☼ All One Now ☼

By giving and sharing the best of ourselves we´ll all rise up ☼"Quando souberes o que É Éterno saberás o que é recto"
(Tau-te-King, 16)


segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Campanha: Liberte o pássaro que há em si, estique as asas e voe/ Worldwide campaign: Free the bird inside yourself, spread your wings and fly




O Brief New World (BNW) está a promover a campanha mundial: "Liberte o pássaro que há em si, estique as asas e voe".
Hoje, como sempre, aliás, somos modelados por paradigmas materialistas e empobrecedores, estereótipos, ideias feitas e preconceitos simplistas delineados por tendências sócio-culturais e económicas dominantes que, ao mesmo tempo, nos incluem e nos excluem da sua autoria. Modelos que, tantas vezes, nos limitam a existência, nos afastam de nós, dos outros, do que gostamos, de quem gostamos, do que sonhamos como meta vivencial, do contacto com a riqueza da diversidade humana e vivencial, encaminhando-nos, preponderantemente, para uma artificialidade redutora.
Viva com alegria, sem receios nem espartilhos, libertando-se, responsavelmente, dessas amarras menores, assuma plena, autêntica, consciente e positivamente a sua essência, renegue os artifícios e as ideias cristalizadas, que só atraem quem não aprecia e o que não deseja, afastando de si o Caminho da felicidade. Emancipe-se e viva liberto de censores que lhe prendem as asas! Nenhum ser gosta de viver em jaulas e gaiolas, mesmo as mais douradas! Atreva‑se- estique as asas e voe livremente! Como diz o lema dos Comandos (passo o belicismo) "Audaces fortuna juvat", i.e, "A sorte protege os audazes".
E, já agora, por favor, projecte essa apetência pela liberdade na sua relação com a natureza- não aprisione pássaros em gaiolas- a mais sublime das suas capacidades é poderem voar!

PP (Pós-post): este post não é um apelo ao egoísmo e à libertinagem, que se distingue, claramente de liberdade (a liberdade de cada um acaba onde a do outro começa), é antes um apelo à autenticidade responsável, tendo em mente que o egoísmo e a artificialidade só nos conduzem ao caminho da infelicidade, do engano e da mentira que o mentiroso prega a si próprio. A supremacia da ilusão, advinda das aparências, sobre a verdade e a essência é muito nefasta em termos de perdas pessoais, tanto na relação do indivíduo consigo próprio como na que estabelece com os outros.


Brief New World (BNW) is promoting a worldwide campaign entitled: “Free the bird inside yourself, spread your wings and fly!”
Nowadays, as ever, we are shaped by materialistic and impoverishing paradigms, stereotypes and prejudices built by dominant socio-cultural and economic tendencies which, at the same time, include and disregard our authorship. These models do commonly limit our existence, do keep us apart from ourselves, from others, from whom or what we do love, from what we dream of as our living goals, from connecting with enriching human and living diversity, leading us, mainly, to a reductive artificiality.
Do live with joy, without any kind of fear nor constraints by responsibly freeing yourself from those minor knots, do assume in a complete, authentic, conscious, and positive way your true essence, denying artefacts and crystallized ideas, which only attract what you don´t like and what you do not wish, keeping you away from the Road to Happiness. Give wings to your inner-self and emancipate yourself from those censors who fasten your wish to fly! No being likes to live in cages even inside the golden ones! Be courageous- spread your wings and fly freely! And by the way, please, do project this freedom wish towards your relationship with nature- do not imprison birds in cages- the most sublime ability they have is to be able to fly!
Latin has a saying: "Audaces fortuna juvat", i.e, "Luck protects the audacious ones".

PP (Post-post): this post is not appealing to selfishness and to freedom without responsibility, on the contrary, is an appeal to responsible authenticity, bearing in mind that selfishness and artificiality commonly lead ourselves into the path of misery, mischievousness and lies imposed by the lyer on him/herself . In fact, the false illusion linked to the supremacy of appearance over truth and essence has terrible consequences in terms of personal losses, regarding the relationship between the individual and his/her innerself as well as with others.

Apelo Doença de TARGARDT (degeneração da mácula)

Recebi, por email, este apelo. Pelo seu teor, publico-o no BNW, na esperança de que possa, assim, dar um pequeno contributo para a extensão da visibilidade desta causa.
"PEÇO-TE QUE NÃO PASSES ESTE MAIL SEM LERES!
Amanhã podes ser tu a precisar.
Pelo teor de carácter de ajuda agradeço que leiam e divulguem pelos contactos.
Obrigada e bem hajam

Exmo(a) Senhor(a)
Vivo nos arredores de Lisboa e sou pai de uma menina, agora com 7 anos, que é portadora da doença de TARGARDT (degeneração da mácula), o que faz com que perca a visão central), doença essa que é actualmente incurável, mesmo no estrangeiro. Como não é fácil obter informações a nível nacional, resta-me a Internet para adquirir um conhecimento mais profundo que me ajude a lidar com esta doença, pois mesmo em Lisboa a única ajuda que me foi facultada foi de uma associação (mais concretamente a Associação de Retinopatias de Portugal), associação essa que também padece do problema de falta de apoio, pois é uma entidade privada. O grande objectivo deste mail é tentar arranjar maneira de contactar pessoalmente, familiares ou amigos dessas pessoas que sofram da mesma ou semelhante doença, para fazer um rastreio, com um único pensamento: - Difundir e trocar informações acerca desta doença. POR FAVOR divulguem este mail pelos vossos contactos e/ou se tiverem conhecimento pessoal de um caso semelhante, agradecia que me contactassem:
mailto:rgoncalves@ruralinf.pt

MUITO E MUITO OBRIGADO
Rui Gonçalves
P.F., não ignorem a mensagem. Ler e reencaminhar não custa nada.
Obrigado."

