☼ All One Now ☼

By giving and sharing the best of ourselves we´ll all rise up ☼"Quando souberes o que É Éterno saberás o que é recto"
(Tau-te-King, 16)


domingo, 28 de outubro de 2007

Desconfiança e Inveja: causas da decadência sócio-cultural e económica de Portugal


Segundo um artigo publicado no diário gratuito Global da última sexta-feira, 26 de Outubro, a obra de dois economistas franceses intitulada Sociedade da Desconfiança cita conclusões obtidas pela OCDE e pela World Values Survey em trabalhos de investigação que tentaram medir os níveis de desconfiança colectiva dos vários povos europeus. Uma das suas premissas é a de que “a ausência de confiança generalizada no outros e nas instituições é mensurável e afecta a economia e a sociedade em geral” dos povos estudados, onde se inclui o português, que sobressai como o povo mais desconfiado do espaço europeu.
O Engenheiro Mira Amaral, a propósito destes resultados, afirma que “a desconfiança mostra que não acreditamos nas outras pessoas e no País, e quando uma pessoa não confia no País não investe.”
Outra característica geralmente associada às relações interpessoais, e apontada como um dos traços preponderantes da mentalidade e do comportamento colectivos dominantes do povo português pelo eminente filósofo e professor universitário José Gil (JG), no seu Portugal Hoje: o Medo de Existir, é a inveja. Ora, segundo JG, a inveja ultrapassa a dimensão interpessoal, tendo vastos efeitos nefastos na cultura e na economia nacional, dado que impede que a inovação e o talento autênticos singrem num país, onde, frequentemente, a mediocridade impera e impede a emergência de novos valores, de mais pólos de desenvolvimento sócio-cultural e económico. A inveja é, de facto, tanto em termos pragmáticos como espirituais, uma energia tão negativa que o sujeito que a detém se concentra mais em destruir ou barrar os projectos ou os sonhos do invejado, do que em construir algo ou investir na sua própria evolução. Por vezes, prefere mesmo sabotar um projecto em que se encontra também envolvido, do que permitir que outrem sobressaia com base no seu trabalho e criatividade. Assim, a inveja é típica de quem pensa sempre a curto prazo, de quem, como diz JG, não tem capacidade de se inscrever, de converter o desejo em acto, de construir, de edificar, de projectar a longo prazo e de perceber que, ao barrar a inovação por mera mediocridade, está, não só a prejudicar o alvo da sua cotovelite aguda, mas, fundamentalmente, a dinamitar o desenvolvimento futuro da sociedade em que se insere. Isto é, se a curto prazo satisfaz os seus instintos mais básicos e o seu egozinho medíocre, a longo prazo está a dar um valente tiro no pé! Deste modo, o invejoso, não percebe que, ao prejudicar alguém gratuitamente, está de facto a prejudicar a nação no seu todo, pois a energia despendida no acto destrutivo é uma fonte privilegiada de improdutividade e de disfuncionalidades, que se vão alastrando e imbricando numa teia de obstáculos à inovação e ao desenvolvimento sociocultural e económico. Efeitos nefastos maximizados pelo modus operandi centenário desta sociedade, que enuncia uma profunda promiscuidade entre as relações laborais e as particulares e uma tendencial ausência de um consolidado sentido cívico, assente em sólidos princípios incorporados, que implique o respeito integral pela existência e pela obra alheias.
Porém, como é óbvio, nós portugueses não detemos o monopólio da inveja e certamente que existirão muitos e bons cidadãos nacionais que se abstêm de comportamentos menores adstritos a este sentimento minúsculo e ridículo. Todavia, todos os dias deparamo-nos com situações que, claramente, nos revelam a actuação desse sentimento corrosivo altamente pernicioso.

Detenhamo-nos, por exemplo, no caso de José Rodrigues dos Santos (JRS), o pivô televisivo mais apreciado pelo público português, e da polémica que tem envolvido a publicação da sua 4ª obra em apenas 7 anos- O Sétimo Selo. Uma das circunstâncias muito evocadas em tertúlias dedicadas à perscrutação dos “telhados de vidro” alheios é a sua capacidade para produzir extensas obras de forma tão célere. Segundo um artigo de Micael Pereira publicado na edição nº 1826 da revista Única, distribuída com o jornal Expresso do dia 27 do corrente mês, JRS escreveu a sua última obra em apenas 5 meses, aproveitando as manhãs e os dias de folga da sua actividade primacial- a de apresentação do Telejornal na RTP1. De facto, segundo JRS a sua produtividade literária é muito influenciada pelo índice de pluviosidade anual- normalmente, escreve 10 páginas por dia, número que decresce para 5 nos dias mais secos e aumenta para 17 nos dias em que S. Pedro abre as comportas.
Segundo dados fornecidos pela já citada publicação, esta última obra de JRS fá‑lo-á “ultrapassar a barreira do meio milhão de exemplares vendidos em Portugal”, para além do que venderá por esse mundo fora. Com o fito de a promover, JRS esteve, recentemente, na Feira do Livro de Frankfurt, respeitando o modus operandi de outros autores de best-sellers, entre os quais Dan Brown e J.K. Rowling, os célebres autores de O Código Da Vinci e da saga de Harry Potter, respectivamente. Os responsáveis por uma das editoras mais fortes do mercado editorial internacional- a Bertelsmann-, presentes no certame, fizeram questão de conhecer JRS. Certamente que não foi pelo facto de o reconhecerem como pivô do telejornal da RTP1! Com efeito, e ainda segundo o mesmo artigo de Micael Pereira, os livros de JRS apresentam um fantástico índice de vendas- “o Códex 632, publicado em 2005 atingiu os 150 mil exemplares (ficou atrás de Dan Brown nesse ano) e A Fórmula de Deus conseguiu ser a obra de ficção mais vendida em 2006, ainda que tivesse ido para as livrarias apenas em Novembro. Desde A Filha do Capitão (85 mil exemplares) que o autor reúne à sua volta uma comunidade fiel de leitores, a quem responde com apreço a todos os “e-mails” recebidos quando regressa do telejornal, às dez da noite (…) A sua posição nos tops mantém-se incontestável. Na primeira metade de 2007, três dos dez livros mais vendidos no país tinham a sua assinatura (…) Rodrigues dos Santos está editado em Espanha, Itália, Brasil, Alemanha, vai entrar agora na Grécia e em Abril do próximo ano terá uma estreia em grande no mercado anglo-saxónico, com o Códex 632 a ser lançado com destaque nas duas maiores redes livreiras dos Estados Unidos pela maior casa editorial norte-americana, a Harper Collins, com o título The Secret Identity of Christopher Columbus. (…) Nessa altura, já não se tratará de fazer inveja a Camilo [Castelo Branco]. O campeonato irá ser mesmo com Dan Brown.” Mais uma vez, creio que este sucesso não poderá ser meramente explicado pela função de pivô exercida por JRS no espaço noticioso de prime time do canal 1 da televisão pública.
E, sublinho, eu ainda não li algum dos livros deste autor, como tal não posso ter uma opinião subjectiva daquilo que não conheço, apenas me estou a cingir a informações objectivas, difundidas por fontes fidedignas, relativas ao índice de vendas das suas obras. E ainda não o fiz não por qualquer preconceito [abomino preconceitos, sejam eles quais forem, associo-os sempre a simplismos empobrecedores], mas apenas porque estou numa fase profissional em que a leitura de várias obras literárias que gostava de actualizar tem de ser obrigatoriamente adiada.
Mas, voltando à questão central, face ao sucesso do seu conterrâneo, alguns (muitos da área do jornalismo) perguntam-se “Como é que alguém consegue trabalhar e ao mesmo tempo publicar o que ele publica?”; outros ou os mesmos, ainda, o acusam de ter uma fórmula literária simplista e de enveredar por um marketing editorial muito estreito a estratégias massificadoras. Outros recorrem a piadas de gosto duvidoso sobre a sua vida pessoal ou elevam a sua rapidez na escrita a bengala linguística corriqueira de textos mais ou menos venenosos, isto é, mais ou menos invejosos. E que justificação haverá para estes discursos alcoviteiros? Bem, em primeiro lugar, a inveja conduz muita gente a um pensamento redutor muito comum, baseado numa auto-centração ridícula que os leva a perguntar-se: “se eu não consigo fazer algo como é que ele [ela] consegue?” E como grande parte dessa gente carece do mecanismo da auto-ironia, exlusivo de mentes verdadeiramente evoluídas, ao não gostar da resposta óbvia a tal auto‑interpelação comparativa, o seu ego minorizado agarra-se, desesperadamente, a um pensamento indutivo, muito próximo do utilizado por discursos discriminatórios simplistas: “se o consegue é porque ali há qualquer coisa que não está muito bem esclarecida". Desta conclusão para o lançamento de boatos menos nobres é um passo- na manhã do dia seguinte, já (quase) toda a gente tem uma explicação determinística maldosa para tal circunstância.
Enfim, o costume num povo que, tendencialmente, nunca aprecia o sucesso dos seus iguais (só aprecia o de quem julga seu superior hierárquico), que o encara como uma afronta às suas frustrações menores! Claro que há as “vacas sagradas” do status quo, que até podem ser bastantes medíocres, mas quem toda a gente bajula e a quem unânime e consensualmente se atribui o epíteto de grandes génios, pois o cânone seguidista colectivo assim o obriga. Só os “consagrados” são intocáveis, ninguém os pode denegrir, senão é “aqui d´el rey”. Ora esta questão da consagração de alguns que pertencem a um sistema que os sustentava na integralidade até à globalização, autêntica prova dos nove à competência e ao talento tanto a nível organizacional como individual [alguns ainda sobrevivem neste mercado local, porque não se atrevem a expor-se a essa prova eliminatória externa], denuncia claramente um seguidismo de mentes que se julgam, na maioria das vezes, uns revolucionários, uns subversivos, uns progressistas, quando, na verdade, não passam de mais uns móbeis de que o sistema se vale para perpetuar os seus vícios.
Mas, face a este fenómeno intemporal, outro comportamento colectivo luso secular se revela: há uma clara tendência para que os indivíduos misturem, indiscriminadamente, as questões pessoais com a sua posição pública perante as obras de fulano ou beltrano- se A odeia ou inveja B e vice-versa, então A certamente que denegrirá em público a obra de B e vice-versa, mesmo que esta até seja muito válida. Resultado: transportam-se ódios particulares para a apreciação de obras públicas, apreciação que deveria ser isenta e estar alheia a likes and dislikes particulares. Daí que, não raro, a praça pública se transforme num campo de ataques e batalhas pessoais. E, depois, para além dos protagonistas, há sempre a acrescentar os correligionários cegos de uma e de outra facção que se digladiam, também, muitas vezes, sem ter mais argumentos do que o “eu sou muito amigo de A, logo sou inimigo visceral de B” ou “os meus interesses próprios obrigam-me a defender a posição de A, logo ataco ferozmente B e faço disso uma causa de vida, até que os meus interesses mudem". Mas, claro, também há aqueles meninos que vão por modas: é in e seguro atacar A, pois, atacando A, está-se automática e implicitamente a defender a facção de B; para além de que é in dizer-se que se lê B (ainda que nunca se tenha passado para além da leitura do título da capa) e não se lê A (ainda que o façam avidamente no "recanto sacrossanto do lar"). Isto é, estas tomadas de posição nada têm a ver com questões racionalmente escrutinadas, uma vez que tomam como ponto de partida emoções e relações pessoais, interesses próprios e banalidades mundanas e não princípios que, como se sabe, não são tão flexíveis.
A propósito, no outro dia, li algures numa publicação nacional, sinceramente já não me lembro qual, que sicrano gabava-se de não ler textos de seus colegas pelos quais não nutria grande simpatia pessoal. Too bad, sicrano só perde, mais não seja pelo que Sun Tzu afirma na sua Arte da Guerra sobre a importância fulcral que adquire o conhecimento do “inimigo” e, ultrapassando estas questões sino-bélicas, a relevância que a informação sobre as temáticas que vão sendo tratadas pelos seus pares deveria ter para a própria evolução de sicrano como profissional. Mas o que se revela particularmente triste e empobrecedor é esta incapacidade para, racionalmente, se distinguir o pessoal do público, o ovo da galinha, caindo-se num paupérrimo pensamento redutor e quase mítico, muito próximo, aliás, do provincianismo, e demasiado longínquo de um cosmopolitismo que seria desejável num país que se deveria modernizar, fundamentalmente no que concerne à forma mentis colectiva. Eu posso não gostar do que certo autor literário ou de outra área revela sobre a sua ideologia e filosofia de vida, mas isso não me impede de reconhecer mérito à sua obra, se for o caso. Por Amor de Deus! Uma coisa é o criador, outra é a criatura; uma coisa é o autor como pessoa, outra é o autor como produtor da sua obra. A obra quando acabada, e mesmo ainda inacabada (lembro aqui A Sagrada Família de Gaudí) torna-se autónoma, apesar de poder estar sempre associada à identidade mais ou menos aurática do seu autor. Por se dizer que Picasso tinha um feitio terrível e Gaudí um egocentrismo patológico isto não implica que não admiremos as suas obras pelo seu valor intrínseco.
Daí que, neste país, haja uma clara tendência para se associar a noção de discussão à animosidade pessoal e à chinfrineira, quando uma discussão deveria ser, em si, um diálogo polilógico, cujos intervenientes deveriam, em princípio, contrapor díspares perspectivas sobre a realidade, de forma fundamentada, elegante e sem revanchismos pessoais, para que se pudessem enriquecer mutuamente. Isto é, recorrendo mais a questões oriundas do raciocínio lógico do que da histeria emocionada!
De facto, opiniões bem fundamentadas tomam como ponto de partida princípios e não interesses próprios nem questiúnculas pessoais, sempre insignificantes. Eu posso adorar pessoalmente alguém e discordar frontalmente das suas opiniões e não gostar particularmente das suas obras; como, também, posso não gostar muito de alguém em termos pessoais e concordar plenamente com certas opiniões fundamentadas que expressa ou apreciar muito as suas obras. Salvador Dalí tem, a este propósito, uma frase digna de um verdadeiro génio e de um autêntico gentleman: “ I love my enemies when they are intelligent as much as I hate those who are stupid when they are defending me”.

