☼ All One Now ☼

By giving and sharing the best of ourselves we´ll all rise up ☼"Quando souberes o que É Éterno saberás o que é recto"
(Tau-te-King, 16)


sábado, 29 de novembro de 2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

: : Vox Angelis na Câmara Municipal de Lisboa : :


photos: isabel metello © to Vox Angelis
No próximo dia 7 de Dezembro, pelas 16h, os Vox Angelis subirão a palco com mais um magnífico concerto sobre os 400 Anos do Nascimento do Padre António Vieira, no edifício dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa (edifício sede). A não perder as vozes sublimes de Pedro Nunes e Maria José Carvalho. O Concerto contará com encenações dos Sermões e música sacra do século XVII e XVIII.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

: : Mercado de natal Oeiras 2008 : : um evento ecofriendly que resgata o Natal da massificação despersonalizada : :


E, desde 28 de Novembro a 24 de Dezembro, decorrerá no edifício do Mercado Municipal de Oeiras uma feira de artesanato urbano e tradicional que procurará resgatar o Natal da massificação a que, há largos anos, tem sido sujeito, desde que a sociedade de consumo se implantou de forma pujante e ostentatória em terras lusas.
Neste tempo de crise, nada como reencontrar ou reformular, criativamente, as raízes culturais de um povo que já sonhou com o V Império, dimensão que mais não será que a recuperação de uma espiritualidade sublime que nos poderá redimir do vazio da matéria e da apatia colectiva...Creio, firme e convictamente, que é nestes momentos de fractura da opulenta fartura que se encontram as grandes oportunidades individuais e colectivas de evolução...Fiat lux!
Aqui fica o convite da organização:
"Temos o prazer de convidar Vª. Exª. a estar presente na inauguração do Mercado do Natal de Oeiras, dia 28 de Novembro de 2008, pelas 19 horas, no Mercado Municipal de OeirasO mercado de Natal irá decorrer de 28 de Novembro a 24 de Dezembro de 2008Ideias do ParafusoTel. 962864614Mercado Municipal, Largo 5 de Outubro, Oeiras: http://www.oeirasnatal.co.cc/"
Resista à massificação fria e despersonalizante, fazendo deste Natal uma celebração ecológica e espiritual, oferecendo a quem mais ama produtos únicos e peças de autor exclusivas e personalizadas...
A minha colecção ecofriendly, sob a marca isabel metello ®, que que inclui vestuário, acessórios de moda, pintura, produtos de papelaria, objectos decorativos, móveis de autor e instalações estará presente num stand deste magnífico evento alternativo, de 15 a 24 de Dezembro...

domingo, 23 de novembro de 2008

: : a afirmação real pela negação verbal : :

whose angry self-blinded woman ? ©

Por vezes, queremos negar por palavras o que aos nossos olhos se mostra como uma evidência que, feroz, fere qual luz que nos arranca da escuridão que nos conforta- o medo face ao desconhecido, que não se enquadra nos estereótipos que concebemos como guardadores do nosso rebanho cósmico, impele-nos à sua negação explícita, como se, assim, criássemos uma barreira intransponível para a actualização de tudo aquilo que nega os mitos menores pela nossa experiênca feitos e cristalizados...Com efeito, o verbo ainda tem tanta importância na nossa organização cósmica, que julgamos poder modificar a realidade com palavras que encaramos como mágicas quando, de facto, são trágicas dado que, embora não modifiquem a realidade circundante, que circula livre e caoticamente sem o espartilho de verdades feitas, todavia, criam, reafirmam e confinam a nossa, afastando-nos daquilo que queremos a todo o custo negar, por impotência própria de o encarar e até louvar. Cegos pela e na escuridão, negamos, rejeitamos e até ofendemos a Luz que nos poderia tirar da caverna a que, incomensuravelmente, nos sujeitamos. Eppur non se muove...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