Da Humildade e da Subserviência…


Em tempos em que a arrogância e a soberba, aliadas a uma autocentração epidémica, foram elevadas a matriz dominante, não raras vezes, se confunde uma qualidade exaltada, transversalmente, por várias religiões e filosofias esotéricas, muito estreita à descentração indispensável a uma salutar evolução espiritual, e uma característica muito própria de indivíduos com uma auto-estima deficitária ou, simplesmente, focalizados nos seus interesses particulares- a subserviência. Com efeito, ser-se humilde, saber-se manter a simplicidade, independentemente das venturas ou desventuras que a vida nos possa oferecer, é uma qualidade de quem tem consciência da sua ínfima importância num universo tão rico e tão vasto; ser-se subserviente é, cobardemente, negar-se o direito de se manter uma postura vertical perante um igual, por mais superior que este se considere, é demitir-se do dever cívico da sua individualidade, pela sua despersonalização. A humildade eleva quem a detém, a subserviência, como o prefixo que a denuncia, minora e rebaixa quem a pratica, relaxa o sujeito até ao ponto da passividade comodista. A este propósito, Josemaría Escrivã, fundador da Opus Dei, referia: "Essa falsa humildade é comodismo: assim, tão "humildezinho", vais abandonando direitos...que são deveres". Ser-se subserviente porque se receia a solidão, então, é um verdadeiro atentado à consciência e como postula Samuel Butler: "A consciência é muito bem educada. Deixa logo de falar com aqueles que não querem escutar o que ela tem a dizer." Já a arrogância é tão própria do egoísmo como da ignorância, de quem nunca saiu do seu umbigo para desfrutar do fantástico enriquecimento que o contacto com o mundo na sua diversidade nos proporciona. Há, também, um outro tipo de arrogância muito comum- a de quem renega as suas origens menos prestigiantes em termos sócio-culturais, simulando um triste e humilhante espectáculo de vaudeville com base na máscara ilusória que, soberba e artificialmente, ostenta perante os outros. Um autêntico humilde associa um índice máximo de liberdade a um nível de responsabilidade proporcional, enaltecendo o amor à autenticidade e efectivando uma absoluta rejeição da artificialidade, não se deslumbrando com a simulação, apreciando, deveras, comunicar seja com quem for com a mesma simplicidade e afabilidade, mas rejeitando a passividade. É alguém continuamente em construção, não crendo em discursos ou mecanismos vácuos e artificiais como motores da felicidade humana. Um humilde é um estóico, apesar de não fazer a apologia da dor, encara o sofrimento como algo natural na vida, como um dos móbeis fundamentais da sua evolução espiritual. A dificuldade surge-lhe como um desafio, não como um obstáculo. Um humilde é, assim, um ser positivo- traz dentro de si a positividade que transmite aos outros. Apesar de parecer um pensamento paradoxal, uma vez que a seguinte obra se centra no conceito de sucesso, frequentemente exultado, hoje, numa perspectiva puramente materialista, a obra O Segredo elege como protagonista o humilde, aquele cujos sonhos implicam a presença do outro, não se limitando a visualizar positivamente sonhos individualistas, autocentrados. Incorpora quem ama nas suas quimeras, quem não conhece, mas cujos traços distintivos o fazem encará-lo como um diferente pleno de igualdade que poderá ajudá-lo a encontrar o seu próprio Caminho. Valoriza mesmo quem não aprecia e por quem não é apreciado, encarando-os como possíveis instrumentos de Deus ou do Cosmos, conforme as crenças, que lhe permitem conhecer de forma mais apurada esse Caminho. O humilde é paciente, sabe que o enigma presente será a revelação do amanhã. Um humilde, ainda que possa ser um perfeccionista, tem clara consciência que será impossível algum dia deparar-se com a verdade absoluta e alcançar a perfeição, sabe que, nesse estádio, estão os seres muito superiores, já há muito afastados da efemeridade terrena, deslumbra-se com a incomensurável riqueza que é viver num mundo pleno de tensões, mas também de uma complexidade e diversidade fantásticas. Daí que desvalorize estereótipos, ideias feitas, preconceitos sobre os outros, generalizações simplistas, que julga serem profundamente injustas, arrogantes, óptimos catalisadores da negatividade própria e alheia.
Assim, um humilde não é, de todo, um ser passivo, amorfo, é antes um indivíduo pró-activo, que luta pelo que acredita de forma elevada, que mantém os seus ideais, mesmo que um exército se lhes oponha (como diria Cícero: "A minha consciência tem para mim mais peso do que a opinião do mundo inteiro"), mais ou menos veementemente, mas com a clara percepção de que é apenas um grânulo de areia na imensidão da vida.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Voltando ao lado positivo da vida- da Amizade como Amor Sublime-, ainda que, por vezes, circunstâncias desfavoráveis nos magoem...



E, voltando ao espírito nuclear deste blog, ao lado positivo da vida, ainda que, por vezes, nos sintamos magoados ou atingidos por circunstâncias menos boas, como a de saber que pessoas que amamos não se encontram bem de saúde, gostaria de desejar as melhoras a um dos meus melhores amigos, que se encontra hospitalizado.


Um grande abraço e que tudo corra pelo melhor. Estamos todos a torcer por si (incluindo a Vaca Galo e Sua Leviandade, Lá Vai Lama). Agora, a sério, muitos beijinhos e abraços de toda a família para si, um verdadeiro ser do Bem que só se preocupa em dar felicidade e apoio aos outros!


