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(Tau-te-King, 16)


terça-feira, 1 de abril de 2008

Personalidade versus má educação pura : : Autoridade versus autoritarismo : : Liberdade versus Libertinagem

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Ontem, ao visionar o Prós e Contras, não consegui deixar de me chocar, eu que, com o que tenho visto e ouvido durante tantos anos neste país, já só me espantarei se um pássaro vier à minha janela para me dar os bons-dias em swaili.....Então não é que se quer fazer passar por personalidade a pura má educação? Que se quer culpar um telemóvel, num clima de total desresponsabilização de adolescentes que, embora nessa condição, já têm idade e deveriam ter educação para ter outros comportamentos na sala de aula? O laxismo e o facilitismo deram azo a este status quo completamente surrealista. Confunde-se autoridade com autoritarismo, personalidade com falta de educação pura e dura, própria de "pequenos grandes tiranos" a quem os papás passaram o paradigma do "quero, posso e mando", da autocentração patológica que nada nem ninguém respeita. São, de certeza, os mesmos papás que se acham, quotidianamente, o máximo quando incorrem, diariamente, em comportamentos mínimos- que circulam a velocidades astronómicas nas nossas autoestradas e demais vias; que não páram nas passadeiras nem se virem uma criança ou uma pessoa de idade a querer passar; passam à frente de quem quer que seja nas filas dos táxis e do supermercado e ainda refilam se os chamarem à atenção; não agradecem quando alguém lhes abre uma porta, ensinam aos filhos com palavras e acções de que não há meios para atingir fins e obcecam-nos com o sucesso animalesco a qualquer custo ou simplesmente ofendem alto e bom som quem lhes impõe limites com os petizes a assistir.........

Aos professores, esses seres progressivamente desprestigiados num mundo em que os discentes, cada vez mais escudados na sua petulância caucionada por pais que almejam a todo o custo ter génios em casa (é que isto dos génios ainda não é a pedido e a maior parte deles são de uma simplicidade tocante, excluindo os neuróticos compulsivos, o que não quer dizer que todos os neuróticos compulsivos sejam génios), julgam ser o supra-sumo.

Quanta mediocridade, Meu Deus, quanto provincianismo quando queremos copiar modelos de países onde cada cidadão é verdadeiramente livre, i.e., tem plena consciência, desde petiz, que a sua liberdade acaba aonde a do outro começa e que um princípio essencial para que ela se actualize é o da responsabilidade individual....Ora tal é impossível num país onde a palavra liberdade é geralmente assumida como libertinagem.....................................

Enfim...passou-se do 80 ao 8 e ainda se admiram estas "mentes brilhantes" por o resultado dar 88% de total falta de princípios éticos fundamentais para uma orientação vivencial responsável e elevada.

Consciencializem-se, meus senhores, até psicólogos eminentes como Brazelton defendem que crianças felizes têm pais e demais educadores que sabem exercer a sua autoridade e lhes impõem limites e que, para os professores a poderem exercer, V. Exas têm o dever moral de educar os vossos filhos e não delegar essa tarefa ao exterior- a Escola deve ser um complemento e não a base, essa deveriam ser os senhores a transmiti-la, responsavelmente. Para além de que os docentes têm de usufruir de um apoio sólido de bastidores para que não tenham medo sequer de pôr um menino na ordem quando o merece, por medo de processos e demais represálias....Exercer autoridade com medo é similar a querer navegar num navio sem âncora....Ao ponto que chegámos, credo!

Ah, e isso de se responsabilizarem as novas tecnologias por lacunas profundas ao nível da orientação ética dos petizes é mesmo uma anedota- mudam-se os tempos, as tecnologias são outras, mas a essência humana, essa é sempre a mesma! Como tal, há princípios intemporais como o do respeito pelo próximo que por via oral, escrita ou digital, detém a mesma essência!

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