A noção de honra evoluiu com os tempos e esteve, desde sempre, semanticamente, associada a dois extremos quase opostos- a glória mundana e a evolução espiritual, no sentido de rectidão, dignidade vivencial, de respeito por si, pelos outros e pela palavra dada, enquanto reflexo da honestidade de carácter, enquanto virtude de ser-se e de viver-se com elevação.
Palavras mais gastas, dirão uns, que não fazem qualquer sentido nos dias de hoje, onde a celeridade das comunicações é paralela à mutação das opiniões, da palavra e do próprio ser, mais afoito à flexibilidade da coluna vertebral. Serão sinais dos tempos? Não creio, os meios mudam, a essência permanece e a do homem, enquanto espécie, sempre foi e será a mesma. Todavia, ainda há quem considere estes dois traços de personalidade como fundamentais à sua dignidade. Regozigemo-nos, pois sempre houve resistentes à redução do homem ao seu estádio mais básico: a animalidade.
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