Volte depressa, precisamos todos de si!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Da arrogância…


"A Grotesque Old Woman, (circa 1525-30)
Quinten Massys, 1465 - 1530, The National Gallery, London" ©


O episódio caricato que envolveu Sua Majestade o Rei de Espanha e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez-me lembrar uma conversa que tive há bem pouco tempo com um grande amigo meu, uma das pessoas mais puras e educadas que conheço. Dizia ele que, hoje, a arrogância e, tantas vezes, a má educação, constituem o paradigma dominante. Dei-lhe toda a razão. Hoje, numa sociedade onde até na publicidade se faz a apologia do “quero, posso e mando”, a petulância, a arrogância e a má educação são elogiadas por sujeitos que veneram, claramente, um darwinismo social amoral, e, tantas vezes, imoral, características, frequentemente, confundidas com personalidade, com liberdade, com espírito revolucionário. Acontece que o conceito de liberdade se encontra adstrito, fundamentalmente, ao de responsabilidade e de respeito pelo(s) interlocutor(es), caracterizando-se uma personalidade forte por traços como carácter, coragem e dignidade, qualidades fundamentais também num autêntico revolucionário, nada devendo, portanto, à má educação, nem à arrogância ou petulância. Daí que não me espantasse verificar que muitas pessoas, ao assistirem à contenda entre os dois representantes destas duas nações hispânicas, criticassem veementemente a resposta do rei, depois de, repetidamente, Chávez, estando numa cimeira ibero-americana, que exigiria, em princípio, um trato civilizado entre os vários participantes, ter verbalizado uma série de ofensas ao ex-PM espanhol, Aznar, não permitindo sequer que Zapatero actualizasse o seu direito de expressar, condignamente, a sua indignação perante os qualificativos menos dignos que saíam repetidamente da boca do venezuelano. Latino-americano que, outrora, sonhou ser um boxeur nos EUA, talvez por isso conceba o espaço público como um ring de boxe. Freud explicaria muito bem esta sua propensão para a violência. Não sei se será pelo facto de ter visto esse sonho frustrado ou pela sua anacrónica ideologia, verdadeira obsessão por Fidel Castro e tendências claramente despóticas acirradas por uma boçalidade insultuosa, que Chávez elege como hobby fulcral a ofensa gratuita e pública a chefes de estado que odeia visceralmente, nomeadamente George W. Bush, a quem apelida de Mr Danger. No outro dia, estando eu a assistir ao espaço noticioso de prime time da SIC, deparei-me com uma montagem cómica, se não anunciasse algo de trágico, onde aparecia o ex-candidato a boxeur no El Dorado norte‑americano, a actualizar, por diversas vezes, esse seu passatempo favorito. Dizia a criatura: “Mr Danger jo [a personagem troca o y grego que, no caso deste pronome pessoal anglófono, se lê i, pela palatal sonora castelhana j] are a donkey!” Acrescentando na língua hispânica, uma vez que não sabe dizer mais alguma frase em Inglês: “Mr Danger, tu eres un burro, eres un alcohólico, eres um borracho!” Que palavras edificantes para um representante de uma nação, que educação, que graciosidade, que personalidade, que sentido de liberdade e de responsabilidade de estado tem esta personagem que se dirige a uma cimeira para provocar outrem, ofendendo, sem admitir resposta e ainda exigindo desculpas dos ofendidos. Que espírito democrático enuncia esta gaffe em forma de gente ao permitir que uma deputada da sua cor política esbofeteie, em plena transmissão televisiva e em directo, um jornalista até lhe partir os óculos, com total impunidade! Mas, que estou eu a dizer? Afinal não é, como dizia o meu grande amigo, esta a lógica primacial contemporânea- alguém agredir arrogante, directa ou sub-repticiamente quem não gosta, quem não comunga dos seus ideais, quem não partilha das suas convicções, e quem se opõe aos seus interesses, quase sempre muito particulares? E, depois da agressão, julgando-se o agressor com um poder desmedido e o centro do universo, não é comum, hoje, a criatura exigir um pedido de desculpas da parte de quem provocou até à exaustão? De quem recebeu uma resposta não proporcional à violência do seu discurso? E não é comum ainda ter o desplante de tentar distorcer os factos, vitimizando-se e cativar as simpatias de pessoas com uma memória tão curta? É que é preciso descaramento-a criatura ofende alguém em público repetida e exultantemente, recebe como resposta um pedido em tom civilizado para não continuar naquele seu registo ofensivo, continua desbravida e petulantemente em tom agressivo, até que é confrontado com quem não tem estatuto social para aturar conversas de soleira de porta de porteira, transportadas para uma cimeira de chefes de estado, reunião que deveria respeitar as leis da civilidade mínimas. Mas, claro, para certas mentes, quem teve a culpa foi o Rei, ele é que se excedeu. Excedeu-se como? Só o mandou calar e, claro, os espanhóis não utilizam os formalismos a que nós portugueses estamos acostumados. Não estava a ver qualquer nuestro hermano a dizer: " V. Exa, queira desculpar-me, poderia calar-se, por favor?"! Ou teria Sua Majestade que o ouvir, repetida e exaustivamente, ofender o povo espanhol, personificado num seu ex-governante, e bater-lhe palmas no final? É essa a imagem de dignidade institucional que hoje se detém? Haja decência e paciência!
Mas, claro, com isto não quero dizer que os representantes portugueses tivessem de se solidarizar com os espanhóis- se fosse ao contrário, não vejo que nuestros hermanos pusessem em causa os seus interesses para defender a nossa honra! Se estivessem em causa princípios e não interesses isso já seria outra história! Paralelamente, este episódio lembra-me um post que aqui publiquei sobre a inveja. Dizia eu que, no espaço público luso, os actores sociais revelaram, intemporalmente, a tendência para misturar, indiscriminadamente, as questões pessoais com a posição pública perante fulano ou beltrano e as suas ideias- se A odeia, inveja ou tem qualquer implicação instintiva com B e vice-versa, então A certamente que denegrirá em público B e vice-versa, não baseado em dados objectivos, mas na irracionalidade do ódio e de outros sentimentos menores, mesmo que até concorde em princípio com a sua argumentação. Por vezes, e o que é mais ridículo, as pessoas nem se conhecem verdadeiramente, recorrendo, apenas a estereótipos, ideias feitas e à vulgaridade e cobardia do “diz que disse” no processo de reconhecimento do(s) interlocutor(es), tentando tudo para os denegrir ou afrontar, memo que de formas subliminares. Resultado: apreciam-se, desleal e malevolamente, ideias racionais alheias, travando-se diálogos com base na irracionalidade do ódio e de outros sentimentos mais ligados ao instinto que à consciência, apreciação que deveria ser isenta e estar alheia a likes and dislikes particulares. Daí que, não raro, a praça pública se transforme num campo de ataques e batalhas pessoais. E, depois, para além dos protagonistas, há sempre a acrescentar os correligionários cegos de uma e de outra facção que se digladiam, também, muitas vezes, sem ter mais argumentos do que o “eu sou muito amigo de A, logo sou inimigo visceral de B e concordo plenamente com A” ou “os meus interesses próprios obrigam-me a defender a posição de A, logo ataco ferozmente B e faço disso uma causa de vida, até que os meus interesses mudem". Mas, claro, também há aquelas criaturas que vão por modas: é in e/ou seguro atacar A, pois, atacando A, está-se automática e implicitamente a defender a facção de B (…) Isto é, estas tomadas de posição nada têm a ver com questões racionalmente escrutinadas, uma vez que tomam como ponto de partida emoções e relações pessoais, interesses próprios, maniqueísmos redutores e banalidades mundanas e não princípios que, como se sabe, não são tão flexíveis. Conclusão: a primazia da má educação, da arrogância, da petulância e de ódios particulares, sem qualquer discernimento racional, transformam a esfera pública num ringue de uma luta de egos, em vez desta se afirmar como um espaço primordial de debate que, para se afirmar como produtivo, deveria, em teoria, pautar-se pela liberdade e abertura e não fechar-se nestas atitudes instintivas, quase primitivas! Mas, mais uma vez, a prática contraria a teoria! Que tristeza, que pobreza, não franciscana, mas de espírito, que falta de princípios básicos de civilidade e que cobardia degenerar diálogos em lutas de comadres!