Voltando à obra de JRS- acho triste que muitos tentem pretensiosa, invejosa e gratuitamente atacar alguém que alcançou um patamar de sucesso que poucos conseguiram neste país, minorizando milhares de leitores que o apreciam. Mais uma vez, se constata a intemporalidade da premissa de Salvador Dalí: "the envy of other artists have always been the barometer of my success"! Quanto a mim, digo-o com toda a franqueza: tenho muito orgulho que autores portugueses, sejam eles quem forem, venham eles de onde vierem, professem eles a ideologia que professarem, estejam a projectar, positiva e eficazmente, a imagem de Portugal a nível global.
E acontece que, cada vez mais e contrariamente ao que cri durante anos, julgo que as leis pragmáticas do mercado de índole anglo-saxónica favorecem um sistema meritocrático e prejudicam gravemente a mediocridade, ainda que muitas vezes, em certas áreas, se verifique a tendência para que a banalização se imponha sobre a qualidade. Isto porque, num sistema meritocrático e não "medianocrático", vence o melhor, o mais eficiente, o mais talentoso e não o medíocre, o incapaz, sempre muito dado à reunite, à lambe botice, a comentários improdutivos de bastidores e coscuvilhices de vão de escada e à aversão intrínseca ao esforço, ao labor, à produção pura e dura, ao aperfeiçoamento pessoal, à excelência de execução. Um exemplo que sempre me ilustra esta constatação pragmática é aquilo que um amigo do meu marido afirma quanto às causas da disparidade da sua capacidade de produção científica nos dois países por onde se divide- os EUA e Portugal, a sua terra natal. Quando está nos EUA, escreve, por ano, em média, dois artigos científicos; e, quando está em Portugal, a energia que gasta em burocracias e a tentar contornar obstaculozinhos congeminados pelas tais mentes medíocres impede-o de se focalizar na produção- resultado: se publicar um artigo por ano em terras lusas já será um milagre!
E, voltando à questão da produção artística, não se iludam: hoje (e sempre, uma vez que apesar da arte ter conseguido, em tempos, emancipar-se, em teoria, do mercado, logo nos seus primórdios, foi o vil metal que a promoveu e a fez desenvolver-se), a arte, é uma mercadoria, é um bem de consumo e, como tal, para se valorizar, tem de ser promovida como qualquer produto cultural. Pruridos a este nível só aumentarão a nossa incapacidade para valorizar os nossos autores e projectá-los globalmente! Criar e gerir constituem um binómio que se deve simbioticamente aliar numa relação win-win, i. e, de ganho ou proveito recíproco. Urge a consciência desta premissa: ou a sociedade portuguesa se actualiza lucidamente e passa a apostar no mérito de quem o tem em detrimento do compadrio com a mediocridade ou perderemos qualquer desafio numa economia global, porque, hoje, caríssimos, todas as áreas estão interligadas e a força da economia de um país é directamente proporcional à sua capacidade de inovação e diferenciação, seja ao nível empresarial, seja ao nível institucional, seja a que nível for. E garanto-vos que a mediocridade é incapaz de mostrar eficiência, qualidade, criatividade, capacidade de trabalho e inovação, pois detém demasiados vícios de pensamento e de actuação, entre os quais a inveja, a preguiça, a improdutividade, a mentalidade burocrática, a ausência de criatividade e a tendência para a cópia e a usurpação dos méritos alheios, para sequer vislumbrar o que são aqueles conceitos indispensáveis a uma cultura de excelência! Estamos, hoje, a pagar bem caro esta aposta consecutiva na aurea mediocritas, no lado medíocre da vida!
Aumentemos os nossos horizontes existenciais saudando e estimulando a excelência, mesmo que esta venha de quem não apreciamos pessoalmente, tenhamos fair play, elogiemos quem contribui para o nosso bem-estar futuro, para o desenvolvimento sociocultural e económico de Portugal, uma vez que projecta e engrandece o seu nome nesta "aldeia global"!
Fontes:
Pereira, M. (2007, Outubro). A Fórmula de José Rodrigues dos Santos. Revista Única, pp.87-92.
Global, (2007, Outubro). Portugueses São Dos Mais Desconfiados, p. 10.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Festival Au Désert...

