Coisas, compramos e vendemos coisas, idolatramos coisas e mais coisas,
Matamos sentimentos por coisas, destruímos afectos por coisas, mumificamos por coisas, cristalizamos maus sentimentos por coisas,
Coisas que vão, coisas que ficam, inertes, desprovidas da Centelha da Vida, mas, aos nossos olhos, totens de poder vácuo que nos degradam enquanto pensamos elevar-nos aos olhos de quem também venera coisas,
Coisas que não nos acompanham quando vamos para Lá, nus de coisas,
Coisas que nos fazem objectivar o Outro, transformá-lo numa coisa, numa não pessoa se não tiver coisas que ostentar, que possamos venerar, transformando-nos em coisas num mercado pronto a coisas comprar...
E vender, quantas coisas se vendem e se compram, quantas mais se desbaratam e coisas ficamos e quanto mais compramos o vazio aumenta, pois coisas não somos e o Imperecível não É Mercantilizável...
Contra a coisificação marchar, marchar e, hoje, se possível, não comprar ou, pelo menos ,coisas não idolatrar!
Fiat Lux, antes que a lâmpada económica se apague e a escuridão nos devolva à Essência, por via de uma Divina e tão Justa Lição!
PS : . não esqueçamos que esta crise sócio-económica pode ser mais uma oportunidade única de humanização individual e colectiva.
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