O Segredo: receituário digest para o sucesso individual ou obra direccionada para a evolução espiritual de sujeitos emancipados pela Luz?


Rhonda Byrne ©

Tenho lido várias críticas, umas construtivas, outras completamente destrutivas, do best seller de Rhonda Byrne O Segredo. Tenho, igualmente, lido interpretações teóricas díspares da mesma obra: umas revelam uma leitura profunda da mesma, outras uma desconcertante superficialidade sobre o que consideram light, talvez, advinda do desconhecimento sobre os princípios esotéricos milenares que serviram de inspiração à autora, embora expressos de forma simples e despretensiosa.
Os aspectos formais do livro não ajudam, de facto: (a) a sua apresentação demasiado esteticizada e mercantil, que leva muito boa gente a tomá-lo pelo seu invólucro, julgando-o uma obra meramente comercial, minorizando totalmente o seu conteúdo; (b) o discurso fragmentado, pleno de testemunhos de várias figuras mais ou menos públicas, que conduzem um leitor mais incauto a julgar estar perante um receituário digest sobre o sucesso, enunciado por alguma dona-de-casa ociosa e abastada, agora dedicada à literatura light, ou por alguma celebridade, superficialmente, devotada a alguma crença de pacotilha, que minoriza o esforço da escrita pela acumulação de palavras alheias. Leitor mais incauto que antevê esta figura feminina estereotipada coadjuvada neste seu capricho esotérico por alguns dos seus amigos mundanos que, por acaso, detêm uns títulos académicos, talvez até ficcionados, como garantia da fiabilidade do projecto.
Malvadas vãs aparências que nos iludem (quase) sempre! Mas que podemos fazer? Estamos sócio-culturalmente programados para julgar o mundo e os outros pelos seus sinais exteriores e, frequentemente, subestimamos o que os nossos olhos tomam, levianamente, por superficial e oco, porque não se enquadra nos nossos quadros mentais esquadrinhados por classificações redutoras. Deste modo, não raras vezes, os nossos rituais quotidianos consuetudinários de reconhecimento do pensamento e da vivência alheios orientam-se por clichés, por preconceitos, mecanismos muito estreitos a raciocínios simplistas e a uma necessidade constante de reforçarmos a nossa auto‑estima pela diminuição do outro. E quem necessita de diminuir alguém para inflacionar a sua auto-estima entra sempre num ciclo vicioso pernicioso, i.e., nunca a reforça verdadeiramente, antes cai num emaranhado pleno de negativismo que o conduz a um deficit de amor-próprio cada vez mais difícil de ser debelado. Aliás, a discriminação, em si, é um acto que revela, per se, uma auto‑estima deficitária. Quem gosta de si, quem se respeita, gosta e respeita, verdadeiramente, (de) os outros, e, embora possa com eles não se identificar ou discordar, não tem medo da diferença, seja ela intelectual, étnica, filosófica, entre outras, pelo contrário, encara o contacto com a diversidade como pólo de enriquecimento pessoal. Infelizmente, o unanimismo e o seguidismo são caminhos mais fáceis e confortáveis, daí que tenham tantos adeptos, sendo denunciadores de uma renúncia do sujeito a si, às suas convicções pessoais, à sua capacidade de olhar o mundo de forma díspar e individual. É que olhar o mundo de forma particular e enunciar essa visão individualizada não é fácil e traz-nos sempre bastantes fricções, não raras vezes, despoletadas pela petulância dos unanimistas convictos, escudados na quantidade de adeptos das suas ideias mais ou menos massificadas, como caução da sua validade e pertinência. Associa-se a verdade ao número e, paradoxalmente, desqualificam‑se indivíduos e produtos culturais exactamente pelo critério numérico. Estranho raciocínio dúbio!
Mas voltando ao cerne da questão, na minha modesta opinião, O Segredo é uma obra que, na sua extrema simplicidade, consegue atingir o que só as boas obras conseguem: a ambiguidade da leitura. Ambiguidade reflectida nas várias dimensões interpretativas da obra, podendo-se, simplisticamente, dividir os seus leitores por dois grandes grupos: (a) os cépticos - os que crêem estar perante mais um livro de auto-ajuda facilmente digerido pelas massas incultas e manipuláveis, com claros propósitos comerciais; (b) os crédulos. Este último grupo subdivide-se em mais dois: (i) os que se sentem fascinados pela obra como inspiração para o seu sucesso individual, acreditando piamente que, se actualizarem a “lei da atracção”, projectando os seus pensamentos positivos para a recorrente visualização de um carro último modelo, umas férias num destino luxuoso e uma casa na Quinta da Marinha, conseguirão alcançar, certamente, a materialização das suas quimeras. A estes chamar-lhes-ei, sem qualquer tipo de preconceito, os crédulos materialistas. O outro grupo designá-lo-ei pelos (ii) crédulos espiritualistas. Estes encaram a leitura da obra de Rhonda Byrne como um alento a redescobrirem ou a prosseguirem a(s) sua(s) efémera(s), mas crucial (is), marcha(s) por esta viagem a que se convencionou chamar vida, sabendo que a milenar "lei da atracção" (pensamentos positivos atraem pensamentos positivos, materializando-se em acontecimentos da mesma índole) se une à lei da acção/ reacção (a energia adstrita a todos os nossos pensamentos e acções retorna sempre à fonte, i.e., qualquer bom ou mau pensamento, qualquer boa ou má acção sem redenção, regressará ao seu autor). Deste modo, tentam actualizar os ensinamentos da obra centrando-se numa dimensão espiritual focalizada em objectivos que primam pela descentração e não pelo egoísmo (uma das energias mais negativas que existem, a par do medo).
Mas não crendo ser muito crítica, já me deparei com outro tipo de crédulos: (iii) os pseudo-crédulos: os que, aparentemente, retiram ilacções profundas do livro, mas demonstram uma dificuldade suprema em tornar prática a teoria. De facto, não é fácil, e hoje a facilidade é cada vez mais apetecível, tudo o que implique sacrifício ou grande esforço recebe logo o epíteto de “enfadonho”. É tão mais engraçado falar-se de conceitos esotéricos milenares com ligeireza, com alegria pós-moderna, sem a necessidade de se praticar o que se defende em discursos tão belos.