Faz hoje uma semana, assisti a um magnífico concerto no CCB, integrado no Festival Au Désert, protagonizado por dois grupos africanos- na 1ª parte, Vieux Farka Touré, na 2ª, Tinariwen.
Foi de facto, uma catarse, dancei como já há muito tempo não o fazia, enlevada pelo ritmo da música do meu continente.
A música dos Tinariwen fez-me regressar a umas férias fantásticas que passei em Marrocos, onde percorri aquela terra de lés a lés, com um grupo de amigos, praticamente sem guia (só contratámos um guia quando fomos para o acampamento no deserto do Saara e na Medina de Fez- hoje não recomendaria a ninguém fazê-lo, os tempos mudaram e tornou-se um pouco perigoso). Neste acampamento, assistimos a um espectáculo dos homens azuis durante o jantar numa tenda sob o céu estrelado e límpido do deserto! Foi uma viagem inesquecível!
Salam Alecom!


Aqui têm a descrição do espectáculo retirada do site do CCB: http://www.ccb.pt/sites/ccb/pt-PT/Programacao/Musica/Pages/VIEUXFARKATOURÉ+TINARIWEN.aspx

"O DESERTO AQUI TÃO PERTO…

VIEUX FARKA TOURÉ + TINARIWEN
FESTIVAL AU DÉSERT
19 OUTUBRO – 21:00 – GRANDE AUDITÓRIO DO CCB
O deserto do Mali chega finalmente a Portugal
O Festival Au Désert acontece desde 2000, em pleno deserto do Mali e tem mostrado ao mundo que o rock não morreu. Este festival norte-africano não é mais que a "montra" de um novo rock, onde a tradição das percussões africanas e das vozes (nos seus dialectos originais) se cruzam com o som das guitarras e baixos eléctricos ocidentais. É este novo conceito de rock que Vieux Farka Touré e os Tinariwen, um dos grupos de maior expressão da chamada world music, vêm apresentar ao nosso país. Vieux Farka Touré, filho do falecido Ali Farka Touré, é um guitarrista surpreendente e os seus concertos electrizantes, onde se combinam linguagens rock, reggae e pop não têm deixado ninguém indiferente.O som dos Tinariwen navega entre os blues, o jazz, o rock e a música étnica e traz uma mensagem a quem ouve: uma mensagem politizada, de alerta, de esperança e de paz. Juntos, estes dois grandes nomes das músicas do mundo, apresentam a digressão Festival Au Désert, que passará pela Europa e pela América do Norte.
Produção: Incubadora d'Artes e Sons em Trânsito"

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Por vezes, o Homem não é só um lobo, é um autêntico monstro...

Não sei se é do adiantado da hora a que estou a escrever este post, mas depois de me deparar com estas histórias de vida e de morte tão macabras, queiram desculpar-me, não posso ignorá-las. "Quem compactua com o mal é tão mau ou pior do que este" e, por vezes, o silêncio é um autêntico pacto com o lado obscuro da existência. A realidade é muito complexa e sempre muito propensa a relativismos, mas há momentos em que ou elegemos o sol ou optamos pela sombra. É de facto verdade, por vezes, há momentos maniqueístas na vida, em que ou mostramos que estamos de um lado, ou ficamos imediatamente do outro, por exclusão. São parcos esses momentos, funcionam como testes ao nosso carácter, à nossa capacidade de resistência à erosão da nossa inocência por uma sociedade cada vez mais egoísta, mais gratuitamente cruel, mais desleal, mais desumana, mais instrumentalista. Na maior parte do tempo, Deus ou a Energia Cósmica Permitem-nos existir sem fazer grandes opções, sem grandes tomadas de posição. Todavia, nesses momentos tão especiais, somos chamados a definir-nos. São momentos ingratos, mas enriquecedores, pois é através deles que conhecemos a nossa verdadeira essência.


Pelos conteúdos e imagens seguintes, vamos contactar com o mal puro, com aquele que nos faz perguntar: como é que isto é possível? Como é que alguém pode ser tão cruel? Bem, mas é a realidade. Então, hoje, foi daqueles dias em que parece que todo o mal do mundo me foi mostrado de forma obscena pelo pequeno ecrã. Eu só vos digo- depois disto, e dos conteúdos difundidos nos telejornais e documentários a que assisti hoje, amanhã preciso de abraçar todas as árvores do jardim para ter paz de espírito!
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::




Foto: Dalia Chevez

"Cão morre numa exposição
Uma estranha forma de arte

O artista Habacuc deixou um cão morrer à fome durante uma exposição. Os defensores dos direitos do animais já lançaram uma petição online para que o artista seja banido da Bienal Centroamericana Honduras 2008.

O cão foi capturado num bairro pobre de Manágua.

O artista Guillermo Vargas, mais conhecido por Habacuc, está a dar que falar em todo mundo. O motivo desta atenção não são as suas obras de arte, mas sim o facto de ter deixado propositadamente um cão morrer à fome durante a sua última exposição.
A "Exposição nº1" teve lugar em Agosto, em Manágua, na Nicarágua. À entrada, os visitantes podiam ler a frase "És o que lês", seguindo-se um cenário pouco comum: entre as obras do artista estava um cão, faminto e doente, amarrado por uma corda a um canto da sala.
Mesmo após alguns apelos dos visitantes para que o animal fosse libertado, o artista recusou-se a fazê-lo justificando que se tratava de uma homenagem a Natividad Canda, um nicaraguense que morreu depois de ter sido atacado por um rotweiller. Ironicamente, o cão acabou por morrer à fome em plena exposição quando o título da amostra estava escrito numa parede através de uma colagem feita à base de comida canina.
Os motivos do artista
"O importante para mim é constatar a hipocrisia alheia: um animal torna-se o centro das atenções quando o ponho num local onde toda a gente espera ver arte, mas deixa de o ser quando está na rua", justificou o artista ao jornal costa-riquenho La Nación. "O cão está mais vivo do que nunca porque continua a dar que falar".
O caso chocou os defensores dos direitos dos animais, que se juntaram numa petição online para que Habacuc seja excluído da Bienal Centroamericana Honduras 2008, onde deverá ser um dos representantes da Costa Rica. Mais de setenta mil pessoas já assinaram o documento, repudiando o trabalho de Vargas."

Texto: Paula Cosme Pinto


2º conteúdo: Um amigo enviou-me estas fotos por e-mail: o título é: "A Fábrica de atletas" (no comments!)



quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Está com stress? Ande descalço na relva ou, simplesmente, abrace uma árvore...


Nos meios urbanos de hoje, os espaços verdes são cada vez mais diminutos (salvo dignas excepções, justiça seja feita, como certos espaços no concelho de Oeiras, onde o magnífico trabalho desta autarquia permite que os seus munícipes usufruam de uma qualidade de vida verdadeiramente ímpar) e o stress quotidiano conduz as pessoas a uma inquietude quase constante! O betão tem uma influência muito negativa sobre o nosso equilíbrio energético e, muitas vezes, não nos damos conta que, quanto mais nos enfiamos em centros comerciais e noutros espaços urbanos para descontrair, mais tensos ficamos. Os estímulos ininterruptos do consumo não acalmam seja quem for, antes são muito propensos a catapultar a ansiedade!


Nos jardins com relva tenho por hábito andar descalça, o que me relaxa sempre bastante. É um hábito muito antigo meu, que vem da minha infância em África onde, no nosso extenso jardim relvado, eu e as minhas irmãs andávamos, por regra, descalças, apesar dos esforços vãos da minha Mãe para nos calçar os sapatos e sandálias que se acumulavam na sapateira! Sempre que posso, mantenho o hábito- não há nada como correr ou dançar descalça sobre relva!
Há uns meses, fui a um parque infantil com a minha filha e, sem querer, encostei-me a uma árvore. Já não o fazia há tanto tempo! Bem, senti uma paz espiritual e uma serenidade fantásticas! No outro dia, falei deste episódio a uma grande amigo meu, uma pessoa de quem já vos falei, muito espiritual, uma alma elevada, quando, surpresa das surpresas, ele informou-me de que o abraço a uma árvore é um excercício milenar de descontracção e que existem vários movimentos que o advogam!

Fui, então, à net e descobri muitos conteúdos sobre o tema. Seleccionei estes (espero que lhes sejam tão úteis como foram a mim):


" Cura pelas plantas.
Terapia busca na natureza o alívio de dores e a prevenção de vários tipos de doenças
Para aliviar angústia, dores de cabeça, sintomas da depressão e até prevenir o câncer, a receita da psicóloga Heloísa Trad Souza é simples: ervas, árvores e muito contato com a natureza. Adepta – e praticante – da medicina alternativa, ela descobriu nas plantas a possibilidade de cura para diversos males. E é no próprio quintal que colhe os ingredientes para uma vida mais saudável. Dependendo do problema que deseja resolver, basta o chá de uma erva específica ou, mais simples ainda, abraçar uma árvore, que tem um poder altamente revigorante. “O homem está se afastando da natureza e os prejuízos para a saúde são muitas. É preciso fazer uma nova conexão, restabelecer o equilíbrio”, afirma.
A dendroterapia (ou terapia com as árvores) é uma das indicações de Heloísa. Ela diz que, mesmo quem mora em apartamento, pode se tornar um praticante. “Quem não tem um quintal, pode abraçar a árvore da rua, da praça, procurar um refúgio qualquer no final de semana. “O importante é não perder o contato”, ensina.
Para quem sente cansaço no fim do dia, por exemplo, a receita é ficar com os pés no chão e encostar a coluna no tronco de uma árvore frondosa, permanecendo nessa posição por uns dez minutos. A respiração deve ser ritmada e tranqüila. Heloísa garante que é como se a pessoa sugasse a energia da planta e a sensação de estar revigorado é enorme."

