A vida perpassa-nos como uma brisa, por vezes, como um forte vento que nos abala o ser, que nos devasta a alma...Vivamos cada momento como se fosse o último, agradeçamos cada segundo de vitalidade com alegria e gratidão, caminhemos com a Dignidade que se exige a quem foi abençoado com o dom da Vida...Olhemos para os nossos irmãos com o Amor que esperamos merecer de Deus... (Contents: Isabel Metello © All Rights Reserved/ Sob as leis do Copyright)
☼ All One Now ☼
(Tau-te-King, 16)
domingo, 24 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
: : desilusões profundas, esperanças renovadas : : do please skip the mud : : beyond the ordinary
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
: : wall.E : : o poder de um Amor Sublime aliado a uma proactiva capacidade crítica individual : :
De vez em quando, lá vou eu com a minha menina ver um filme para crianças (houve um tempo em que eram os únicos que via, sei de cor e salteado todas as versões do Shrek, as músicas da Ariel, enfim, o que "faz parte do programa" de uma maternidade vivida com muito Amor, orgulho e dedicação, como diz um grande amigo nosso...). De qualquer das formas, sempre adorei BD e animação (computorizada ou não) e muitos dos meus heróis de infância, que permaneceram como âncoras mnemónicas simbólicas, fazem parte deste maravilhoso universo.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
: : quando a chama não brilha nem trilha : do please come to Portugal we do make miracles happen for we easily turn real dumbies into sacred geniuses
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Justiça : : uma questão de princípios e não de interesses próprios
Claro que um dos factores da felicidade é o sucesso sócio-profissional, ninguém o põe em causa, mas como tudo na vida, a receita deste estado de graça, intemporalmente almejado pela humanidade, não requer só um ingrediente. E, ainda bem, pois permite-nos vislumbrar mais do que uma dimensão das nossas vidas e anseios multifacetados. A versatilidade dessse desdobramento em vários papéis diários e em projectos futuros distribuídos por várias áreas da nossa existência permite-nos uma criatividade vivencial de que não usufruiríamos se ainda estivéssemos convictos da unicidade e universalidade racionalista que, durante tantos séculos, norteou a autoconsciência humana.
Todavia, foi essa análise racional universalista que conceptualizou princípios enquanto valores não tão maleáveis e corruptíveis como os particulares interesses próprios.
Thémis (Iustitia)
E vem toda esta conversa a propósito de uma singela questão que, no outro dia, a minha filha me colocou: "Mãe, o que é ser justo?". Perante tais perguntas infantis que nos põem um pouco siderados quanto à possibilidade de lhes darmos uma resposta precisa, objectiva, simples e explícita, com base no seu conhecimento empírico, mas também, com a consciência de que, se há algum aspecto que não escapa a estas mentes inocentes, mas muito mais abertas à inovação que nós, já modelados por décadas de experiências que nos toldaram, em maior ou menor grau, conforme as características de cada um, a visão do mundo que nos rodeia, são as regras.
Bem, e que é que eu respondi? Bem, com a ressalva de que lhe tentei explicitar o conceito com base numa linguagem mais simples em termos formais, disse-lhe que uma pessoa justa é aquela que respeita a liberdade, o bem-estar, o espaço simbólico e físico e a existência alheios como os seus e assume a responsabilidade das suas palavras, actos e omissões, assim como exige que os outros assumam a sua quando provocam danos a alguém pela mesma via. Ser justo, minha filha, é não tentarmos imputar aos outros a culpa que nós sabemos, em consciência, ser nossa; mas ser justo, minha filha, também, é defendermos um direito inalienável de qualquer ser humano: o da legítima defesa perante uma agressão, seja ela verbal ou física. É um direito constitucional estipulado com base em princípios universais. Em linguagem infantil (para os não crentes, que isto das infantilidades quanto às questões religiosas tem, também, o que se lhe diga): minha filha, Jesus Disse-nos para Darmos a outra face à bofetada do outro, porém, se a deres sempre, correrás o risco de fazer com que agressores natos continuem a pensar que podem impor a sua animalidade aos outros sempre que querem. Nós, como cristãos, nunca atacamos, mas temos o direito e o dever de nos defendermos. E lembrei-lhe uma frase que um padre meu amigo, certo dia, me repetiu, em jeito de conselho: "Minha querida, até Jesus disse: "Sede mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes". Sim, de facto, a máxima "Ama o Próximo como a ti mesmo" implica que exijamos de nós aquilo que exigimos aos outros, numa relação de bivalência.