: : agradecimento à equipa da eco-revista Gingko : : thank you so much Ginko, a magnificent ecofriendly Portuguese magazine

isabel metello ©

Gostaria, aqui, de enviar os meus profundos agradecimentos à equipa da Revista GINGKO, uma magnífica eco-revista, por promoverem o meu trabalho artístico, baseado no conceito do design eco-friendly, na sua edição nº 9, p.91, na secção EcoPrendas (distribuída com o jornal Sol e nas bancas), ...Muito obrigada! Mais eco-friendly trabalhos meus em: http://isabelmetellodesignhandicraft.blogspot.com/

I would like to thank GINGKO , a fantastic Portuguese ecomagazine, for promoting my eco-friendly artistic works on edition nº 9, p. 91, section Ecogifts (distributed with a Portuguese magnificent newspaper: Sol ). Thank you so much! If you want to see my other eco-friendly works, please click on http://isabelmetellodesignhandicraft.blogspot.com/

: : it´s against all odds : :

: : da ética : :


Ética, essa dimensão tão superficialmente invocada e tão intemporalmente maltratada pela ambição desmedida e falta de escrúpulos de ínfimos seres que as acalentam como estratégias vivenciais primordiais, pela grave patologia de que padecem- a cegueira do poder...princípios e práticas mutuamente exclusivos, não raro, paradoxal e levianamente conjugados por estes seres minúsculos que julgam dirimir a ausência da prática estrutural de valores sólidos pela sua mera superficial enunciação...Perdoai-lhes, Meu Deus, embora eles saibam o que tentam fazer pela estratégia de sujeitos aparentemente fortes, mas essencialmente e profundamente, fracos, frágeis, débeis (FFD), na sua profunda ignorância: dividir para conquistar, reduzir os outros a meros objectos das suas tramas nauseabundas...conquistas menores que compensam as suas ridículas frustrações e risíveis objectivos vivenciais, dinâmicas ínfimas que afirmam a sua impossibilidade prática face a seres que abominam menoridades vulgares e banalizantes e a real e degradante falta de ética, seres estes que, quando caem, fazem-no de pé e não de cócoras, admirando, acima de tudo, ainda que não de Deus, a dignidade existencial, fundamentalmente, quando posta em prática em momentos menos afortunados da vida, os que revelam, deveras, a matéria de que somos feitos: de lama, lata, cobre, prata, ouro, platina ou diamante... Fiat Lux!
PP: Perdoem-me o tom, mas, hoje, tinha de o actualizar como acto higiénico matinal...Faz sempre bem regurgitarmos os pequenos grânulos com que estes demoniozinhos ridículos nos empestam este efémero e, tantas vezes, ilusório percurso...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

: : o que é ser-se crente nos dias de hoje? : :

whose buddhist monks?©

A propósito do debate no Jazza-me Muito, lembrei-me de desenvolver as opiniões por mim expressas acerca do que considero ser a obrigação de um crente perante o sofrimento alheio, portanto, o dever de um sujeito de fé que se poderá definir, ainda que de forma simplista, como alguém que considera que, para além da vida terrena, existe(m) uma ou mais dimensões transcendentais sublimes que se afirma(m) como o autêntico Destino humano e que, como tal, crê num conjunto de princípios que advoga como basilares à sua presente (sobre)vivência corpórea e futura purificação espiritual...