(in http://www.drmundi.com.br/monta_tela.php?page=editorial/editorial_detalhe.php&cod_pri=&cod_sec=&cod_ter=&cod_edit=133&tit=Editorial

"Tchi Kun ensina a absorver energia da natureza
A palavra Tchi (Qi) denomina a energia que se encontra em todos os seres vivos; Kun (Gong) é traduzido como prática. O praticante do Tchi Kun aprende a absorver a energia da natureza e direcioná-la. Desse modo, pode expelir a energia estagnada, que é a origem das doenças.
Entenda os principais exercícios respiratórios, que começam com a Postura de Abraçar a Árvore, ou do Universo, seguem com movimentos destinados a flexibilizar as articulações, e terminam com uma seqüência de massagem, "porque através das mãos compartilhamos o que está em nossos corações" (...).




"NATUREZA SEMPRE NATUREZA

(...) Existem pessoas que mesmo vivendo no asfalto das cidades grandes, sempre procuram fugir de vez em quando para o campo, para sentir a Natureza dentro de si, e uma delas disse-me que necessitava respirar o ar puro do campo com frequência, para poder manter-se viva na poluição da cidade grande. O testemunho dela vem confirmar a tese de que, mesmo para as mais urbanas das pessoas, a fuga para a Natureza é fundamental. Faz reviver o organismo. É imprescindível um contato com a Natureza. Experimentem abraçar uma árvore... mas abraçá-la com vontade, como se fosse o amor de sua vida (não deixa de sê-lo). Vão sentir uma estranha energia entrando em seu organismo.É o agradecimento da árvore, pela demonstração de carinho.Seja na praia, no campo, nas montanhas, ou mesmo no fundo do mar, um período de férias após um ano de labuta é fundamental. É vivificante. Restaura o organismo, dando-lhe condições de suportar mais um ano de trabalho, por vezes estressante (...).





"Utilizando o Poder das Cores em 2007 - Verdepor Daniele Alvim - contato@danielealvim.com.br
Em nosso artigo anterior demos várias dicas de como entrar em contato com a estimulante energia VERMELHA. Agora daremos dicas de como entrar em contato com a energia VERDE de forma a usufruir de todo o seu potencial de transformação e equilíbrio.O verde é a cor que ocupa a zona central do espectro da freqüência luminosa visível. Sua vibração conduz a um estado de harmonia e centramento. Esta é a cor associada ao quarto centro de consciência – o chacra cardíaco. Verde e vermelho são cores complementares, isto é, as qualidades que acessamos de uma cor complementam-se com as da outra cor e vice-versa. Se estamos em sintonia com o verde nos sentimos emocional e mentalmente equilibrados. Entramos facilmente em contato com nossos próprios sentimentos (e nossa própria verdade) e nos conduzimos a partir desse feeling; sendo assim, temos um adequado senso de direcionamento na vida. Pessoas conectadas com o verde são naturalmente autoconfiantes e seguras de si; isto é fruto de uma boa conexão interna, que é o que faz sentirmo-nos seguros em relação a nós mesmos e às decisões que tomamos na vida. A facilidade no relacionamento com as pessoas e empatia em relação a elas indica um bom contato com o verde. Qualidades como ética, honestidade, sinceridade, lealdade e justiça também demonstram a consciência do centro cardíaco.Por outro lado, quando estamos carentes da energia verde, podemos nos sentir confusos e desorientados, porque não há conexão com o lado sentimental do ser. A impressão emocional que o mundo exterior causa em nosso mundo interno é como uma bússola a nos orientar através das experiências da vida. O bloqueio em relação ao mundo emocional nos fecha uma das portas sensoriais mais importantes de que dispomos e que é um verdadeiro manancial de informações valiosas a respeito da realidade exterior, e através do qual podemos nos conduzir mais assertivamente. Sentimentos como falta de autoconfiança e insegurança, assim como ciúme e inveja (que refletem essa falta de confiança em si mesmo) também indicam a desconexão com a energia verde.Um outro aspecto importante relacionado ao centro cardíaco é a expressão da energia amorosa, associada à cor rosa. O rosa nada mais é do que o vermelho com luz, portanto, é o aspecto superior do vermelho. Quanto mais iluminado for o centro de consciência vermelho, maior a conexão com a energia amorosa e maior a capacidade de expressão desse amor através do chacra cardíaco. Luz é consciência. Consciência é luz. Luz é Amor. Amor é Luz.Dicas de como entrar em contato com a energia verde:Alimentação: Uma boa maneira de começar a prover o organismo com uma maior quantidade dessa energia é ingerindo alimentos “verdes”. Como o próprio nome já sugere, as verduras são a maior fonte de energia verde de que dispomos. Abuse delas já que, além de não engordarem, ainda são responsáveis por manter o organismo saudável e livre de toxinas. Mas não se esqueça de que a água é o principal desintoxicante do corpo físico (e emocional), portanto, é aconselhável tomar de 1 1/2 a 2 litros de água diariamente. Complemente o cardápio com frutas (ou suco de frutas) que contenham essa pigmentação: maçã verde, kiwi, abacate e melão são algumas sugestões.Vestuário: Ultimamente o verde tem sido “a cor da moda”, mas, ainda assim, não é uma cor tão popular. Para se acostumar com a idéia de acrescentar a cor verde ao seu vestuário, comece pelos acessórios: uma pulseira, um colar de pedras verdes ou um par de brincos podem dar o destaque. Mas o contato com o tecido no corpo é imprescindível para a sintonia com a cor. Prefira tecidos de algodão ou seda, pois são melhores condutores da energia cromática.Decoração: Utilize objetos de decoração verdes e quadros com motivos dessa cor em sua casa para manter o ambiente harmonioso. Jarros com copos de leite, rosas rosadas e vasos com orquídeas criam uma aura de paz, pureza e amor. Por que não pintar de verde bem clarinho as paredes de seu quarto ou dos seus filhos? Pode ser um convite a mais ao equilíbrio mental e emocional de sua família.Comportamento: O contato constante com a natureza também poderá ajudá-lo no resgate da energia verde. Procure lazer ao ar livre e em meio à vegetação; ande descalço na terra ou grama, consciente de que os chacras que possui na sola de cada um de seus pés estão absorvendo bastante energia que vem do solo (lembre-se da complementação entre o verde e o vermelho). Vá abraçar uma árvore! Parece uma simples brincadeira, mas as nossas amigas árvores carregam e irradiam uma imensa quantidade de prana que, em contato com nossos corpos sutis, auxiliam na restauração energética dos mesmos. Escolha uma das grandes para curtir essa maravilhosa experiência!Elixir de Cristal: Uma outra dica é preparar um elixir de aventurina, cristal também conhecido como quartzo verde. Dentre os benefícios associados ao contato com esse cristal estão: dissolução e neutralização de pensamentos e sentimentos negativos, equilíbrio e purificação dos corpos emocional e mental, alívio do estresse, medo e ansiedade. Prepare o elixir conforme ensinado no artigo anterior. Você também poderá usar um pingente de quartzo verde na altura no chacra cardíaco para entrar em contato com suas propriedades curativas.Aura-Soma: O óleo Equilibrium n.10, verde sobre verde, cujo nome é “vá abraçar uma árvore” é um harmonizador do centro cardíaco. Use-o se quiser reabastecer o quarto chacra. Uma massagem com esse óleo poder ser uma experiência bastante calmante e agradável. A Essência de Cor verde da Aura-Soma também pode ser utilizada para um contato mais sutil com essa vibração. Pingue três gotas da essência em um copo d’água e beba três vezes ao dia.Imaginação Criativa: Este exercício lhe conduzirá à consciência do quarto chacra. Escolha um local bem calmo para realizar este exercício; pode ser em meio à natureza. Tenha certeza de que não será interrompido neste local. Acenda um incenso do seu aroma favorito e coloque uma música tranqüila, se preferir.1) Deitado, com as palmas das mãos viradas para cima e com os olhos fechados, inspire e expire profundamente, três vezes.2) Imagine uma luz branca brilhante entrando pela sua cabeça. Essa é uma luz divina de cura.3) Imagine essa luz limpando e desobstruindo todos os canais energéticos e chacras de seu corpo, desde em cima até embaixo.4) Feito isso, imagine uma luz verde-claro entrando pelas palmas de suas mãos e solas dos pés.5) Imagine que essa energia verde-clara esteja preenchendo todas as partes de seu corpo que estejam precisando dessa energia, de baixo para cima e adequadamente.6) Veja agora a energia verde-claro penetrando pela sua cabeça e preenchendo todo o seu tronco e centro cardíaco.7) Agora imagine uma luz rosa partindo do solo, subindo pelos seus pés, pernas e abdômen e encontrando-se com a energia verde no centro cardíaco.8) Permaneça com a energia rosa em seu coração por alguns minutos, sentindo profundamente esse contato.9) Agora peça a seu corpo para que ele estabilize esta energia.10) Após isso respire novamente 03 vezes, profundamente.11) Abra os olhos e lentamente retorne ao aqui e agora. REPITA este exercício durante uma semana.Paz e Luz!Sua companheira de Jornada (..)




Vê? Quando estiver stressado, ande descalço na relva, abrace ou encoste-se a uma árvore- vai ver que relaxará!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Teste de Inteligência...



