Depois de uma operação ao coração, o médico fez a seguinte recomendação a um amigo do meu marido: “ria-se, ria-se muito, que é uma forma de garantir a sanidade do seu organismo”.
De facto, vários estudos têm provado que o riso é uma autêntica terapia que nos conduz ao bem-estar físico e psicológico, aumentando a nossa auto-estima e facilitando a relação que estabelecemos com os outros, com o mundo que nos rodeia, uma vez que funciona como um autêntico catalisador de energias positivas que nos garantem uma “mens sana in corporem sanum”.
Henry Bergson dizia que o humor assenta na capacidade humana de distanciamento face a determinado comportamento ou situação observada que, assim, expurgada de emoções, canaliza os indivíduos para a gargalhada uníssona ou individual, conforme os casos.
Distanciamento que tanto pode ser aplicado a um comportamento ou forma de ser caricata alheia, como ser canalizado do indivíduo para com as suas próprias características risíveis. A este último chama-se auto-ironia, i.e, capacidade para alguém se rir de si próprio, de actualizar um humor auto-focalizado, sendo capaz de desconstruir, com algum distanciamento e de forma positiva, o seu eu, dado que não se leva tanto a sério que não seja capaz de dar uma boa gargalhada com as suas próprias falhas humanas. Já Christian Morgenstern, um escritor e humorista alemão, afirmava: “quem não é capaz de troçar de si mesmo não é uma pessoa séria”. De facto, a auto-ironia é um fantástico exercício reflexivo que nos permite consciencializar-nos das nossas falhas e de tentarmos minorá-las através de fluidos energéticos positivos que nos descentrem de nós mesmos, afirmando-se qualquer actividade de descentração como benéfica para uma reformulação contínua individual, que permita ao sujeito evoluir como ser humano, reforçando a sua auto-estima e a relação saudável que actualiza com o outro.
Ou seja, o humor e o riso, quando praticados de forma sã, sem maldade nem ofensas graves, são uma fantástica forma de descongestionar fluxos energéticos negativos que se cristalizam com a demasiada seriedade soturna que, bastas vezes, conferimos ao que dizemos e ao que fazemos, à forma como projectamos a nossa individualidade perante o olhar alheio e perante nós próprios, como encaramos as palavras e os comportamentos de outrem face ao nosso ego.
Dado que a sociedade portuguesa demonstra uma intemporal tendência para o gregarismo e a não actualização de um autêntico e saudável respeito pelo indivíduo enquanto entidade autónoma, para uma hiper-valorização da importância da aparência, são vários os autores que defendem que um dos maiores medos que afligem este povo tão melancólico é o medo do ridículo, da crítica zombeteira do olhar alheio. Como tal, embora as generalizações sejam sempre perigosas, ainda para mais numa sociedade globalizada, pode-se, ainda, observar que, tendencialmente, ao português médio revela‑se muito mais grave ouvir uma crítica leve em tom jocoso e humorístico do que escutar uma bem grave num registo sério e carrancudo. Não há nada que incomode mais o cidadão nacional do que uma gargalhada que julgue dirigida a si! De facto, os portugueses são, tendencialmente, carrancudos e levam-se demasiado a sério. Talvez, por isso, a depressão seja, actualmente, considerada pelas autoridades competentes como um problema de saúde pública em Portugal e vários estudos revelem como a auto-estima do cidadão médio nacional está quase numa temperatura negativa! Com certeza que são vários os problemas graves que atingem muita gente, mas também não será esta tendencial incapacidade para o sujeito médio se rir de si próprio um dos móbeis desta deflação de amor-próprio?
Deixo aqui, em jeito de conselho, algumas máximas intemporais para combater este status quo acinzentado que nos apoquenta há séculos: “O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior”, Alfred Montapert; “A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um acto de vontade”, Gaston Courtois; “O tempo que passas a rir é tempo que passas com os deuses” (provérbio chinês); “Um sorriso significa muito. Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o oferece, dura apenas um segundo, mas a sua recordação, por vezes, nunca se apaga” (autor desconhecido); “O sorriso que dás volta para ti mesmo” (provérbio indiano); “Um homem nobre jamais perde a sua candura infantil” (Mong Tse); “O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila com as que tem” (Epicteto); “Não existe nenhuma coisa séria que não possa ser dita com um sorriso”, Alejandro Casona, dramaturgo espanhol; “A prova mais clara de sabedoria é uma alegria constante”, Michel de la Montaigne.
