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(Tau-te-King, 16)


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia de S. Valentim : : o Amor Consumido

Caitlin Dundon ©

A global americanização consuetudinária implantou em países latinos épocas festivas outrora não celebradas- o Halloween, o St. Valentine´s Day-, competindo em simbolismo com festas de origem pagã sócio-culturalmente enraizadas, sabiamente recicladas pelo credo dominante neste tipo de culturas- o catolicismo-, como o Carnaval ou o Santo António, em Portugal.
Enfim, uma miríade de festas associadas, hoje, a um consumo compulsivo que, não raras vezes, encaramos como redentor, mas que, na realidade, nos impele à superficialidade e descartabilidade relacional com objectos, pessoas e sentimentos. Bombardeados por estímulos exteriores que nos prometem o paraíso terreno, remetemos a profundidade dos sentimentos para a gaveta das recordações démodé. E assim, nasce uma nova criatura- a do zapping relacional, patologicamente egocêntrica, ávida do novo, adolescentemente enfadada com o já visto e desejado. Este novo ser, sempre em ebulição e inquietação consumista, verbaliza o Amor em tom de slogan publicitário, associando-o, bastas vezes, à objectivação do mais-que-tudo ocasional, temporário e, acima de tudo, descartável. "Abyssus abyssum invocat", i.e., "um abismo atrai outro abismo".
Valha-nos a outra face da moeda: uma sociedade mais aberta, mais livre, mais alegre, que permite a sujeitos detentores de uma estrutura individual sólida em princípios e sentimentos opções de vida mais autênticas, porque não adstritas à dependência, mas à emancipação e ao genuíno livre arbítrio e capacidade para Amar, para se dar ao outro, sem pressões castrantes, para apreciar este dom divino que é a vida, de forma descomplexada, liberta de preconceitos redutores e obrigações exteriormente impostas. Fiat Lux!

Santo António: “ O Amor é essencial, uma vez que, sem Amor, todos os nosso esforços são em vão, não importa o bem que alcancemos”.

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