E por falar na diferença entre inteligência criativa e lógico-matemática (apesar de não serem mutuamente exclusivas, ainda que a tendência para a simplificação gostasse muito que o fossem), um amigo meu enviou-me este teste por email:

"TESTE CEREBRAL - SENTIDO HORÁRIO OU ANTI-HORÁRIO?
Observe a figura de fundo. Segundo alguns estudiosos, se você vê a mulher girando no sentido horário, significa que trabalha mais o lado direito do cérebro. Se, no entanto, você a vê girar no sentido anti-horário, utiliza mais o lado esquerdo do cérebro. Faça a experiência... O teste é realmente sensacional. Comecei vendo o giro no sentido horário. Quando começo a formular mentalmente questões matemáticas (que usam o lado racional do cérebro, o esquerdo), imediatamente ela muda o sentido de giro para anti-horário. Se eu começo a cantar, nova mudança para o sentido horário (cantando você usa o lado direito, subjetivo, artístico).O mais interessante nessa fórmula que encontrei é que consigo ver o instante em que ela pára e muda o sentido de giro. E as alternâncias provocadas pelos focos em temas objetivos e subjetivos sempre funcionam conforme indicado no primeiro parágrafo. Dica do Carlos Alberto Teixeira, o CAT do caderno "Informática Etc...."d´O GLOBO"

Clique na foto e a imagem movimentar-se-á.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

“Tristes tempos os nossos em que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”

James Watson numa sessão de autógrafos, após uma sua palestra no prestigiado laboratório de genética Cold Springs Harbor
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/James_D._Watson


Como alguém que nasceu em África (Moçambique) e que teve o privilégio de nascer e crescer, até à independência e subsequente vinda para Portugal, num ambiente sociocultural verdadeiramente intercultural, onde conviviam e eram, simultaneamente, agentes de trocas simbólicas, fontes e receptores de significados culturais diversos, as culturas negra (nas suas diversas manifestações tribais), ocidental (lusa e inglesa) e oriental (indiana e chinesa), o animismo, o cristianismo, o islamismo, o hinduísmo, o budismo, confesso-me chocada com as últimas afirmações de um cientista como o Dr. James Watson.

James Watson, um septuagenário geneticista americano, responsável pelo prestigiado laboratório Cold Springs Harbor, célebre pela descoberta da estrutura molecular dos ácidos nucleicos ou DNA, em co-autoria com Francis Crick e Maurice Wilkins, trabalho precursor da genética que os consagrou enquanto galardoados com o Prémio Nobel de Medicina em 1962, afirmou, recentemente, que, em termos genéticos, o QI dos negros é inferior ao dos brancos. Estas declarações, publicadas numa entrevista ao jornal britânico Sunday Times, no domingo passado, fizeram com que se acendesse uma polémica em todo o mundo, levando a que o Museu da Ciência Britânico suspendesse a palestra que o geneticista iria proferir naquela instituição, decisão assim justificada pelo o seu porta‑voz: “(…) cientistas eminentes podem, por vezes , proferir afirmações que provocam controvérsia e o Museu da Ciência não se demite de debater temáticas controversas, todavia, pensamos que o Dr. Watson ultrapassou os limites de um debate aceitável.” James Watson que se deslocou a Inglaterra para promover o lançamento do seu último livro com um sugestivo título: “Avoid Boring People: Lessons from a Life in Science” afirma na dita entrevista que se sente “inerentemente desalentado com as perspectivas em África”, porque “todas as nossas políticas sociais estão baseadas no facto de que a sua inteligência [dos africanos] é a mesma que a nossa- enquanto todos os testes nos indicam que não”, acrescentando que, embora gostasse de afirmar que todos somos iguais, “as pessoas que têm de lidar com empregados negros consideram que isto não é verdade”. Devido a estas afirmações o Dr. James Watson foi, igualmente, suspenso das funções que exercia num dos laboratórios geneticistas internacionalmente mais prestigiados- o Cold Spring Harbor.
No passado, o Dr. Watson já tinha provocado controvérsia ao afirmar que, se os testes de DNA provassem que um nascituro seria homossexual, a essa mulher deveria ser dado o direito de recorrer ao aborto.
Ora tais afirmações, que Watson afirma estarem baseadas naquilo que considera “ciência pura” e afoitas ao politicamente correcto, colidem frontalmente com o postulado pela UNESCO- o de que teorias científicas que promovam a discriminação étnica afirmam-se como móbeis de uma clara violação dos princípios morais e éticos que devem reger qualquer sociedade humana evoluída. Já no Independent, Steven Rose, um eminente biólogo britânico devotado à investigação na Open University, ilustre membro da Sociedade para a Responsabilidade na Ciência, afirma que a Watson escapou-lhe tudo o que tem sido publicado nesta área da investigação. Por sua vez, o Ministro britânico David Lammy considerou as afirmações de Watson “como profundamente ofensivas”, acrescentando que estas só favoreceriam posições extremistas e xenófobas, acrecentando que “é uma pena que um homem com um passado de distinção científica veja o seu trabalho assombrado pelos seus preconceitos irracionais”.
Face a esta “tempestade mediática”, o famoso geneticista Dr.Watson afirmou estar muito perturbado devido aos acontecimentos, acrescentando: “Eu compreendo perfeitamente porque as pessoas, ao ler estas palavras, reagiram da forma como fizeram. A todos aqueles que inferiram das minhas palavras que África, enquanto continente, é, de certa forma, geneticamente inferior, só posso pedir as minhas desculpas sem reservas. Não foi isso que pretendi dizer. O mais importante, do meu ponto de vista, é que não existe base científica para essa crença”.
Ainda bem que se desculpa publicamente, pois aos cientistas deve ser exigida um grau máximo de responsabilidade social, dado o estatuto social que detêm, postura que passa pelo respeito integral por toda e qualquer cultura, género, etnia, classe social, crença religiosa ou ideologia política, assente na consciência acesa de que as suas teorias podem ter um impacto perverso num mundo globalizado, já tão calcinado pela violência. Como tal, carece de legitimidade qualquer teoria que contribua para acirrar comportamentos discriminatórios e ódios irracionais assentes em preconceitos redutores. Sim, porque uma das fontes primordiais da injustiça social e da violência gratuita são os estereótipos, autênticos mecanismos que, advindos da ignorância, se afirmam, igualmente, enquanto privilegiados promotores da ignorância. A responsabilidade social não é uma expressão vaga e politicamente correcta que deva ser aplicada somente ao modus operandi empresarial ou institucional, mas um dever de todo e qualquer cidadão, ainda mais daqueles que, por pertencerem a certas elites, devem assumir as suas responsabilidades enquanto modelos sócio-culturais.
Mas, na minha modesta opinião, face a esta teoria não insólita, mas ignóbil, levanta-se outra questão: como é que o Dr. Watson chegou a tais conclusões- só pelos dados genéticos? Será só a genética que condiciona as competências intelectuais de um indivíduo? Então e os factores sócio-culturais, as experiências de vida, os estímulos a que os humanos são ou não sujeitos que lhes permitem desenvolver mais ou menos as suas competências? Certamente que uma criança africana negra sub-nutrida, sujeita à miséria e à violência quotidiana não terá as mesmas hipóteses de desenvolver as suas capacidades inatas (que até podem ser extraordinárias) e competir no futuro com alguém da mesma ou de outra etnia de inteligência mediana, que usufruiu toda a sua vida dos confortos de uma existência e educação privilegiadas, onde uma alimentação abundante e de qualidade e a frequências dos melhores estabelecimentos de ensino lhe estimularam tudo o que é competência. E, mesmo assim, por vezes, há seres extraordinários que conseguem ultrapassar todos esses obstáculos e superar-se, suplantando estes indivíduos que, pela sua mediania inata ou por terem tido sempre tudo, dando tudo como adquirido, não demonstram as mesmas capacidades cognitivas, lógico-matemáticas ou criativas, nem a mesma força vital para lutar pelos seus sonhos. De facto, não estamos perante uma questão meramente científica, mas essencialmente ética. Qualquer tipo de discriminação, quer ela seja baseada em preconceitos culturais, étnicos, de género, religiosos, sociais ou políticos é um flagelo que contribui em muito para acirrar os índices de injustiça social e de violência. Cito, a propósito, mais uma vez, Albert Einstein: “Tristes tempos os nossos em que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.
Mas mesmo no âmbito científico, esta teoria, se não fosse potencial propulsora de acontecimentos dramáticas, seria, no mínimo, risível. Para já, porque o conhecimento do cérebro humano é ainda tão incipiente que qualquer teoria dogmática sobre este objecto de estudo cai por terra. Aliás, e de acordo com a teoria da falsicabilidade de Karl Popper, qualquer teoria é válida até que apareça outra que a ponha em causa e, neste caso, há inúmeros trabalhos de investigação que, claramente, contrariam esta opinião do Dr. Watson, que mais parece de senso comum do que baseada em algum facto científico. Por outro lado, é forte a hipótese de que o cérebro humano, estando dividido em dois hemisférios, apresente a particularidade de direccionar o hemisfério direito para as competências criativas (imaginação, capacidade de síntese, de memorizaação, percepção das relação espaciais, entre outras) e o esquerdo para o raciocínio lógico-matemático (cálculo, linguagem verbal, etc). Já António Damásio, no Erro de Descartes o afirma: à inteligência racional, baseada no raciocínio lógico, linear e sequencial, o ser humano junta a inteligência emocional, assente na intuição e na criatividade. Como tal postula que “o ponto de partida da ciência e da filosofia deve ser anti-cartesiano: "existo (e sinto), logo penso”. O Homem deve ser tomado na integralidade das suas capacidades, como forma de desenvolver de forma salutar o seu ser e de alcançar o equilíbrio.
A propósito, posto aqui um excerto de uma entrevista concedida pelo Director do Instituto da Inteligência, Dr. Nelson Lima, à jornalista da revista Crescer Patrícia Serrano, que versa sobre o fenómeno das crianças sobredotadas e os vários tipos de inteligência que são hoje considerados em termos científicos ( vide http://mentessobredotadas.blogspot.com/2005/12/crianas-sobredotadas-em-entrevista.html): "CRIANÇAS SOBREDOTADAS Em entrevista à jornalista Patrícia Serrano da revista CRESCER, Nelson S. Lima [Director do Instituto da Inteligência] respondeu a algumas questões sobre a sobredotação que serão publicadas oportunamente naquele órgão de comunicação social.Dado o interesse que o assunto tem para muitos dos leitores desta página aqui apresentamos o essencial dessa entrevista.
Patrícia Serrano - Quais são as aptidões e características que definem um sobredotado? E são estas aptidões limitadas às competências intelectuais e académicas, ou são mais latas e abrangentes?
Nelson Lima - As pessoas com altas capacidades ou com talentos excepcionais diferem dos outros indivíduos pelas potencialidades que apresentam e pelo elevado nível de execução e concretização de que são capazes nas suas áreas de interesse. Pode ser uma forma de inteligência que se apresenta bastante desenvolvida e estruturada (por exemplo: a lógica-matemática), uma alta habilidade (por exemplo: para a liderança) ou um talento artístico (por exemplo: a criação musical). Tradicionalmente chamam-se sobredotadas a estas pessoas mas o termo tende a ser substituído por "Indivíduo Portador de Alta Capacidade (…)
:::::::::::::::

