Devido a recentes circunstâncias vivenciais que me têm revitalizado de forma exponencial, oferecendo-me o privilégio de usufruir de raros e sublimes emoções e de grandes lições de vida, sempre indispensáveis a uma evolução que pretendo sempre individual e não gregária, hoje, dei por mim a cogitar: "que tontinha que era quando achava que princípios absolutos e rígidos eram a fórmula mágica de uma conduta rectilínea (quase) irrepreensível"...tal porque tenho chegado à conclusão de que quanto mais alguém é capaz de percepcionar a complexidade da realidade, ainda que não caindo no laxismo do relativismo desresponsabilizante, fonte de tantas injustiças e desistências éticas, mais ou menos conscientes e/ou assumidas, percebendo que certos princípios basilares, ainda que absolutos, para que possam resultar em comportamentos verdadeiramente éticos devem, antes de mais, ser aplicados não de forma rígida e generalista, mas de forma personalizada, tendo sempre em conta que não há regra sem excepção e que cada caso é particular e único. De facto, cada pessoa é um mundo e cada mundo, ainda que possa ser encaixado, genericamente, num molde estereotipado, se adapta de forma personalizada à vida.
Engraçado como algumas pessoas que julgam outros de forma rígida, quase asséptica, analisados por esta maleabilidade valorativa, que não flexibilidade extrema, face à distinção vivencial, passam a parecer muito mais passíveis de julgamento que os alvos das suas invectivas falsamente moralistas porque profundamente injustas enquanto genéricas...
Afinal, já a variabilidade darwiniana assumia os traços distintivos de cada um como a sua força inata...Fiat Lux, que a luminosidade cura e ai de quem a confunda com uma lâmpada mesmo que ecológica! Passa-lhe o Sol ao largo, o que é sempre um lamentável e infrutífero equívoco e desperdício...
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