whose hindu holy man?©

Transversalmente considerada, qualquer religião ou filosofia esotérica advoga como móbil de auto-superação o esbatimento da força instintiva do ego, pela força sublime da consciência, i.e., a descentração como dinâmica propulsora de uma aproximação ao Outro, considerado como igual em direitos e deveres. Abstraindo-nos da evolução das palavras compaixão e caridade e focando-nos no seu significado etimológico, poderemos, então, considerar essas posturas como as adequadas a quem crê na vida espiritual para além da morte física, a quem concebe como Grande Orientador Cósmico Omnipresente e Omnipotente um Ser mais ou menos Personalizado ou energicamente Contextualizado, conforme as versões narrativas sacralizadas e sacralizadoras. Como tal, alguém que se afirme como crente deverá cumprir a Palavra Divina quotidianamente, quando em contacto com a banalidade diária da existência profana. Deveras, um crente praticante não é aquele que se limita a orar, a isolar-se do turbilhão da mundanidade apócrifa ou a frequentar locais ou festejar datas sagradas, não, mas aquele que tenta actualizar, diariamente, o Verbo Divino, independentemente, da versão que professa, ...Esse é o grande desafio, essa é a experiência radical, porque intensa, de quem crê, esse é o grande teste a que, quotidianamente, Deus ou a Energia Cósmica nos sujeita, enquanto detentores de um salutar livre arbítrio, mais ou menos orientado pela consciência ou por instintos primários. Como tal, todos os dias fazemos opções que, mais cedo ou mais tarde, pela inexorável lei da acção/reacção, nos serão devolvidas por um insondável efeito boomerang, ou seja, o Mal e o Bem reverterão à sua fonte, independentemente das intocabilidades apócrifas que elejamos como orientadoras vivenciais.


whose christian fervorous woman?©

Como tal, ser-se crente nos dias de hoje é exactamente igual a tê-lo sido há 2000 anos e a similitude não é só diacrónica, como também, o é transversal em termos geográficos ou culturais- tal condição exige uma coragem permanente, porque os meios podem evoluir, mas a natureza humana é intemporal, universal ainda que localmente considerada...É mais uma prova que o local sempre foi e será global e vice versa...
Fiat Lux!

: : mais um post do Combustões : :

Superar-nos, sempre

terça-feira, 18 de novembro de 2008

: : dedicado a Almas Sublimes : :

Há Almas Sublimes cuja Beleza nos redime do contacto, sempre, menorizante com a vulgaridade mais básica. Aqui fica uma pequena homenagem a Estes Iluminados e Elevados Seres...Fiat Lux!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

: outros posts imperdíveis do Combustões e do Jansenista : :


Bem, e, nada melhor do que um post do Combustoes : Contrastes, para acabar um dia em que, mais uma vez, contactei com o que de melhor e pior há no ser humano, não necessariamente por esta ordem...enfim, está-se sempre a aprender, embora possa passar bem sem contactar com o lado lunar alheio, que me entristece sempre, apesar de não me macular...

Mas, para o debate estar completo pela polilogia, embora, assine, por baixo do primeiro post, não posso deixar de aqui referir o do JANSENISTA : Fanfarra pelo Homem Comum...

Dois dos bloggers que mais admiro, duas perspectivas da mesma temática: a banalização da (in)existência humana...



PP: e a quem dedico estes posts de tão eloquentes bloggers? Aos cidadãos vulgares com que me deparei hoje...E o que lhes aconselharia? Que saiam da caverna aonde estão agrilhoados, ainda que pensem estar entronizados, e olhem para o Sol que não o candeeiro da sala (por mais caro que este tenha sido- é extraordinário como a materialização ideológica desta gente não lhe permite ver a diferença entre a Luz natural, divinamente criada, e a artificial, humanamente fabricada!)...É incrível como a alegoria platónica da caverna se revela intemporal...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

: : Sei nell' anima : :

: : equívocos fatais : : confusões que saem caras : :