sábado, 20 de outubro de 2007

Respeito pela presença e memória dos portugueses nas ex-colónias

Creio que já chegou a hora de se ignorarem posturas ideológicas redutoras e fazer-se justiça, nem que seja simbólica, honrando o nome de quem honrou a nação, como símbolo de toda uma comunidade que, na sua larga maioria (excepções à regra há sempre), contribuiu para o desenvolvimento de Moçambique e de Angola- os chamados colonos e, mais tarde, retornados-, pelo seu trabalho árduo e honrado, pela sua humanidade e claro espírito de missão e de sacrifício, pelo Grande Amor que (quase) todos sentiam por aquelas gentes, por aquelas terras. Comunidade que tem assistido, desde há 33 anos, ao enxovalho do seu nome e da sua honra pública e continuamente, por narrativas míticas dogmáticas subjectivas, não isentas e profundamente injustas, de quem nunca conheceu nem amou África, pois quem ama nem destrói, nem é conivente com a versão ficcionada e simplista dos destrutores !
Todavia, nós, comunidade de retornados e apátridas- o que é que se chama a alguém que nasceu nas ex-colónias, que lá cresceu, que nunca esteve na Metrópole e que retornou à terra natal de seus pais, dada a situação calamitosa a que essas terras e respectivas populações foram devotadas, sem se poder defender de atrocidades? Retornados? Então qual é a coerência? Para uns há o respeito, e muito louvável, porque são cidadãos portugueses de pleno direito, filhos de imigrantes, que constituem a chamada 2ª geração; outros são englobados erroneamente numa categoria a que não pertencem- a de quem retornou a um local onde nunca esteve, a uma comunidade estranha à sua matriz sociocultural! E ainda têm o desplante de reafirmar, consecutivamente, que abandonámos as ex-colónias! É preciso descaramento e uma profunda falta de justiça histórica! Quem é que não abandonaria, com catanas e metralhadoras apontadas às cabeças das suas mulheres, dos seus filhos, dos seus maridos, dos seus amigos, dos seus empregados, e sem ter meios alguns de defesa? Carregue na tecla quem permanecesse! Claro que alguns permaneceram, mas tiveram, ou de se calar para sobreviver, ou de se aliar ao novo regime e legitimar as suas práticas, cuja humanidade deixou muito a desejar sempre!
Já todos os limites da ofensa foram ultrapassados. Nós, os que ainda estamos vivos, temos o dever de exigir respeito pelas nossas memórias e, principalmente, de honrar a memória de todos aqueles que tombaram ou viram tombar os seus entes mais queridos! Haja decência!
Como diria Martin Luther King: "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

Homenagem ao Dr. Paz, uma alma nobre, um médico humanista que deixou muitas saudades em todos os moçambicanos


O Dr. Paz com os seus dois filhos, em Moçambique


Um dos aviões do SMA: O CR-APC

A Frota Aeronáutica do SMA

Um artigo de um jornal, creio que sul-africano, sobre a expansão do SMA

O descerramento da placa toponímica pelos filhos do Dr. Paz, entre os quais o Professor Doutor José Rodrigues dos Santos, em Penafiel

Fonte Fotos:

O Dr. José Paz Brandão Rodrigues dos Santos, nascido em Penafiel a 13 de Outubro de 1934 e Licenciado em Medicina pela Universidade do Porto, deixou, com a sua partida em Janeiro de 1986, um extraordinário legado simbólico a todos nós que, vindos de Moçambique, sentimos um grande orgulho pela obra que este senhor exerceu naquelas terras como médico. Segundo palavras do seu próprio filho, o Professor Doutor José Rodrigues dos Santos (JRS), esse legado centra-se, fundamentalmente, num elevado espírito humanitário. Com efeito, o Dr. Paz, como era vulgarmente conhecido, exercia a sua actividade deslocando-se no seu CR‑AKS, uma vez que era, igualmente, um exímio piloto aeronáutico. Num país em que as grandes distâncias implicavam a deslocação via aérea, o Dr. Paz sabia maximizar a sua dedicação altruísta à saúde das populações moçambicanas, conjugando-a com a sua perícia no cockpit, criando em finais da década de 60, princípios da de 70, o Serviço Medico Aéreo (SMA), projecto financiado pela Gulbenkian e pela Cruz Vermelha Internacional, de acordo com JRS, numa entrevista online amavelmente concedida.
A família vivia em Tete e, em 1973, mudou-se para a então Lourenço Marques (hoje Maputo). Em 1974, JRS e o seu irmão vieram definitivamente para Portugal. Em 1975, ano em que se efectiva a independência de Moçambique, foi a vez de sua Mãe deixar Moçambique. Só em 1977, o Dr. Paz regressou à sua terra natal, ingressando no corpo de médicos do Centro de Saúde e do Hospital de Penafiel, tendo ocupado, igualmente, o cargo de Director dos Serviços de Saúde de Macau e o de Vice‑Presidente da Organização Mundial de Saúde para a Ásia.
A 12 de Setembro do presente ano, realizou-se no Salão Nobre da Câmara Municipal de Penafiel, uma homenagem ao Dr. Paz e ao seu irmão, o também médico Dr. Francisco José Brandão Rodrigues dos Santos, falecido a 18 de Abril de 2003, na qual estiveram presentes os familiares dos homenageados, entre os quais JRS e seu irmão. Esta homenagem pública consubstanciou-se à atribuição do nome destes dois ilustres médicos a duas ruas da sua cidade natal, finalizada com o descerramento da placa toponímica pelos seus familiares.
Alberto Santos, o Presidente da Câmara, frisando que se tratava “de uma homenagem a dois filhos da terra”, destacou a importância deste evento na valorização do património simbólico comunitário, afirmando: “É importante verificar que existe esta consciência de não esquecermos aqueles que serviram as suas terras. Na nossa memória está bem vincado o percurso de vida destes cidadãos. A sua ligação à terra de Penafiel levou-nos a querer perpetuar as suas memórias”.
Alberto Santos, referindo-se ao Dr. Paz, evocou-o como um modelo de humanismo, defendendo que “a circunstância de levar o nome de Penafiel por esse mundo, associada à causa social, à causa daqueles que mais precisam, uma causa de coragem em circunstâncias muito difíceis, tornou-o num cidadão não só de Penafiel, mas do mundo”.
Estranhamente, as autoridades governamentais actuais da terra que o Dr. Paz amou como sua e onde actualizou activamente esse vincado humanismo e forte espírito de responsabilidade social- Moçambique- ainda não o homenageou pelos louváveis serviços prestados às populações nativas e à nação em geral. Mas, conhecendo eu a gratidão daquelas gentes, certamente que o homenagearão em cerimónias não oficiais. Aliás, como acontece todos os anos na actual povoação de Chókwè ou Chokwé, na província de Gaza, cuja população se reúne ao redor da sepultura do Engenheiro Trigo de Morais para o homenagear, sentida e emocionadamente, pela forma como liderou o desenvolvimento do projecto do regadio do Limpopo, conferindo a esta área um grande potencial agrícola. Aliás, em Abril de 1964, esta povoação passou a denominar-se Vila Trigo de Morais, só depois da independência é que tomou a designação anteriormente citada (num post ulterior prestarei, igualmente, a minha homenagem a esta figura já mítica que soube tão bem dignificar a presença portuguesa em Moçambique!).
Homenagens que deveriam ser actualizadas, igualmente, pelas autoridades portuguesas ao nível central, uma vez que estes homens foram verdadeiros heróis que elevaram o nome de Portugal! Aqui fica a minha singela homenagem ao Dr. Paz, um grande homem que fez jus ao seu nome, levando a esperança e o humanismo a todos os locais de Moçambique que beneficiaram do seu altruísmo. Kanimambo, Dr. Paz!
Fontes:
(a) entrevista online ao Professor Doutor José Rodrigues dos Santos
(b) post nº 364 de Luísa Hingá no seu blog - http://voandoemmozambique.blogspot.com/ - no qual, a 20 de Setembro de 2007, já tinha evocado esta homenagem da Câmara Municipal de Penafiel ao Dr. Paz. Aliás, este blog foi, igualmente, a fonte da foto de um avião do SMA e da imagem relativa à sua Frota Aérea.
(c)http://www.cm-penafiel.pt/VSD/Penafiel/vPT/Publica/CentroComunicacao/Noticias/homenagempenafidelensesfbjosepaz.htm

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Recebi este postal de um amigo...