Mas, claro, apesar de ninguém ser totalmente coerente na prática com o que defende em teoria, há verdadeiras atitudes aberrantes que denunciam uma incongruência básica entre essas duas dimensões. E já diziam: Gandhi: “Acreditar em algo e não o viver é desonesto”; Bailey: “A primeira e pior de todas as fraudes é enganar-se a si mesmo. Depois disto, todo o pecado é fácil”; S. Cipriano: “Deus não escuta a voz, mas o coração”.
Todavia, o busílis da questão não é falar-se ligeiramente de questões espirituais muito profundas, pelo contrário, o cerne do problema é quando, pela leviandade e pela não coerência recorrente, se deturpam mensagens que se afastam muito da mundanidade, degradando-as no seu (quase) contrário. Distinga-se, a propósito, ligeireza de simplicidade- a ligeireza, a leviandade, nada tem a ver com a simplicidade, que é própria de almas nobres, que se auto-questionam e dão relevância aos outros, sem dar demasiada importância a si próprios. Já a leviandade é própria de seres que vivem na e para a aparência, que se deslumbram com a banalidade e que rejeitam a profundidade, pois isso levá-los-ia a uma auto-análise que rejeitam, por medo de encararem o seu eu nu, sem adereços ou máscaras artificiais.
Mas o que tem isto a ver com O Segredo? A meu ver, tudo- pela prática daquilo que nos propõe conseguiremos, de facto, conduzir as nossas vivências para um percurso mais nobre e positivo, mas respeitando sempre uma condição transversal a todas as religiões ou filosofias esotéricas: a descentração e o claro respeito pelo outro. E, já agora, outro pressuposto que, também, revela a sua transversalidade esotérica: a abertura de espírito. Já aqui o disse, mas penso pertinente repeti-lo: a abertura de espírito é o que distingue a autêntica inocência da ingenuidade- inocente é quem, embora já se possa ter magoado muito com as vilezas mundanas, consegue manter uma certa candura quase infantil que lhe permite vislumbrar os vindouros sem o espectro das experiências negativas passadas; ingénuo é meramente aquele que não tem experiência de vida, nem as defesas que daí advêm. Um inocente é, acima de tudo, um indivíduo responsável, uma vez que, acima de tudo, defende e pratica a confiança no outro, embora tendo consciência de que se poderá magoar nessa entrega; um ingénuo engana-se porque a sua pouca experiência de vida não lhe dá outra alternativa. Daí o conceito de “inocência primordial” ser igualmente transversal a vários credos como condição basilar no percurso da evolução espiritual.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O perdão pela outra perspectiva...

No post anterior, falei do conceito de perdão na perspectiva de quem o concede, hoje, penso ser importante frisar a sua bivalência, i.e, abordando-o na perspectiva de quem o deve pedir. Todos nós cometemos falhas, umas mais graves do que outras, a perfeição humana ainda é uma quimera, embora, como dizia Madre Teresa de Calcutá, deva sempre ser procurada. Uma das máximas preferidas de uma pessoa minha amiga é a seguinte: "as desculpas não se pedem, evitam-se". Concordo plenamente, mas acrescento: pedir perdão não é uma desonra ou humilhação, bem pelo contrário, é um acto de grande dignidade, de grande nobreza moral, quando posto em prática de uma forma sincera, autêntica, uma vez que o sujeito que assim procede, depois de uma reflexão interna mais ou menos intensa e profunda, conforme o lapso em causa, descentra-se, pondo-se em questão perante si próprio, actualizando duas basilares máximas cristãs, uma das quais já evocadas no post anterior: Ama o Próximo como a ti mesmo; antes de julgares os outros, julga-te a ti mesmo. Deste modo, pode-se concluir que o acto de pedir perdão por algo que se disse ou fez que se sabe ser erróneo é uma das expressões da supremacia da consciência sobre os instintos, revelando como enunciador uma alma pura e honesta para consigo própria, para com princípios de vida elevados e para com os outros. Saber pedir perdão é uma qualidade de almas elevadas, descentradas, conscientes.
Mas, será que não há actos imperdoáveis? Na minha opinião sincera, há, de facto, circunstâncias imperdoáveis, nomeadamente quando, depois de a mesma falha do ofensor ser perdoada vezes sem conta pelo ofendido, esta se repetir até à exaustão, contextualizada num registo de arrogância, egoísmo animalesco, má formação moral e, claro, desrespeito pelos direitos do próximo. O que fazer aí? Mostrar, pedagógica e firmemente os limites ao ofensor, uma vez que este tipo de indivíduos, uma vez que se guiam, primordialmente, pelos seus instintos e não pela sua consciência, se não encontrarem resistência à sua maldade, continuarão a fazer vítimas durante o seu percurso vivencial muito apegado à sombra. Todavia, a imperdoabilidade destes actos deve ser externa, i.e, deve parecer ao ofensor que assim seja, porque, no nosso íntimo, e para respeitar os preceitos enunciados no post anterior, devemos mesmo é limpar o nosso coração do efeito dessas ofensas e "deixar as más acções com quem as pratica". Mostrar-lhes os limites não é, de facto, vingarmo-nos, apenas é uma forma de nos afastarmos de gente negativa e lhes dizermos que não os queremos por perto.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Pensamento do dia: a importância do perdão na evolução espiritual de cada um e no alcance da paz de espírito…



