Este blog deveria estar em sabática (:), mas não resisti a postar estes simples pensamentos que
que se me afloram depois do dia consagrado aos efeitos mais ou menos intensos do Cupido, deus romano do Amor, denominado Eros no panteão matricial grego. Deus incorrigível filho de Marte e de Vénus ou Afrodite, fruto de duas forças antagónicas e complementares- o Ódio e o Amor- que faz com que "o coração" tenha "razões que a razão desconhece", se não me engano uma citação de Pascal e que, voltando ao autor da Teoria das Probabilidades, o "esprit de finesse" alcance aquilo que o géométrique nunca entenderá por mais neurónios de que se valha...
whose sublime loving heart? ©
Enfim, e para quê? Para louvar o Amor Sublime, desta vez não o assim qualificado pela cultura greco-latina- o Agapé, correspondente ao Amor Cristão- , mas o Amor Eros na sua essência. i.e., o Amor não puramente carnal, mas, essencialmente, espiritual, que conjuga o Caos e o Cosmos numa harmonia vital, própria de uma relação amorosa na plena acepção da palavra...
Isto numa sociedade consumista onde os indivíduos actualizam, quotidiana e levianamente, não só a descartabilidade como a objectivação do Outro, com quem estabelecem relações superficiais e interesseiras em prol do suporte de um egoísmo patológico, insensível e insuportável, completamente auto e hetero destrutivo e menorizante....Daí que ande (quase) toda a gente à procura no exterior da simulação daquilo que só no interior nasce espontânea e autenticamente...será talvez como procurar caxemira num quintal de hortaliças (e daí talvez a ideia (plim!:) das hortas urbanas lhes estimule a carótida...:), mas enfim...
West Side Story
Mas, já me perdi- o que quero eu dizer com isto? Mais uma vez me socorro de uma citação da saudosa Rainha D. Amélia, que demonstra bem a fibra desta senhora majestática:"vale mais ser rainha uma hora do que duquesa toda a vida", i.e., que nada se compara a Amar alguém com sinceridade, espontaneidade e autenticidade, não há matéria luxuosa que se compare à experienciação deste sentimento sublime, que despoleta uma autêntica evolução espiritual nos privilegiados que alguma vez o sustenta(ra)m...talvez por isso me encantem (espanholizei o discurso pois, simplesmente, adoro esta expressão de nuestros hermanos...:) filmes e respectivas sublimes bandas sonoras que retratam amores inexoráveis (e, frequentemente, impossíveis e é nessa impossibilidade que reside a coragem de sustentar um sentimento não materializável...), como o Amor em Tempos de Cólera (que nos mostra, ainda que timidamente, ser uma relação adúltera por Amor muito mais digna do que uma relação legítima consagrada pela mera conveniência mundana- não admira, portanto, que a moral pequeno-burguesa, muito afoita à venalidade da matéria e à sua conservação, sacralize a banalidade do segundo termo de comparação...enfim, perspectivas...) ou O Fantasma da Ópera (a propósito, torci sempre pelo fantasma :)...Aqui ficam os trailers :) olé!
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