Recebi este postal de um grande amigo meu, uma pessoa incrível que só se sente bem fazendo o Bem. É um orgulho ter um amigo assim...De facto, quem tem amigos tem pedras preciosas que têm de ser ciosamente guardadas no seu coração como tal.

28ª edição SOSAnimal - Alvito






Outro apelo ao nosso espírito solidário que recebi da minha amiga devotada à defesa dos direitos dos animais :

"28º SOSAnimal - Alvito


Vai decorrer no próximo dia 21 de Outubro de 2007 (Domingo) a 28ª edição SOSAnimal - Alvito, promovida pela equipa do SOSAnimal, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. Este evento vai-se realizar no Parque do Alvito, em Monsanto - Lisboa.


Horário: Das 11:00 às 18:00.


Pedimos a todos que puderem comparecer para ajudar, que apareçam!Teremos animais do Canil Municipal de Lisboa e de diversas FAT's para adopção. Estaremos também a recolher donativos, tais como:* Medicamentos diversos para animais;>* Desparasitantes em pasta, comprimidos, sprays, etc;* Cestos, alcofas, comedouros, coleiras e trelas;* Utensílios e produtos de limpeza, tais como:* Vassouras, esfregonas, baldes e pás;* Sacos do lixo; * Lixívias, detergentes, trigene e outros; * Rolos de papel de cozinha, Toalhetes humidos para bebé, pó de talco; * Álcool, betadine e outros desinfectantes;* Sacas de ração para cães e Gatos;* arroz e massas> * caso tenham toalhas de praia que já não queiram e visto ter acabado a época balnear, são bem vindas para forrar os abrigos das nossas colónias de gatinhos. Muito obrigado!


Como lá chegar:Segue-se um mapa da localização do evento:Estrada do Alvito, na zona sul do Parque Florestal de Monsanto - melhor acesso por Alcântara, junto ao Centro de Ténis de Monsanto OU através da A5 - sentido Cascais - Lisboa, Saida para Alvito.Para quem vem pela A5 direcção Cascais -Lisboa, sai na saida que diz "Monsanto", segue em frente na Rotunda e o parque do Alvito é cerca de 500m mais à frente.Autocarros (Carris): n.24



Contamos com a sua presença!"

A força inexorável da fé segundo Ian Buruma

British Museum, Pavilhão da China
Isabel Metello ©

Um amigo fez-me chegar às mãos, via email, este texto extraordinariamente isento sobre a força da fé. Se o lerem ficarão, certamente, maravilhados com a solidez da sua argumentação.

:::::::::::::::



Ian Buruma*, "As revoltas dos justos", PUBLICO, 17 Out 2007

"A fé ocupa um lugar na política quando os liberais seculares são impotentesTornou-se moda em certos círculos elegantes considerar o ateísmo como um sinal de superior educação, de mais elevado nível de civilização, de iluminação. Best-sellers recentes sugerem que a fé religiosa é, na realidade, um sinal de atraso, a marca de primitivos que ainda não saíram da idade das trevas e que não são capazes de raciocínio científico. A religião, dizem-nos, é responsável por violência, opressão, pobreza e por muitos outros males.Não é difícil encontrar exemplos que sustentam estas declarações. Mas será que a religião também pode ser uma força para o bem? Será que há casos em que a fé religiosa vem em auxílio mesmo daqueles que não a possuem?Visto que nunca tive nem os benefícios nem as infelicidades decorrentes da adesão a qualquer religião, pode parecer hipócrita que eu defenda os que tiveram. Mas, ao observar a forma como os monges birmaneses na televisão desafiavam as forças de segurança de um dos regimes mais opressivos do mundo, é difícil não encontrar algum mérito na crença religiosa.A Birmânia é um país profundamente religioso, onde a maioria dos homens vive nalgum momento da sua vida como monge budista. E mesmo o mais brutal dos ditadores birmaneses deve hesitar um pouco antes de lançar um ataque mortal contra homens cobertos com as vestes açafrão e cor de vinho típicas da sua fé.Aos monges birmaneses e às monjas nas suas vestes cor-de-rosa juntaram-se estudantes, actores e outros que pretendiam libertar o país da junta militar. Mas foram os monges e as monjas que deram o primeiro passo, foram eles que ousaram protestar quando os outros tinham praticamente todos desistido de lutar. E fizeram-no com a autoridade moral da sua fé budista.Os românticos podem dizer que o budismo não é bem como as outras religiões, que na realidade é mais uma filosofia que uma religião. Mas o budismo tem sido uma religião em diferentes regiões da Ásia há muitos séculos e, como qualquer outra crença, também pode ser usado para justificar actos violentos.Basta olhar para o Sri Lanka, onde o budismo se alia ao chauvinismo étnico na guerra civil a fogo lento que opõe os budistas ceilonenses e os hindus tamil.Da mesma maneira que os budistas arriscaram a vida para defender a democracia na Birmânia, os cristãos têm feito a mesma coisa noutros países. O regime de Ferdinando Marcos, nas Filipinas, estava condenado nos anos 80, a partir do momento em que a Igreja Católica se voltou contra ele. Milhares de cidadãos comuns desafiaram os tanques quando Marcos ameaçou esmagar o "Poder Popular" pela força, mas a presença de padres e de freiras deu à rebelião a sua autoridade moral.Muitos dissidentes políticos na Coreia do Sul sentem-se inspirados pelas suas crenças cristãs e o mesmo acontece na China. E ninguém pode negar que a autoridade religiosa do Papa João Paulo II foi um estímulo para a rebelião contra a ditadura comunista na Polónia, nos anos 80 do século passado.Os verdadeiros crentes verão certamente a mão de Deus nestes acontecimentos revolucionários. A principal adversária de Ferdinando Marcos, Cory Aquino, gabava-se de ter uma comunicação directa com o Senhor. Como não-crente, sou obrigado a encarar estas alegações com cepticismo, mas o poder moral da fé religiosa não exige nenhuma explicação sobrenatural. A sua força advém da própria fé - fé numa ordem moral que desafia ditadores, sejam eles seculares ou, mesmo, religiosos.Entre os resistentes mais activos contra os nazis na II Guerra Mundial havia muitos devotos cristãos. E alguns acolheram judeus - apesar dos seus próprios preconceitos - simplesmente porque viam isso como um dever religioso.A fé nem sequer tem de ser num ente sobrenatural. Homens e mulheres que encontraram forças na sua crença no comunismo resistiram ao nazismo com igual tenacidade.Apesar da horrível violência dos fanáticos islamistas, não devemos esquecer que as mesquitas podem também constituir um centro legítimo de resistência contra as maioritariamente seculares ditaduras do Médio Oriente de hoje. Num mundo de opressão política e de corrupção moral, os valores religiosos oferecem um universo moral alternativo. Esta alternativa não é necessariamente mais democrática, mas pode sê-lo em certos casos.Apesar disto, o perigo de todos os dogmas, religiosos ou seculares, é que levam a diferentes formas de opressão. A revolta contra o domínio soviético no Afeganistão foi liderada por guerreiros sagrados que, em seguida, impuseram a sua própria forma de totalitarismo.Mais: a liderança carismática pode ser um problema mesmo quando se reveste de uma forma benigna. O estatuto de Cory Aquino nas Filipinas, comparável ao da Virgem Maria, era mobilizador nos dias agitados do Poder Popular, mas pouco fez para estimular o aparecimento de instituições democráticas seculares.Na Polónia, mal a batalha contra o comunismo foi vencida, o movimento Solidariedade depressa foi submerso por conflitos entre democratas seculares e crentes que procuravam na Igreja a sua inspiração.A fé representa um importante papel na política sempre que os liberais seculares são impotentes - como nos casos da ocupação nazi, do domínio comunista ou das ditaduras militares. Os liberais são necessários sempre que há compromissos que têm de ser encontrados, mas não têm a mesma utilidade quando é necessário enfrentar a força bruta. Nestes momentos, é quando os visionários, os românticos e os verdadeiros crentes são guiados pelas suas crenças e se dispõem a correr riscos que a maior parte de nós consideraria temerários. De uma forma geral, não é muto benéfico ser governado por tais heróis, mas é bom ter heróis dispostos a sacrificar-se quando são necessários.
"



*Professor de Direitos Humanos no Bard College (EUA) © Project Syndicate, 2007. www.project-syndicate.org

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

IPO necessita de filmes VHS ou DVD's para os doentes da unidade de transplantes que estão em isolamento

Aqui fica, também, outro apelo:
"O Instituto Português de Oncologia (IPO) está a angariar filmes VHS ou DVD's para os doentes da unidade de transplantes que estão em isolamento. São crianças e adultos que precisam de um transplante de medula e de estar ocupados durante o tempo de internamento. O IPO aceita todos os géneros de filmes, mas a preferência vai para a comédia. Numa altura menos feliz das suas vidas, um sorriso vai fazer bem a quem passa dias inteiros numa cama de hospital. Rir é sempre um bom remédio :)
As cassetes de vídeo ou DVD's podem ser enviadas para: Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil, Unidade de Transplante de Medula, A/C Sr.ª Enf. Elsa Oliveira, Rua Professor Lima Basto 1070 Lisboa Ou então, informe-se pelo telefone: 217 229 800 (geral IPO) 21 726 67 85."