Neste mundo globalizado tão complexo, cada vez mais temos necessidade de recorrer a estereótipos que nos facilitem a interpretação do que e de quem nos circunda, só que, por vezes, deparamo-nos com a própria complexidade do ser humano, que nos impede a actualização de atitudes simplistas, com base em raciocínios redutores...O preço desta confusão é, não raro, bastante alto, perdem-se oportunidades de ouro de se conhecerem (utilizo, aqui, este verbo não no seu significado vulgar, mas no de índole epistemológica...) indivíduos que fogem a essas regras básicas, seres que, frequentemente, abominam a banalidade e, como tal, rejeitam a sua nivelação a essa dimensão rastejante, demasiadamente, afoita ao concreto e à matéria...paciência!, cada qual deve ser responsabilizado pelas suas atitudes, pelos seus equívocos mais ou menos graves, conforme o contexto e o interlocutor, mesmo aqueles que são condicionados, podendo por isso ser, em parte, desculpabilizados, pelo hábito do convívio regular com a vulgaridade e da sua implícita e natural, todavia profundamente desajustada e injusta, eleição como matriz epistemológica, completamente errónea em certos casos (aqueles dos tiros ao lado que fazem ricochete...)

Et lasse, faites vos jeux, que je suis déjà sortie de cet universe objectivant to which I didn´t ever belong...Ciau carissimi...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

: : optimismo vs pessimismo : :


Sou uma optimista convicta e con vita, porém, todavia, contudo, não eufórica, pois creio que as espectacularizações acefálicas nunca dão muito bom resultado se não sustentadas numa Sorte quase Divina que bafeja traseiros muito inclinados para a lua, ou em algo muito sólido, tendo em mente que o ambiente global circundante não convida, de facto, ao desvario. Não gosto, portanto, de grandes gemidos nem de manifestações de alegrias apoteóticas, nem particulares nem colectivos, apesar de crer com todas as forças do meu ser, que não mero parecer ou ter, que o sofrimento é a ponte para o Conhecimento, as agruras da vida uma forma de nos humanizarmos, de evoluirmos como seres humanos, de nos desviarmos da estultícia light e inconsequente... não raro, os obstáculos converto-os em oportunidades e nada me dá mais gozo que uma barreira bem imposta que me desenvolva tanto a arte como o engenho e me faça desviar do percurso das cobras que cá estão mais para tentar picar quem é o alvo do seu ridículo, pois menorizante, desdém do que para construírem algo de positivo e honrado no seu percurso, isto é, em vez de tentarem evoluir interiormente, canalizam as energias para o exterior, dando, frequentemente, tiros no próprio chocalho serpenteante (de facto a lei da acção/ reacção, coadjuvada pela tal máxima: "quem com Deus anda Deus Ajuda" e pela lógica cósmica de que a fonte do mal será, inevitavelmente, o seu alvo, são inexoráveis...)

Tendo tudo isto em mente, considero, muito anglo-saxonicamente, que a atitude vivencial mais inteligente num mundo, intemporalmente, pleno de tensões diárias, será aquela que implique um diagnóstico lúcido, ainda que apimentado por uma boa dose de autêntica e não apócrifa auto-ironia (o tipo de humor mais inteligente, a meu ver...), dos problemas para se arranjarem soluções viáveis... nunca as perfeitas, convenhamos, mas as possíveis, que isto da vida é alheio a linearidades redutoras, apesar das acefalias crónicas, como tal, quase incuráveis, frequentemente, gostarem de a reduzir ao grau mais ínfimo. Como tal, creio que, também, neste ponto, os extremos se tocam: tanto os optimistas eufóricos descambam na superficialidade infértil, irresponsável e desresponsabilizante em termos individuais e colectivos cívicos; como os pessimistas se focam demasiado nos problemas sem vislumbrarem as soluções adequadas, alimentando e canalizando energias negativas que nada constroem. Ou seja, tanto num como noutro caso, o senso comum é a matriz epistemológica e, como tal, a objectividade vê-se corroída por uma intervenção ilusória de sujeitos cuja capacidade analítica é ou inexistente ou demasiado corroída por uma emocionalidade disfuncional, sendo, não raro, os resultados não muito brilhantes, para usar um eufemismo.


