☼ All One Now ☼

By giving and sharing the best of ourselves we´ll all rise up ☼"Quando souberes o que É Éterno saberás o que é recto"
(Tau-te-King, 16)


quarta-feira, 30 de julho de 2008

O olhar de Carolina : : as mulheres também se abatem

whose photo ©?
Num país onde a violência doméstica sobre as mulheres ainda é considerada como prática corrente e, como tal, a auto e hetero desresponsabilização do agressor e o embaraço da vítima perante a exposição das suas feridas, mais ou menos assumidas, são tidos como norma dominante, não será aberrante alguém aparecer numa cerimónia com um hematoma ocular, simulando um acidente outdoors. Aberrante e até degradante será, sempre, alguém, mais ou menos mediatizado, mais ou menos em contacto com um divino mercantilizado, regozijar-se ou divertir-se com a situação, principalmente quando esse alguém é uma mulher que deveria, antes de tudo, solidarizar-se mais com a vítima do que com o galho que, acidentalmente, lhe feriu o olhar, não por uma questão de género, mas por princípios, como a decência e a humanidade, que deveriam pautar uma conduta civilizada. Até porque o feitiço pode um dia virar-se contra a feiticeira que, certamente, pela arrogância e perfídia que se lê no olhar, passará do discurso hetero desresponsabilizante para o da autovitimização...

domingo, 27 de julho de 2008

Repost : : Campanha BNW : Liberte o pássaro que há dentro de si estique as asas e voe"


whose free woman ©?

O Brief New World (BNW) está a promover, de novo, a campanha mundial: "Liberte o pássaro que há em si, estique as asas e voe".

Hoje, como sempre, aliás, somos modelados por paradigmas materialistas e empobrecedores, estereótipos, ideias feitas e preconceitos simplistas delineados por tendências sócio-culturais e económicas dominantes que, ao mesmo tempo, nos incluem e nos excluem da sua autoria. Modelos que, tantas vezes, nos limitam a existência, nos afastam de nós, dos outros, do que gostamos, de quem gostamos, do que sonhamos como meta vivencial, do contacto com a riqueza da diversidade humana e vivencial, encaminhando-nos, preponderantemente, para uma artificialidade redutora.


whose free woman ©?


Viva com alegria, sem receios nem espartilhos, libertando-se, responsavelmente, dessas amarras menores, assuma plena, autêntica, consciente e positivamente a sua essência, renegue os artifícios e as ideias cristalizadas, que só atraem quem não aprecia e o que não deseja, afastando de si o Caminho da felicidade. Emancipe-se e viva liberto de censores que lhe prendem as asas! Nenhum ser gosta de viver em jaulas e gaiolas, mesmo as mais douradas! Atreva‑se- estique as asas e voe livremente! Como diz o lema dos Comandos (passo o belicismo) "Audaces fortuna juvat", i.e, "A sorte protege os audazes".
E, já agora, por favor, projecte essa apetência pela liberdade na sua relação com a natureza- não aprisione pássaros em gaiolas- a mais sublime das suas capacidades é poderem voar!



whose sad caged bird ©?

PP (Pós-post): este post não é um apelo ao egoísmo e à libertinagem, que se distingue, claramente de liberdade (a liberdade de cada um acaba onde a do outro começa), é antes um apelo à autenticidade responsável, tendo em mente que o egoísmo e a artificialidade só nos conduzem ao caminho da infelicidade, do engano e da mentira que o mentiroso prega a si próprio. A supremacia da ilusão, advinda das aparências, sobre a verdade e a essência é muito nefasta em termos de perdas pessoais, tanto na relação do indivíduo consigo próprio como na que estabelece com os outros.

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Brief New World (BNW) is promoting again a worldwide campaign entitled: “Free the bird inside yourself, spread your wings and fly!”Nowadays, as ever, we are shaped by materialistic and impoverishing paradigms, stereotypes and prejudices built by dominant socio-cultural and economic tendencies which, at the same time, include and disregard our authorship. These models do commonly limit our existence, do keep us apart from ourselves, from others, from whom or what we do love, from what we dream of as our living goals, from connecting with enriching human and living diversity, leading us, mainly, to a reductive artificiality.Do live with joy, without any kind of fear nor constraints by responsibly freeing yourself from those minor knots, do assume in a complete, authentic, conscious, and positive way your true essence, denying artefacts and crystallized ideas, which only attract what you don´t like and what you do not wish, keeping you away from the Road to Happiness. Give wings to your inner-self and emancipate yourself from those censors who fasten your wish to fly! No being likes to live in cages even inside the golden ones! Be courageous- spread your wings and fly freely! And by the way, please, do project this freedom wish towards your relationship with nature- do not imprison birds in cages- the most sublime ability they have is to be able to fly!
Latin has a saying: "Audaces fortuna juvat", i.e, "Luck protects the audacious ones".


whose free woman ©?