De facto, vários estudos têm provado que o riso é uma autêntica terapia que nos conduz ao bem-estar físico e psicológico, aumentando a nossa auto-estima e facilitando a relação que estabelecemos com os outros, com o mundo que nos rodeia, uma vez que funciona como um autêntico catalisador de energias positivas que nos garantem uma “mens sana in corporem sanum”.
Henry Bergson dizia que o humor assenta na capacidade humana de distanciamento face a determinado comportamento ou situação observada que, assim, expurgada de emoções, canaliza os indivíduos para a gargalhada uníssona ou individual, conforme os casos.
Distanciamento que tanto pode ser aplicado a um comportamento ou forma de ser caricata alheia, como ser canalizado do indivíduo para com as suas próprias características risíveis. A este último chama-se auto-ironia, i.e, capacidade para alguém se rir de si próprio, de actualizar um humor auto-focalizado, sendo capaz de desconstruir, com algum distanciamento e de forma positiva, o seu eu, dado que não se leva tanto a sério que não seja capaz de dar uma boa gargalhada com as suas próprias falhas humanas. Já Christian Morgenstern, um escritor e humorista alemão, afirmava: “quem não é capaz de troçar de si mesmo não é uma pessoa séria”. De facto, a auto-ironia é um fantástico exercício reflexivo que nos permite consciencializar-nos das nossas falhas e de tentarmos minorá-las através de fluidos energéticos positivos que nos descentrem de nós mesmos, afirmando-se qualquer actividade de descentração como benéfica para uma reformulação contínua individual, que permita ao sujeito evoluir como ser humano, reforçando a sua auto-estima e a relação saudável que actualiza com o outro.
Ou seja, o humor e o riso, quando praticados de forma sã, sem maldade nem ofensas graves, são uma fantástica forma de descongestionar fluxos energéticos negativos que se cristalizam com a demasiada seriedade soturna que, bastas vezes, conferimos ao que dizemos e ao que fazemos, à forma como projectamos a nossa individualidade perante o olhar alheio e perante nós próprios, como encaramos as palavras e os comportamentos de outrem face ao nosso ego.
Dado que a sociedade portuguesa demonstra uma intemporal tendência para o gregarismo e a não actualização de um autêntico e saudável respeito pelo indivíduo enquanto entidade autónoma, para uma hiper-valorização da importância da aparência, são vários os autores que defendem que um dos maiores medos que afligem este povo tão melancólico é o medo do ridículo, da crítica zombeteira do olhar alheio. Como tal, embora as generalizações sejam sempre perigosas, ainda para mais numa sociedade globalizada, pode-se, ainda, observar que, tendencialmente, ao português médio revela‑se muito mais grave ouvir uma crítica leve em tom jocoso e humorístico do que escutar uma bem grave num registo sério e carrancudo. Não há nada que incomode mais o cidadão nacional do que uma gargalhada que julgue dirigida a si! De facto, os portugueses são, tendencialmente, carrancudos e levam-se demasiado a sério. Talvez, por isso, a depressão seja, actualmente, considerada pelas autoridades competentes como um problema de saúde pública em Portugal e vários estudos revelem como a auto-estima do cidadão médio nacional está quase numa temperatura negativa! Com certeza que são vários os problemas graves que atingem muita gente, mas também não será esta tendencial incapacidade para o sujeito médio se rir de si próprio um dos móbeis desta deflação de amor-próprio?
Deixo aqui, em jeito de conselho, algumas máximas intemporais para combater este status quo acinzentado que nos apoquenta há séculos: “O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior”, Alfred Montapert; “A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um acto de vontade”, Gaston Courtois; “O tempo que passas a rir é tempo que passas com os deuses” (provérbio chinês); “Um sorriso significa muito. Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o oferece, dura apenas um segundo, mas a sua recordação, por vezes, nunca se apaga” (autor desconhecido); “O sorriso que dás volta para ti mesmo” (provérbio indiano); “Um homem nobre jamais perde a sua candura infantil” (Mong Tse); “O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila com as que tem” (Epicteto); “Não existe nenhuma coisa séria que não possa ser dita com um sorriso”, Alejandro Casona, dramaturgo espanhol; “A prova mais clara de sabedoria é uma alegria constante”, Michel de la Montaigne.
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