Por isso, sus, anima, que, tal como no romance do Agualusa, esse Grande Escritor cujas palavras me levam ao Berço de forma sublime, apesar de as raízes mátrias de ambos estarem no lado oposto do continente mágico africano, a Esperança deve ser, de facto, a última ser fuzilada, devendo escapar, assim, desta chacina dicotómica, própria de solos estéreis, já saturados pelos demasiados artifícios que foram incorporando, como forma vácua de suprirem a incapacidade natural de dar fruto que se cheire sem repulsa..."et lasse, faites vos jeux!"

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

: : indignação : : motivos de vergonha colectiva : :


No outro dia, depois de Fátima Felgueiras ter saído em clima de apoteose da Domus Justitia (Casa da Justiça), depois de ser condenada por vários tipos de crime e sentenciada com pena suspensa, senti uma profunda vergonha, como cidadã de um país à deriva onde, cada vez mais, sinto que a mais descarada impunidade é entronizada como matriz... Tive de desligar o televisor- uma vez mais, fui invadida por uma uma sensação de profunda náusea...Que vergonha, Meu Deus, aonde pára a noção de honra? No caixote mais próximo, certamente, assim como a consciência que lhe está, invariavelmente adstrita...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

: : the day after : : still hoping : :


E o que se espera no dia a seguir à festa? Uma ressaca, pois então...Mas, apesar de tudo, creio que a mudança de visual e de cartilha vai refrescar este mundo encarquilhado pelo ódio, ganância, autocentração e egoísmo patológicos, pela incapacidade de ser-se justo com os outros e consigo próprio, de se enfrentar os próprios erros no sentido da auto-superação em vez de, irresponsável e imaturamente, se eleger como bodes expiatórios os próprios alvos dos momentos de frustração e inveja incontida, de arrogância desmedida, que leva muito boa gente a considerar que os seus direitos são, sempre, superiores aos seus deveres e aos direitos alheios...Necessitamos, antes de mais, de seres RESILIENTES, RESISTENTES à banalidade do mal e da falta de ÉTICA...YES WE CAN DO IT JUST TRY AND DREAM OF IT!
Em solo luso, necessitamos de uma REVOLUÇÃO CULTURAL que afaste as traças bolorentas, que desenrede as teias da inércia, da corrupção activa e passiva, da mediocridade, dos corporativismos cancerígenos que infestam o nosso espaço público com insignificâncias, remetendo para debaixo do tapete questões primordiais...Uma REVOLUÇÃO CULTURAL que entronize o MÉRITO, A ÉTICA E A TRANSPARÊNCIA, O TRABALHO, A JUSTIÇA E A RESPONSABILIDADE SOCIAL de cada cidadão, enquanto valores matriciais de uma sociedade que se pretende desenvolvida e evoluída, não corroída, que analise e diagnostique objectivamente os problemas para, ulteriormente, se focar nas SOLUÇÕES ...YES WE CAN DO IT! JUST FIGHT FOR IT!
Continua em cenas do próximo post, neste ecrã sempre perto de si..

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

: : quanto às lides de morte : :

whose humanfighters ©?

Hoje, falava com um expert em touradas, alguém que muito admiro e que esteve, desde tenra idade, ligado a este mundo e lembrei-me da conversa tão enriquecedora que tive com o Vítor Coelho, outro verdadeiro gentleman, um senhor, daqueles que pertencem, já, a uma espécie em vias de extinção...Confesso que a admiração que sinto por estas duas pessoas e a sua capacidade para argumentar de forma tão brilhante sobre a sua afición me fez não mudar de ideias, pois continuo a considerar as touradas um espectáculo do sofrimento gratuito alheio, que, como tal, me repugna, eleja ele qual a vítima que eleger, mas que me fizeram compreender de forma mais sustentada este fenómeno...Compreendi, por exemplo, por que é que todos os toureiros e autênticos aficionados se insurgem contra a imposição legal da proibição das lides de morte em território nacional, com a excepção legal de Barrancos... Compreendi-o porque estes senhores me levaram aos bastidores, ao momento em que os touros são recolhidos depois da colhida e os consegui ver a agonizar, com sal grosso posto em cima de feridas expostas...