Com as devidas precauções quanto a generalizações, sempre injustas e não representativas da complexidade e riqueza das sociedades humanas, bem como da intemporalidade de certas tendências da natureza do Homem, creio que poderei afirmar que o tipo de organização social que constitui o nosso habitat, nos tempos presentes, conduz muita gente a focalizar-se obsessivamente no sucesso, na riqueza material, no estatuto social e na superação não de si mas do outro, tantas vezes com base na premissa maquiavélica de não se olhar a meios para se atingir os fins e em posturas que privilegiam a arrogância, a prepotência, tiques de um novo-riquismo provinciano, muito estreito à esquizofrénica actualização de complexos de inferioridade disfarçados por outros de superioridade aparente. Neste contexto, palavras como perdão soam, na melhor das hipóteses, a algo démodé, completamente fora de moda e, na pior, são, erroneamente, identificadas como idiossincrasias de espíritos fracos, que não revelam a energia vital necessária à luta feroz por “um lugar ao sol”, à afirmação ostensiva e agressiva da sua presença perante o olhar alheio. Interessante será notar que essas posturas de vida plenas de petulância e, como tal, tão menores, vêem na força fraqueza e na fraqueza força, subestimando o poder da interioridade luminosa alheia, o único verdadeiramente invencível!
Analisando, diacronicamente, a expressão “um lugar ao sol”, hoje tão materializável, podemos verificar que, paradoxalmente, o Sol, em termos mitológicos, está intemporal e transculturalmente associado à Luz divina, à iluminação interior e, filosoficamente, à sabedoria autêntica, que conduz o Homem ao Bem.
Lembremo‑nos, a propósito, da Alegoria da Caverna de Platão, que enuncia a tendência intemporal do homem para se submeter à escravatura das sombras e aprisionar-se em cavernas, não vendo nem o Sol, nem os outros, renegando a realidade ( e o que será isto da realidade, se cada um de nós é um mundo que vislumbra o mundo de forma tão subjectiva?), sobrepondo a importância da aparência à da essência, do conhecimento sensível (igualmente importante na perscrutação da vida) à do inteligível, do não ser à do ser (mas o que será o não ser, para além do desconhecimento?), do visível à do invisível, da doxa, da mera opinião ensombrada pela ignorância, à da ciência, da diànoia, da verdade (mas o que será a verdade, senão uma súmula de perspectivas sobre a realidade?), do Sol e dos astros, da noèsis, do conhecimento do ser, que implica a sua alteridade e diversidade e a de todos os seres entre si.
Mas, no seguimento deste raciocínio platónico, poder-se-á invocar- será que os que só vêem as sombras não serão mais felizes? Penso que esta dúvida percorre transversal e recorrentemente a mente de muita gente! Será que a sabedoria traz felicidade ao Homem? Bem, respondo, inequivocamente, que sim a esta última questão, porque sabedoria distingue-se de conhecimento, é um conceito muito mais lato que envolve a ética como um dos seus pressupostos basilares, dimensão essencial ao alcance da felicidade. Sendo assim, urge distinguir as noções de acumulação de conhecimentos e de informação, de sabedoria!
Mas, entendendo simplisticamente a ética como um conjunto de princípios que nos protege da desordem, não se poderá invocar que um pouco de caos, de disrupção, nas nossas vidas, será fundamental para despoletar em nós capacidades como a da criatividade (artística, pragmática, vivencial) e conduzir-nos a esse estado de graça tão almejado por uma sociedade devotada ao carpe diem- a felicidade terrena? Isto porque a ordem integral soa sempre a algo demasiado asséptico, que nega ao ser humano estados mais criativos e libertos da razão como censora! Bem, neste caso, devo explicitar que concebo dois significados opostos para caos: (a) o caos como energia criativa indomável, associado à inspiração desenfreada que nos é oferecida, por vezes, promissoramente, num estado de graça único e irrepetível, pelos nossos sentidos enquanto coadjuvantes da nossa racionalidade (b) o caos ligado a energias extremamente negativas que conduzem alguns seres humanos a cultivar sentimentos e comportamentos nefastos, desejando avidamente amesquinhar e infernizar vidas alheias, acabando, impreterivelmente, por conduzirem-se a si próprios ao inferno da inquietação e do mal-estar constante.
E o que é que tudo isto tem a ver com o perdão? Tudo, digo eu. O perdão é fruto de uma postura sábia na vida que conduz o sujeito a superar-se a si próprio, renegando sentimentos extremamente negativos como o ressentimento e o rancor, em benefício de outros bafejados com a luz da descentração, da evolução espiritual, do Amor ao Próximo como a si mesmo. O perdão é um acto espiritual higiénico, pois quem perdoa limpa o seu coração de impurezas sempre maléficas no percurso de uma alma que deseja evoluir aprimorando-se. Mas será que perdoar é esquecer? Não, no meu ponto de vista, se alguém perdoa alguém por algo porque o esquece não põe em prática a verdadeira concepção de perdão, que se baseia numa memória apurada, mas também depurada de sentimentos que só prejudicam o sujeito.

