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(Tau-te-King, 16)


sexta-feira, 11 de abril de 2008

Fórmulas pacificadoras do medo : : quando o rótulo simplista da diversidade pacifica mentes de horizontes limitados


Sempre achei ridículos, porque demasiado simplistas e infinitamente medíocres, pensamentos transitivos do género- se A lê B, então A é C- ou- se A pensa B, então A nunca se poderá dar com C- ou, ainda,- se A parece B, A nunca poderá ser C, entre muitos outros similares em termos de redução de raciocínio. Estes silogismos irrisórios sempre me arrepiaram, sempre me revelaram mentes avessas ao contacto com a diversidade, mentes pequeninas que tentam reduzir e representar o mundo pela pena minúscula do seu umbigo temeroso, demasiado afoito a preconceitos auto-apaziguadores, profundamente castradores da liberdade própria e alheia.

Enfim, cada ser humano detém em si a alteridade, a diversidade, a dualidade, a ambiguidade, o que implica que, embora, idealmente, se almeje a unicidade de uma coerência pacificadora, esta é, fatalmente, apimentada por incongruências catalisadoras da vitalidade, que nos afastam de uma assepsia aniquiladora de qualquer impulso criativo. O cosmos abençoado pelo germen da criatividade, para o ser deveras, implica uma dinâmica caótica, irregular, embora minimamente orientada por métodos escrutinados pela racionalidade possível e desejada. E são essas irregularidades que se tornam fascinantes quando A tem a coragem de parecer B e ser C, quando C não rejeita A por ser B, quando B não faz dos seus próprios receios, medos e fobias a lupa com que avalia A e o associa a C. Enfim, quando alguém é suficientemente livre para não recear a diferença como pólo do seu enriquecimento interior....É que o medo perante a diversidade remete o sujeito, irremediavelmente, para o pavor da sua própria menoridade e estado psíquico-cognitivo imberbe, quando comparados com a superioridade de ser-se e não apenas de inscrever-se num espírito gregário unanimista despersonalizador e aniquilador da subjectividade individual......Não raras vezes, a inscrição diluidora do sujeito na amálgama despersonalizante, orientada por critérios numerológicos e tautológicos, demite-o da inscrição e, consequentemente, da expressão, do seu ser em si. Haja asas e não apenas penas inférteis- é tão triste ser-se ave e não querer-se nem poder-se voar..............................................................................................................

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