Tal circunstância levou o primeiro senhor a, brilhante e metaforicamente, extrapolar desta circunstância para certas características sócio-culturais de um povo de "brandos costumes" (tendo em conta o que Franco disse ao seu conselheiro quando da possibilidade de haver sangue em Portugal na Revolução de Abril, eu assinaria por baixo e modificaria o qualificativo para outro mais contundente, menos politicamente correcto e mais socio-culturalmente apassivante, mas enfim, adiante...): nós, portugueses, não lidamos mesmo muito bem com a realidade, muito menos com a morte de tudo o que esteja associado ao nosso ego, tantas vezes, despótico- nem com a nossa nem com a dos outros que nos são queridos (com a excepção de muitos vampiros da alma se regozijarem com a morte de quem odeiam ou invejam, mas isso é já outro departamento...)-, que remetemos, hipocritamente, para os bastidores, como se, assim, assepticamente, a conservássemos em éter até estarmos dispostos a enfrentá-la, isto é, nas calendas gregas...

Depois disto, defendo, ainda que tenha consciência da ambiguidade da frase exclamativa : vivam os touros de morte! Entre o que seria impossível porque ideal (a proibição total deste tipo de espectáculos, degradante aos meus olhos porque assente naquilo que o ser humano tem de pior - o ego hetero-destrutivo como forma de consolidar o auto-laudatório...) e o que é praticável, mas terrivelmente cruel, ainda que mascarado de bonomia, prefiro a letal misericórdia pragmática de nuestros hermanos...Olé!

: : porque gosto de Obama e rejeito McCain, abominando Sarah Palin : :


Não percebo quase nada de geopolítica, para falar a verdade, nem tenho seguido com a atenção devida (?) as eleições presidenciais norte-americanas, apenas me limito a filtrar e a reter alguns episódios mais emblemáticos e até tabloidizados que vão beneficiando de visibilidade mediática, principalmente aqueles que me interessam por questões profissionais, nomeadamente, as questões associadas aos bastidores, ao marketing político, mas, porém, todavia, contudo, digo-o com uma convicção que poderá ser tomada, com toda a justiça, como de senso-comum, mas que é quase instintiva (ainda que possa haver uma aparente contradição de termos...)- gosto de Obama, porque a sua imagem de marca detém uma economia discursiva fundamental num mundo globalizado, profundamente complexo, onde a primeira impressão é fundamental para a actualização de uma comunicação mais ou menos profícua, onde, por uma evolução sócio-comunicativa natural, "a imagem vale mesmo mais que mil palavras", segundo o provérbio criado pelo produtor de sabonetes que passou por um filósofo ancestral sínico...Isto é, Obama é como uma marca cujos principais conceitos adstritos são: paz interior e exterior, coragem, dignidade, simplicidade, leveza, savoir faire et être, inteligência, simpatia, empatia, interculturalidade, descentração, optimismo, esperança, enfim, energia positiva que despoleta fortes laços afectivos...E tal faz toda a diferença num mundo cada vez mais caótico e à "beira de um ataque de nervos" (e já todos sabemos como é fácil um qualquer obsessivo-compulsivo, nestas conjunturas, carregar num botão, nem que seja só o das frustrações colectivas que não se esvaem nos estádios em polvorosa...)...

Por detrás das eleições, desenrolem-se elas em que país for, neste caso, nos EUA, o candidato a eleito é, meramente, o actor que vemos num palco, que tomamos ilusioriamente como o protagonista, quando, de facto, todos os seus movimentos são controlados nos bastidores pelos verdadeiros enunciadores que, raramente, expõem a face- the lords of the world, inscritos em lobbies detentores do "real power", manipuladores-mor da "real politik"...
Mesmo assim sendo, é fundamental que este actor seja alguém que, ainda que de forma superficial, emane e estimule sentimentos e laços afectivos positivos na sua audiência global, fundamentalmente, em conjunturas agudas de clivagem...