Apenas a partir do séc.XVI, Thémis passou a ser representada, ironicamente, com a venda, invenção atribuída a artistas alemães.
A noção de justiça implica, assim, um distanciamento do sujeito de si próprio, i.e., dos seus interesses particulares e dos seus instintos mais básicos, um processo de descentração, uma grande capacidade de auto-ironia, que obstaculizem a actualização de um egocentrismo que funcione como venda que, neste contexto, não significa, de todo, isenção e imparcialidade, mas desresponsabilização. Ser-se justo não é culpar os outros dos erros que cada um de nós comete, ser-se justo é assumi-los, mas exigir que os outros os assumam, igualmente, não por retaliação, mas por princípio. Porque a actualização do conceito de legítima defesa não funciona só como uma medida de coacção, mas, essencialmente, de prevenção, i.e., como um acto pedagógico- mostrar os limites a alguém é lembrar-lhe que a sua liberdade acaba aonde a do outro começa, sejamos nós esse outro ou não, que uma má acção legitima uma reacção proporcional, embora de teor diferenciado (noblesse oblige), e que o respeito pelo próximo implica, antes de mais, o respeito por nós mesmos. Isto porque os indivíduos muito instintivos, que não filtram as suas pulsões mais básicas pelo coador da consciência, não raro, tendem a ser muito pavlovianos- só reagem a estímulos condicionados.
Por isso, aconselho: exija respeito e justiça de quem quer que se cruze consigo nesta viagem que é a vida, pois, ainda que muita gente se julgue intocável e deificada e que sobreponha sempre os seus interesses aos do próximo, recolhendo-se, com frequência, na auto-vitimização como reflexo da sua recorrente desresponsabilização, quando se defronta com justas reacções perante as suas más palavras ou acções, mais ou menos camufladas, o facto é que não o é. Só a legítima defesa o (a) fará reflectir, nem que seja só por uns breves segundos. Mais não seja, para a próxima, pensará que, afinal, a suposta intocabilidade que o ilusório reflexo do lago lhe devolve, com frequência, por força do despotismo do seu ego exacerbado, é um bluff e, certamente, que se tornará, pelo menos, mais prudente.
Deveras, pacifismo não é, de todo, um sinónimo de passividade, assim como assertividade não é de agressividade e humildade de subserviência, apesar de, hoje, se desvalorizar esta penúltima em prol de uma arrogância própria de quem confunde acumulação de conhecimentos com sabedoria. Sinais dos tempos e da intemporal prepotência da ignorância ou da falta de auto-estima, exteriorizadas em apócrifos complexos de superioridade, facilmente desconstruídos.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
: : lições de O Segredo : : a visualização dos sonhos : :
Mas, claro, apesar de ninguém ser totalmente coerente na prática com o que defende em teoria, há verdadeiras atitudes aberrantes que denunciam uma incongruência básica entre essas duas dimensões. E já diziam: Gandhi: “Acreditar em algo e não o viver é desonesto”; Bailey: “A primeira e pior de todas as fraudes é enganar-se a si mesmo. Depois disto, todo o pecado é fácil”; S. Cipriano: “Deus não escuta a voz, mas o coração”.Todavia, o busílis da questão não é falar-se ligeiramente de questões espirituais muito profundas, pelo contrário, o cerne do problema é quando, pela leviandade e pela não coerência recorrente, se deturpam mensagens que se afastam muito da mundanidade, degradando-as no seu (quase) contrário. Distinga-se, a propósito, ligeireza de simplicidade- a ligeireza, a leviandade, nada tem a ver com a simplicidade, que é própria de almas nobres, que se auto-questionam e dão relevância aos outros, sem dar demasiada importância a si próprios. Já a leviandade é própria de seres que vivem na e para a aparência, que se deslumbram com a banalidade e que rejeitam a profundidade, pois isso levá-los-ia a uma auto-análise que rejeitam, por medo de encararem o seu eu nu, sem adereços ou máscaras artificiais.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
: : da (in)submissão : : o medo : : uma das energias mais negativas e autodestrutivas
domingo, 17 de agosto de 2008
: : quando desprezamos diamantes por pedregulhos : :
sábado, 16 de agosto de 2008
: : dedicado ao Combustões, com profunda admiração : :
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
: : Da incapacidade para a rejeição : : quando se confunde dignidade com orgulho desmedido : :
Gustave Doré (1832-1883), Os Sete Pecados Capitais
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
: : pensamento do dia : : a sub-cultura do medo e do silêncio como guia : :
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
: : o papel sagrado da memória das e nas vítimas : :
: : a uma das minhas melhores amigas num momento de luto : :
(Schopenhauer)
"Onde há sofrimento há terreno sagrado."