Em suma, quando alguém nos faz mal e despoleta em nós desejos recorrentes de vingança, esse alguém é-nos duplamente nefasto, pois não só conseguiu ferir-nos num determinado momento, como alcançou a proeza de prolongar os efeitos desse momento infeliz ao longo da existência de quem converteu a mágoa em rancor- nós. Se perdoarmos o nosso ofensor, se o olharmos com comiseração e condescendência, compreendendo que esse alguém, ao agir de determinada forma egoísta, maléfica, desleal, não mais fez do que se diminuir a si próprio (a), então, livrar-nos-emos da sua sombra. E a circunstância de nos livrarmos, higienicamente, da sua sombra permite-nos encarreirar no caminho para a felicidade, deixando o nosso agressor entregue somente à Justiça Divina, Cósmica ou Vivencial, conforme os credos e ideologias, sempre Implacável e devidamente proporcional ao(s) acto(s) praticado(s), aliás.
Costuma dizer-se que "a vingança se serve fria", eu prefiro afirmar que o desejo de vingança e a sua actualização enregela o coração, minando e destruindo o percurso de quem a escolhe como objectivo vivencial! O desejo de vingança impede o homem de cultivar a sua luminosidade interior, de atingir uma verdadeira evolução espiritual pela auto-superação, de canalizar a sua vitalidade para o Bem, para a contrução dignificante do seu percurso, de atrair, como se afirma n`O Segredo, energias positivas que lhe permitam ser feliz e fazer os outros felizes.


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Sugestões de leitura: O Segredo de Rhonda Byrne; Siddartha, de Hermann Hesse.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Campanha mundial: abrace uma árvore, revitalize o seu ser! / Hold a tree, reenergize yourself worldwide campaign


O Brief New World está a promover a campanha: "Abrace uma árvore, revitalize o seu ser". Tente abraçar, todos os sábados, uma árvore e beneficie de uma sessão totalmente grátis de relaxamento! Repita a sessão quando lhe aprouver e verá ressuscitar em si uma tranquilidade inusitada!
É fácil, é barato e dá-lhe milhões em energia positiva!
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PP (Pós-postado): Leia o post "Está com stress? Ande descalço na relva ou, simplesmente, abrace uma árvore...", publicado no último 24 de Outubro.
Veja, também: http://sol.sapo.pt/blogs/isabelmetello/default.aspx
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This blog- Brief New World- is promoting a worldwide campaign entitled: "Hold a tree, reenergize yourself"! Every saturday hold a tree and benefit from a totally free relaxing session! Do repeat this healing procedure whenever you feel like it and you´ll experience an extraordinary feeling of tranquility!
It´s easy, it´s cheap and it offers you millions on positive energy!
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See also: http://sol.sapo.pt/blogs/isabelmetello/default.aspx

Pelos animais que cruzam os nossos oceanos…









Recebi um mail de uma amiga com uma apresentação em powerpoint da autoria do Instituto pela Preservação e Utilização Racional da Água (PURA), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sito em Porto Alegre, Brasil.
Em traços largos, apela-nos a que respeitemos a vida marinha, os animais que fazem do mar o seu lar e que, por descuido dos desumanos, quando da frequência das praias, vêem a sua vida ameaçada por milhões de detritos como sacos e tampas de plástico, que são despejados nas costas e que, através do vento e das marés, são arrastados para alto mar. Só um saco de plástico pode resistir à degradação durante várias dezenas de anos. As tartarugas marinhas quando os vislumbram, confundem-nos com medusas e tentam ingeri-los, acabando por sufocar, o que sucede também com milhares de golfinhos e baleias.
As tampas plásticas das garrafas também constituem um verdadeiro atentado à vida destes animais, podendo permanecer inalteradas por mais de um século.
O Dr. James Ludwig, um biólogo que estudava comunidades de gaivotas na ilha de Midway, no Pacífico, num local muito afastado de povoações humanas, concluiu que estes pequenos detritos, juntamente com outros tantos, foram os responsáveis pela morte de inúmeros filhotes desta espécie de ave marinha. No estômago de 8 recém-nascidos encontrou: 42 tampas plásticas de garrafas, 18 isqueiros e outros pequenos pedaços de plástico. Estes filhotes tinham sido alimentados pelos seus progenitores que não conseguiram detectar os detritos no momento da recolha de alimentos.
Na próxima vez que for à praia, talvez encontre detritos desta natureza ali largados, displicentemente, por outrem. Apesar de ter sido outra pessoa a fazê-lo, não deixe de contribuir para esta causa- apanhe os detritos que detectar e coloque-os num recipiente próprio, antes que iniciem a sua marcha letal no mar.
Poderá fazer um jogo ecológico com os seus filhos, com os devidos cuidados, pedindo-lhes que encontrem o maior número de plásticos, que forem capazes, na areia. Certamente que ficarão orgulhosos, pois poderão ter salvo a vida de um golfinho, de uma tartaruga, de uma gaivota ou até de uma baleia.
Lembre-se: “Não se pode defender o que não se ama nem se pode amar o que não se conhece”

Aqui fica o contacto do PURA:
Instituto pela Preservação e Utilização Racional da Água (PURA), Rua Miguel Poste, nº804 - Porto Alegre- RS- Brasil.