Voltando-me, agora, para o outro lado- porque rejeito McCain? porque abomino a Sarah Palin? Fundamentalmente, porque estão associados a uma administração que julgo responsável por autênticas barbaridades que conduziram o mundo do caos ao inferno...mas, no caso da governadora do Alasca (é do Alasca, não é? bem, mesmo que não seja, deveria ser para lá exilada, tenho pena é dos ursos...), a questão torna-se quase um princípio de género- abomino mulheres energeticamente negativas, secas, petulantes, arrogantes, mal resolvidas, frustradas, agarradas a fundamentalismos acéfalos, a preconceitos e estereótipos que as anulam como pessoas, quando julgam anular os outros...


E pronto, aqui estão as razões mais light, mas também, mais sinceras, da minha fé em Obama, o meu quase-conterrâneo (tenho de, também, reconhecer- ficaria muito orgulhosa de assistir à eleição de um afro-americano como Presidente dos EUA...Até porque considero que, por justiça histórica, já era altura de um negro ou mestiço ser eleito Presidente de um país aonde foi morto um líder tão carismático e pacífico como Martin Luther King...só peço a Deus que o mesmo não aconteça a Obama, pois os lobos já uivam, o que não prenuncia algo de bom...)
E, por falar em raízes africanas, que nos moldam de forma mestiça o ser e o parecer aonde quer que estejamos, fiquei tristíssima quando o John Kerry não conseguiu cumprir os seus intentos, pois, dado que está casado como está com a minha patrícia Teresa Heinz, essa sim uma verdadeira Senhora, só pode ser um grande homem...

: : pensamentos soltos, palavras esvoaçantes : : ainda sobre as regras de etiqueta : :


Recorrendo a uma máxima picassórica (perdoem-me, mas achei um piadão a este neologismo...)-a de que só quebra bem as regras quem as conhece- e, valendo-me de uma figura de retórica que adoro- a metáfora-, penso que "não me cairiam os parentes na alma, perdão, na lama" se urdisse uma ponte entre a pintura, as regras da etiqueta e boas maneiras em sociedade e uma questão linguística, a frisar: só sabe quebrar as regras quem as conhece, as hiper-correcções são próprias da ignorância...

domingo, 2 de novembro de 2008

: : voltando às mundanidades apócrifas : : a indiferença britânica ou o ripostar latino? : : noblesse exige : :





whose puzzled life? ©

A minha Mãe, autêntica Senhora dotada de uma simplicidade (qualidade mal interpretada em meios terceiro-mundistas apocrifamente elitistas, muito típicos de gutter magazines...) e esmerada educação a toda a prova, que põe a um chinelo, em cosmopolitismo, cultura e postura, emproadas provincianas mal enraizadas armadas em chic só porque já comeram caramelos em Badajoz, compraram um par de sapatos em Paris ou um simples jornal em Londres, mas cujas pulsões declaradamente instintivas denunciam as suas origens demasiado rurais, pois extremamente associadas ao concreto, costuma dizer-me que, perante arruaceiros(as) mal resolvidos(as), o melhor é a indiferença de índole britânica- aquela que queima ervas daninhas encarquilhadas que, mal vêem alguma flor a desabrochar, concentram-se mais em querer minar-lhe aquilo que nunca tiveram nem alguma vez terão- frescura, pureza de alma, autenticidade, enfim...-, do que em tentar passar de daninhas a frutíferas... Atitude que qualquer olhar mais analítico, menos estreito a interesses corporativos (aliás, sem excepção, estes seres maléficos só atacam em hordas de acefalia gregária, quando muito, podem fingir-se muito individualistas, mas contam com um séquito de colaboradores traseiros, a verdadeira coragem de sustentarem uma luta mano a mano é-lhes estranha, pois a coluna não é lá muito hirta e os valores e princípios adstritos à honra já há muito se esvaíram pelo cano...), logo promíscuos, qualificaria como obsessivo-compulsivamente e galopantemente invejosa (própria de seres cuja frustração vivencial e actual desespero carnal os faz canalizar as energias mais para o denegrir do exterior do que para o evoluir do seu interior, algo podre convenhamos.... o cheiro, ainda que emanado por via digital, pelo menos, não engana...)

whose midgeon MBA ©?