: : Ainda o Exército de Terracota do Primeiro Imperador Sínico : :
sábado, 9 de agosto de 2008
: : 2 excertos fenomenais de Zadig ou o Destino de Voltaire : :
Another Outrageous Crying Game : : A posição fetal perante a crueldade humana
Zapping televisivo II : : Verdades Intemporais e Universais II
Vide: http://o-lidador.blogspot.com/2007/06/terrorismo-islmico.html
Será caso para se recordarem algumas frases proferidas por célebres mentes sobre a verdade, essa dimensão tão degradada por convenientes relativismos:
"A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água. " (Miguel de Cervantes)
"A repetição não transforma uma mentira numa verdade." (Roosevelt)
Fiat Lux para que as consciências não se apaguem (ainda que, agora, face à ameaça pulsante, o instinto de sobrevivência, certamente, as avive, mesmo aquelas que sempre desculpabilizaram o indesculpável, recorrendo à já tão corrente associação entre falsa vitimização e irresponsabilidade !)
Zapping televisivo : : Verdades Intemporais e Universais
http://www.zanupfpub.com/index2.html
(uma das vítimas do "espírito democrático" do regime de Robert Mugabe)
PP (Pós-Postado): aqui fica o link da ultima entrevista concedida por Joshua Nkomo antes da sua morte:sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Parabéns ao Combustões : : quando a coragem cativa
whose terrific Chinese dragon ©?
Como diria Napoleão Bonaparte:" A bravura provém do sangue, a coragem provém do pensamento." Fiat Lux!
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
A Múmia e o Túmulo do Imperador : : Exposição do Exército de Terrracota do Primeiro Imperador Chinês no British Museum : : A sombra do Gigante Chinês
The British Museum ©
Para além da intertextualidade entre as culturas erudita e pop, sempre latente e patente nos dias de hoje, gostaria de frisar algo que se me mostrou evidente durante a sessão: o papel sempre preponderante de Hollywood na emergência de mitos urbanos, desta vez, o pânico, gradualmente, instigado, no inconsciente colectivo da opinião pública e publicada das sociedades ocidentais, face à meteórica e premonizada pujança da inexorabilidade do "gigante chinês". A imagem sublime (não nos esqueçamos que o aterrorizante e o horror podem, igualmente, inserir-se na categoria do sublime, apesar de, na minha particular perspectiva, reservar o qualificativo ao Bem e ao Belo, considerando a dimensão oposta à terceira como a maior das mediocridades e fraquezas humanas) da construção da Grande Muralha sobre os restos mortais de súbditos escravizados, a crueldade de um maléfico e (quase) indestrutível imperador que almeja a imortalidade e o jugo, pela mera cega sede de poder, sobre o planeta, desrespeitando os Grandes Ensinamentos Imortais dos Grandes Mestres Ancestrais, não será uma metáfora para a forma como a China tem tecido o seu protagonismo a nível mundial, desde a reciclagem do maoísmo por um capitalismo, frequentemente, apelidado de selvático?
E por que será que à força do herói terreno chinês decepado, mortal, ainda que sacralizado por um Amor Sublime, se sobrepõe, majestosamente, a de duas heroínas (mãe e filha) imortais com poderes paranormais e uma força interior proporcional a uma destreza física exponencial? Hummm...fica a dúvida e a questão, ainda para mais porque a nação chinesa não é, comummente, associada à valorização da existência e do papel do género feminino... Dúvidas não existirão é quanto ao perfil demasiado leviano e até patético dos ocidentais, comparado com a profundidade de quem já viveu séculos e cuja Missão lhe foi confiada pela Essência Divina de Poderes mais Altos...
É, então, que me apercebo que, depois de visto o filme, até o cartaz supra-postado se me revela caricato- o personagem mais ridículo assumindo-se como protagonista de uma narrativa onde sobressai, meramente, como vaso decorativo (acontece muito frequentemente, com mais regularidade do que o que seria desejável...):