PP (Post-post): this post is not appealing to selfishness and to freedom without responsibility, on the contrary, is an appeal to responsible authenticity, bearing in mind that selfishness and artificiality commonly lead ourselves into the path of misery, mischievousness and lies imposed by the lyer on him/herself . In fact, the false illusion linked to the supremacy of appearance over truth and essence has terrible consequences in terms of personal losses, regarding the relationship between the individual and his/her innerself as well as with others.

sábado, 26 de julho de 2008

Honradamente sós : : um dos princípios dos Eleitos


A noção de honra, neste tipo de organização social globalizada, onde a descartibilidade identitária, relacional e ética se impõe como guia e garante da ânsia consumista, está já só reservada aos resistentes (não terá sido sempre assim? sim, convenhamos que a vulgar natureza humana é intemporal, apenas mudam os meios da sua actualização e que a elevação moral nunca esteve ao dispor da maioria hipnotizada pela matéria e com o olhar fixo no chão).

E que orgulho quando vislumbro um ser que honra a sua palavra e os seus pilares morais, mesmo que seja um desconhecido situado nos antípodas. É como um marco que me indica que certos princípios ainda se impõem perante menores e obscuros interesses particulares, de que a dignidade humana ainda subsiste perante uníssonas tempestades de ignomínia.
Um verdadeiro guerreiro da Luz enfrenta de cabeça erguida um batalhão de milhares de almas definhadas, embora em invólucros ostentatórios. Sabe que os pequenos poderes terrenos, por mais tentaculares que se apresentem, nada valem perante uma leve brisa divina!
Salve, Domine! In honore non in uino veritas est!

terça-feira, 22 de julho de 2008

A queda da máscara : : quando a face oculta enegrece a fachada despojada

whose ©?

Aproximam-se, frequentemente, com um sorriso que parece encantador, traído pela expressão dos seus olhos tão minúsculos como a sua alma ou fixos como os de águias de rapina necrófagas. Enganam, traem, magoam, agridem, atropelam, estropiam, mentem aos outros e a si próprios, ficcionando um super ego que, apesar de profundamente distinto do seu ego animalesco e fétido, acalma-lhes os resquícios de consciência que os seus instintos bárbaros ainda permitem subsistir. Todavia, nem a mais bem colada máscara escapa à erosão do quotidiano e, então, quando o seu olfacto vampiresco detecta fragilidade, atacam como cães raivosos, embriagados com o pus da cobardia, da malícia e do veneno, cegos pela ambição e pela avidez pela matéria...Coitados, mal sabem que a principal vítima do envenamento do sangue é o detentor do débil organismo por onde este líquido pútrido circula. Depois, é vê-los lamber as feridas com complacência perante a sua natureza ridícula, mínima, degradante e responsabilizar os outros pelos consecutivos tiros no pé que vão dando...Paz à sua ínfima alma, que venera as sombras, odiando o Sol, pois jamais o terá sequer vislumbrado...A lama jamais se converterá em ouro, mesmo que modelada pelas mãos de um mestre...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O choque cultural : : quando matrizes sócio-culturais diversas levam a mal-entendidos

whose ©?

Ainda que abomine generalizações, pois, repito- o simplismo absolutista (i)lógico a si associado conduz, frequentemente, a profundas injustiças-, uma característica do povo português que me provoca há décadas uma sensação de profundo desconforto, com base num frequente choque cultural, é o facto de existir uma tendência dominante para que os sujeitos ajam por interesse particular e não por princípio, revelando uma aversão à conceptualidade universalizante em detrimento da autocentração de índole materialista, quase concreta. Paradoxalmente, os portugueses, actualizando um gregarismo avesso a um autêntico respeito pela diversidade, demonstram uma tendência para a rejeição da capacidade individual crítica que sustenta o individualismo adstrito ao livre arbítrio e à responsabilização do sujeito pelas suas opções vivenciais, pela salvação ou perdição da sua alma.


Daí que se espantem quando se deparam com alguém que age com base em princípios, que revela boa vontade por generosidade autêntica. O hábito não só faz como corrompe o monge e quem objectiva os outros, transformando-os em meios para atingir os seus fins, acaba por nunca saber distinguir quem por ele (ela) nutre sentimentos genuínos. Invade-me uma sensação de profunda piedade por estes seres minúsculos que se minorizam, quotidianamente, ao minorizarem, constantemente, os outros. Paz à sua alma, pois, sem o saberem, já pereceram nessa teia de redes de interesses mundanos!