu manter uma certa candura que lhe permite vislumbrar os vindouros sem o espectro de quem o feriu no passado; ingénuo é meramente aquele que não tem experiência de vida, nem as defesas que daí advêm. Um inocente é, acima de tudo, um indivíduo responsável, uma vez que se engana porque, acima de tudo, defende e pratica a confiança no outro, embora tendo conscîência de que se poderá magoar nessa entrega; um ingénuo engana-se porque a sua pouca experiência de vida não lhe dá outra alternativa.
Um inocente dirá: "prefiro ir sofrendo desilusões do que andar sempre desconfiado. No primeiro caso, apenas sofro no momento da desilusão, no segundo, sofro constantemente".
Triste de quem pensa que traindo se eleva, de quem se depara com o diamante da Amizade e toma-o por um pedregulho e, alarvemente, o pontapeia! Triste daquele que deprecia a lealdade como um sentimento canino- e quantos é que chegam aos calcanhares dos nossos melhores amigos em termos desse sentimento sublime? Feliz de quem tem bons amigos, ainda que poucos. Muito raramente a quantidade está de facto associada à qualidade!
Obrigada, meus Verdadeiros Amigos, o vosso carinho e lealdade fizeram de mim o ser humano que sou hoje. Aos outros que traíram a minha confiança- lamento, só me inspiram pena- desejo-vos o melhor, mas a léguas de mim! Que Deus vos Ilumine, que bem precisam! É tão triste viver no escuro, ainda para mais quando se tem como objectivo vivencial apagar a chama do coração alheio que, by the way, é inextinguível se se tratar de um autêntico inocente!

domingo, 2 de setembro de 2007

Apelo do dia: Vamos apoiar o Dhaka Project, uma ONG fundada pela portuguesa Maria do Céu da Conceição, uma hospedeira portuguesa na Emirates


Um dos meus melhores amigos, uma alma pura e abnegada sempre disposta a ajudar os outros, ao visionar um programa de televisão sobre o Dhaka Project, resolveu escrever este mail e enviá-lo. Aqui fica o apelo:

"Dhaka Project - vamos apoiar!

A BCD Travel e os seus colaboradores abraçaram já este projecto estando a apoiar a construção de uma cantina que vai servir refeições a cerca de 500 crianças.
Passou na RTP, no passado dia 30 de Maio, uma reportagem sobre o Dhaka Project, que talvez tenham tido oportunidade de visionar.

É de facto um projecto que merece ser apoiado e divulgado. Tanto pelo empenhamento extraordinário da pessoa que o dirige, como pelo facto de ser um projecto que tenta dar ferramentas que vão talvez permitir inverter o “destino de pobreza”, infelizmente o futuro natural de muitas das pessoas que nascem no Bangladesh.

"A Maria do Céu da Conceição é uma portuguesa de 29 anos, hospedeira da Emirates, uma companhia aérea do Dubai. Numa das suas viagens, acabou por contactar com o Bangladesh e com a sua terrível pobreza. Nesse mesmo dia, sentiu que podia ajudar e fundou, meses depois, o "Dhaka Project", uma invulgar obra de solidariedade que presta auxílio humanitário a mais de 600 crianças e respectivas famílias.
Em menos de dois anos, e sem qualquer apoio institucional ou governamental, Maria lidera uma das 200 mil ONGs que funcionam no Bangladesh. Com o seu ordenado como hospedeira consegue pagar a 53 funcionários. Tudo o resto é feito com muita persistência, intuição e capacidade de mobilizar os outros para este projecto de caridade verdadeiramente cristã.
É também graças à sua profissão que lhe permite conhecer muita gente e viajar pelo mundo inteiro, como ao facto de morar no Dubai, que Maria consegue angariar donativos suficientes para financiar o "Dhaka Project". Através dele, centenas de crianças são alimentadas, vacinadas e vão à escola. Por sua vez, os pais recebem cursos de formação profissional que lhes possibilitam, mais tarde, procurarem um emprego.
Comparada com Madre Teresa de Calcutá, há até quem julgue que o seu espírito encarnou em Maria, mas a verdade é que nada lhe cai do céu. Enfrenta resistências diárias para conseguir desenvolver esta obra de caridade num país maioritariamente muçulmano e onde o papel da mulher continua a ser sub-valorizado. Repartida entre a opulenta e luxuosa cidade do Dubai e a necessitada cidade de Daca, Maria do Céu construiu um pequeno oásis num dos países mais pobres do mundo.“

Para mais informações sugerimos:

- Uma visita ao site do projecto: http://www.thedhakaproject.org/ ou ao blog http://thedhakaprojectpt.blogspot.com/

- O contacto directo com a Maria do Céu da Conceição através do email:
childrendhaka@yahoo.com

As contribuições para este projecto podem ser efectuadas para:
Oberbank Salzburg (Austria Account Number )
Dhaka Project 391051414, Bankaccountnumber 15090
IBAN: AT 951509000391051414
BIC: OBKLAT2L

É possível fazer a diferença, tome nota de alguns exemplos:

€ 1 – Comida para uma criança durante um dia
€ 5 – Comida para um bebé durante uma semana
€ 10 – Uniforme escolar e sapatos para uma criança
€ 20 – Vacinas Hepatite B e Febre Tifóide para uma criança, cobertura de saúde durante um ano.
€ 50 – Necessidades educacionais para uma criança (livros, material escolar, mochila etc) + cobertura médica por um ano.
€ 100 – Uma maquina de costura para a nossa escola técnica.
€ 500 – Uma vaca para dar o leite diário para a escola
€ 1000 – Dois computadores para as aulas de informática da escola."