Senão, vejamos, se as flores não lhes mostrassem, quais espelhos, a negritude das suas existência e lama, perdão, alma, passar-lhes-iam desapercebidas e não influenciariam, intertextualmente, a sua agenda temática (é o tal agenda setting que nem todos podem catapultar, por simples falta de criatividade e capacidade para a inovação...)
Ai, que tristeza! A sério, tenho pena, aquela pena mesquinha que não gosto de sentir por alguém, mas que, infelizmente, me assalta com mais frequência do que o que gostaria...


Voltando à questão inicial- a de como lidar com estes seres menores, negativos, cuja felicidade vivencial passa por aborrecer e denegrir, gratuitamente, os outros que invejam, não se dando conta de que o ridículo os impregna de um ar patético, fúnebre, mesmo...-, por mim, depende dos dias- por vezes, opto pelos ensinamentos da Minha Querida e Sábia Mãe; noutros, em que a mostarda me está mais próxima das narinas e o estômago se me revolve em contorcionismos espasmódicos, mal me cheira a degradação humana, pego na minha azagaia Maconde e mando uma ou mais setas, conforme a necessidade, bem frontal(is), direccionada(s) a testas pelo tempo, frustração, inveja e maldade enrugadas, faces pela hipocrisia mascaradas e corpos, pela carestia de mimos masculinos, desfalecidamente enfurecidos, ainda que não adormecidos (daí os ganidos...)....


whose fearless lion(ess) ? ©

Desculpem o contraste com o último post, mas, quem já me vai conhecendo sabe que vou escrevendo ao som dos meus estados de espírito, e, por vezes, impor limites a seres minusculamente autocentrados e sentados que, insistentemente, nos tentam consporcar com a sua negritude, que se fingem muito elevados (só se for nos saltos agulha, os tais stylettos pelos quais matam a Mãe e espancam a Avó, e outros tacones lejanos que dizem ter no closet, dos quais caem facilmente...), também, faz parte da etiqueta, da moral, pelo menos, para mim a primordial, pois as outras, embora as conheça de berço, considero-as artificiais...E como abomino a artificialidade, Meu Deus! É que esta dimensão menor está, não raro, associada à banalidade, que julgo o fulcro do mal, muito estreito à visão do senso comum e dos instintos mais básicos (eu sei, parece uma associação paradoxal, mas não é, pois a artificialidade que muita gente cultiva é pura e animalescamente instintiva...)


whose female and male symbol ? ©


Recorrendo a uma metáfora tauromáquica, dizia um toureiro muito conhecido que tive o prazer de conhecer, por ser um verdadeiro gentleman (apesar de eu assumir, inequivocamente, a minha repugnância perante esse espectáculo), que as vacas, quando vão para a arena muito excitadas atrás do touro, têm de sofrer um corte na orelha para que a excitação se desvaneça pela saída do sangue...

Por favor, encarem este post como esse pequeno corte que pretende ser mais didáctico que contundente...Ao alvo do post, desejo, sinceramente, as melhoras, a deflação da dor de cotovelo, que pensava já passada, e as maiores felicidades, aliás, como desejo a toda a gente, revele-se maior ou menor aos meus olhos, nomeadamente, uma inflação substancial de atenção masculina sobre a pobre criatura, que creio estar no cerne da questão...Afinal, Freud será sempre intemporal, pois a natureza humana também o é (feliz ou infelizmente, conforme a matéria em análise...)

Dura veritas sed veritas...