A propósito, leiam esta notícia publicada a 14 de Dezembro de 2006 no Sol online:


©AP


"Na China Homem mais alto do mundo salva dois golfinhos
O mongol Bao Xishun, registado no Guiness Book of Records como o homem mais alto do mundo (2,361 m), foi o herói numa operação de salvamento a dois golfinhos. Xishun utilizou os seus longos braços para retirar sacos de plásticos do estômago dos mamíferos aquáticos


Bao Xishun durante a operação de salvamento.
Dois golfinhos do aquário de Fushun, no noroeste da China, ingeriram inadvertidamente sacos de plástico, causando-lhes náuseas, falta de apetite e depressão.
Após várias tentativas falhadas com instrumentos veterinários, os médicos decidiram chamar o homem mais alto do mundo - Bao Xishun, com 2,361 m e 54 anos – para salvar a situação.
Durante a operação de salvamento, as cabeças dos mamíferos foram seguras e os veterinários enrolaram toalhas à volta dos seus dentes para que Xishun não fosse mordido.
Xishun estendeu o seu longo braço, com mais de 1 metro, em direcção ao estômago dos golfinhos, removendo os objectos prejudiciais.
O director do aquário, Chen Lujun, afirmou à BBC que a operação foi um sucesso e que os golfinhos estão «de boa saúde», embora ainda conservem «pedaços muito pequenos de plástico no estômago».
O Homem mais alto do mundo
Bao Xishun destronou o tunisino Radhouane Charbib do posto de mais alto do mundo. Charbib tinha apenas 2 metros.
Xishun foi de estatura normal até à adolescência, época em que iniciou um processo de crescimento inexplicável para os médicos. O mongol atingiu a sua altura actual em 7 anos.
dora.guennes@sol.pt
com agências"

É caso para se dizer a este Senhor: Mukoi! Que Deus o Proteja pela sua coragem e bondade!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

19ª Festa de Natal da Comunidade Vida e Paz de Apoio aos Sem-Abrigo

Comunidade Vida e Paz ©

Recebi este mail sobre a 19ª Festa de Natal que a Comunidade Vida e Paz (CVP) oferece aos Sem-Abrigo de Lisboa. Por favor, ajudem, tornem-se voluntários, contribuam com o que puderem, é por uma causa meritória. Está em causa a vida de milhares de pessoas que se vêem na contingência de fazer do céu o seu tecto, que sofrem na pele o abandono familiar, o ostracismo social, a miséria, a doença, o frio intenso do inverno, a mais profunda solidão!

A CVP está, também, a promover uma campanha de recolha de roupa interior para os Sem-Abrigo. Contribuam- ajudem a construir um mundo melhor! Muito obrigada!

Aqui fica o apelo:



"NATAL COM OS "SEM ABRIGO" 2007

A Comunidade Vida e Paz – CVPAz – prepara já a 19ª Festa de Natal com os Sem-Abrigo, a realizar nos próximos dias 14, 15 e 16 de Dezembro na Universidade de Lisboa – Cantina 1.
O tema do Natal deste ano é novamente "Natal é renascimento – todos podemos renascer em Amor, Paz e Alegria", e esperam-se 2500 convidados ao longo dos três dias do evento, que contarão igualmente com uma equipa de mais de 1000 voluntários na organização e realização do Natal com os Sem-Abrigo 2007.
Além do cabeleireiro, balcão da roupa e balcão das prendas, este ano traz também um espaço amplo e dedicado em exclusividade às crianças, se bem que outras novidades serão divulgadas até à realização do evento. A ementa contará sem dúvida com o tradicional bacalhau, servido com boa disposição pelos voluntários da CVPaz.
A animação da Festa de Natal com os Sem-Abrigo 2007 será pautada por ainda maior diversidade que nos anos anteriores. Entre os artistas que se disponibilizaram para animar a Festa de Natal, estão actualmente José Pedro Gomes e António Feio, Mafalda Arnauth, Ricardo Carriço, Rui de Luna, Helena Torrado, Filipa Ruas e Frederico Braga da Costa, Roy Caetano e ainda o rancho infantil e o rancho adulto da Sociedade Musical de Cascais. Com o apoio da direcção do Chapitô, na pessoa de Teresa Ricou, haverá ainda o Desfile de Artistas do Chapitô e a Noite Circense . O "cartaz" pode ainda sofrer alterações, de que próximas informações darão conta. Um programa mais detalhado será disponibilizado na página http://www.cvidaepaz.org/ em data mais próxima do evento.
Baseada que é a actividade da CVPaz no objectivo da metamorfose, do renascimento para uma nova vida, o Natal é de extrema importância e motiva o mais emblemático evento da organização, por tão fortemente apelar aos valores humanos e familiares. A Festa de Natal é, por isso, um momento privilegiado para proporcionar às pessoas sem-abrigo o conforto físico e emocional de que estão normalmente privados. A crescente visibilidade do evento junto da opinião pública tem agilizado a angariação de voluntários e apoios financeiros, numa altura em que consumidores e empresas cada vez mais têm consciência da importância que o seu contributo pode ter e assumem a sua responsabilidade social. Ainda assim, são necessários mais apoios e toda a ajuda é naturalmente bem-vinda.

A CVPaz
A Comunidade Vida e Paz existe desde 1988 e actua junto dos "Sem Abrigo" durante todo o ano, agora com três "voltas" – equipas - diárias distintas, e chegando a uma população de cerca de 450 beneficiários, a quem proporciona comida, roupa e uma palavra de apoio e encorajamento a entrar no programa de tratamento e reinserção social e assim transformar a sua vida numa participação activa na sociedade.

Como ajudar:
Os donativos monetários poderão ser feitos por carta ou transferência bancária para os seguintes NIB:
Montepio Geral - NIB - 0036 0000 9910 5505 0519 6
Caixa Geral de Depósitos - NIB - 0035 0675 0003 5284 6306 8
Banco Espirito Santo - NIB - 0007 0023 0054 6620 01189 3
As ajudas em géneros alimentares são recebidas na sede ou levantadas no local de melhor conveniência para o benfeitor. Contacto: geral@alvalade.cvidaepaz.org.
Para todos aqueles que querem ajudar como voluntários, a CVPaz disponibiliza na sua página um formulário de inscrição, a partir do qual os voluntários serão contactados. Como a ajuda de todos, o Natal com os "Sem Abrigo" 2007 será inesquecível!
Contactos
Direcção:
Dr. João Abrunhosa ( jabrunhosa@cvidaepaz.org)
Dra. Conceição Gonçalves ( conceicaogoncalves@gmail.com)
Dr. João Manuel Gouveia ( joaogouveia@alvalade.cvidaepaz.org)
Sede:

Rua Domingos Bomtempo , 7 1700 – 142 LisboaTelf.: 21 846 01 65 / 21 843 97 93Fax: 21 849 53 10Móvel: 91 234 02 22Email: geral@alvalade.cvidaepaz.org"