Necessita-se de sangue tipo (B-) para salvar uma vida

Outro apelo, recebido, hoje, por mail e de fonte fidedigna:

"Pedido de sangue!
Por motivo de doença grave, um amigo está hospitalizado à espera de ser operado. Ainda não o foi porque tem um sangue raro (B-). Pede-se a quem tenha este tipo de sangue que contacte com urgência: Luís de Carvalho - 931085403/ Pedro Leal Ribeiro - 222041893 Fax: 222059125 Se nao puderes ajudar, por favor divulga este e-mail. Não custa nada passar. HOJE POR ELE, AMANHÃ POR TI "

Salvemos estes animais do abate...




Recebi, hoje, por mail, o seguinte apelo de uma amiga cuja nobreza de alma a canaliza sempre para a ajuda aos seres mais desprotegidos :

"Há quatro meses (Maio de 2007), sobreviviam 300 animais num canil dos arredores de Lisboa. Subnutridos, muitos deles doentes, nas piores condições de higiene imagináveis. Previa-se o encerramento do canil, o que implicaria o abate de todos os animais que lá permanecessem. Ao longo dos últimos meses, uma equipa de voluntários incansável conseguiu o que parecia impossível: a maioria destes animais foi tratada e adoptada definitivamente, ou entregue a famílias de acolhimento temporário. Mas estão ainda 23 animais no canil. A Direcção Geral de Veterinária concedeu o prazo de mais uma semana para se tentar resolver a situação, porque o destino dos animais que lá permanecerem ao fim deste prazo será o abate. Hoje é dia 18 de Setembro. Temos UMA SEMANA para salvar estes animais. Não importa a zona do país em que viva. Se puder acolher, ainda que temporariamente, algum destes canitos, por favor contacte a Anabela: anabelamayor@gmail.com<mailto:anabelamayor@gmail.com


Se não puder ajudar de outra maneira, por favor reenvie este mail aos seus contactos.Obrigado."

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza


Hoje, celebra-se o Dia Mundial contra a Pobreza, num mundo onde, progressivamente, é maior e mais injusto o fosso entre os que vivem num luxo quase imoral e os que sobrevivem na miséria; entre os que querem tudo no presente imediato e os que nada têm nem nada esperam do futuro; entre os que choram porque não conseguiram comprar uns sapatos Chanel da mesma cor do vestido para a próxima festa e os que gritam de desespero porque não têm como alimentar os seus filhos que, não raras vezes, lhes morrem nas mãos!

Lembrei-me de aproveitar este momento para homenagear pessoas que me marcaram.
Uma delas foi um senhor que vou designar como Capitão CQ, por respeito à sua memória, que conheci há uns largos anos numa viagem de comboio na linha de Cascais. Era um senhor de idade, um sem-abrigo, com os olhos muitos tristes, cansados, mas bondosos, que mantinha uma postura muito digna, trazendo preso por uma corda um cãozito de olhos meigos e leais. Aproximei-me e falei com ele, ficando a saber que tinha sido combatente na Guerra Colonial, em Moçambique, como comando miliciano. Segundo as suas palavras, não aguentou chegar a casa um dia e ver em cima dos pratos postos na mesa as cabeças da sua esposa e filhos, cortadas à catanada! Desde então, os momentos de lucidez passaram a lembrar-lhe a demência a que as suas memórias tão dolorosas o remeteram.
Quando voltou para Portugal, depois da independência, ainda tentou receber uma reforma por invalidez, mas em vão. Desde então, vivia em carcaças de carros abandonados com o seu cãozito, o único amigo que lhe restou. Ainda cheguei a deslocar-me à sede dos Comandos em Lisboa, mas informaram-me de que, como miliciano, não tinha direito a algum subsídio. Fiquei aterrada! Como é que um homem que perdeu a sua vida e a dos seus pela pátria que defendeu foi, desta forma tão desumana, enterrado na maior das misérias, sem usufruir de apoios de quem quer que fosse?


Outra pessoa que me marcou foi um senhor que conheci na Praça da Alegria, quando fazia trabalho de voluntariado pela Comunidade Vida e Paz (CVP). Era um senhor já com cerca de 80 anos, polido, com uma educação esmerada, que nos revelou ter trabalhado arduamente durante toda a sua vida, mas que se via, agora, na necessidade imperiosa de dormir nos bancos de jardim da Praça, uma vez que a sua magra reforma, raramente, lhe permitia pagar uma noite numa pensão! E como o Inverno foi rigoroso nesse ano!
A que ponto chegámos- abandonar pessoas que trabalharam honesta e dedicadamente toda a sua vida à sua sorte, à miséria e à solidão, no final das suas vidas, quando mereciam viver e morrer com dignidade!


Casos como estes são, actualmente, tão frequentes que arrisco-me a dizer que este país necessita urgentemente de uma grande dose de decência colectiva! Fala-se tanto em responsabilidade social e nunca vi tantos sem-abrigo na rua como hoje, nem mesmo quando há cerca de 6-7 anos colaborei com a CVP. Façam uma visita ao Rossio num sábado à tarde e verão um cenário completamente destroçador!
O nosso país foi invadido por uma vaga de novo-riquismo proporcional à de uma crédito-dependência fomentada ou pelo desespero, face aos altos níveis de desemprego e falência de milhares de agregados familiares, ou pelo deslumbramento, pela necessidade de se aparentar aquilo que nem se é, nem se tem, face a uma pressão social com laivos claramente provincianos!
Sinto-me desolada quando ouço as boçalidades vindas da boca de gente que só pensa em empaturrar-se alarvemente com manjares extravagantes, banhar-se em marcas luxuosas, frequentar locais da moda, viver unicamente para futilidades, vender a mãe para ter visibilidade mediática e que é incapaz de ajudar o próximo, de ter sequer um gesto de humanidade, a não ser que esteja uma câmara ou uma objectiva por perto! Maria Filomena Mónica tem toda a razão- o retrato queirosiano satírico da sociedade portuguesa continua a encaixar que nem uma luva nesta nossa actualidade, onde pulula esta horda de alpinistas sociais devotados a um materialismo depauperante!

Não há mal algum em ser-se novo-rico, pelo contrário, até é uma forma salutar de democratização do acesso ao poder, mas desde que se crie riqueza que beneficie, também, a comunidade e se tenha alcançado o estatuto com muito trabalho, detendo-se uma clara noção de responsabilidade social. Todavia, muitos são os que se revelam completamente autistas ao ponto de não demonstrarem compaixão alguma pelos seus semelhantes, nem compreensão alguma pela real situação de muitos portugueses, resguardando-se num optimismo eufórico, quase epopaico. Conheço muito boa gente com muito dinheiro cuja generosidade é proporcional à educação, na maioria das vezes esmerada, noutras mais humilde, mas com sólidos princípios incorporados; mas raros são aqueles que conjugam o verbo subir modificado pelo advérbio velozmente com o substantivo humanidade. Cada vez mais, sou adepta do provérbio: "Não peças a quem pediu e não sirvas a quem serviu". E eu que nunca pensei dar razão, neste aspecto, às lições pragmáticas da minha Madrinha, uma sábia e arguta mulher que, com 85 anos já feitos, os vislumbra à distância!


domingo, 14 de outubro de 2007

Mais umas fotos da cerimónia da entrega do Diploma de Mestrado

::::::::::


::::::::::
:::::::::::::
::::::::::
::::::::::
::::::::::
::::::::::

::::::::::

Sucesso, essa dimensão tão idolatrada....




O sucesso, nas sociedades contemporâneas, assume-se como a quimera de milhares de almas, que o veneram como uma dimensão mítica, como a plataforma indispensável à concretização dos seus sonhos, ao alcance da sua felicidade, paradoxalmente, sempre presente e sempre adiada...


Einstein dizia que o sucesso exigia três capacidades: "muito trabalho, muita diversão e boca fechada" (e não vivia em Portugal, senão tinha mandado coser um zip na boca).


Dalí afirmava, por seu turno: "A inteligência sem ambição é uma ave sem asas" e que "a inveja dos outros artistas sempre foi o barómetro do meu sucesso".


Hohn Dryden, poeta britânico defendia: "Força de ânimo e coragem na adversidade servem para conquistar o êxito, mais do que um exército."


Já I Ching postulava: "Há que tornar a ungir os cavalos guerreiros e levar a luta até ao fim; porque quem nunca descansa, quem com o coração e o sangue pensa em conseguir o impossível, esse triunfa."


E Cícero, esse senador romano eterno inimigo de Catilina, o que pensaria ele sobre esta dimensão intemporalmente almejada pelo Homem? Dizia: "Quanto maior são as dificuldades a vencer, maior será a satisfação."


Pensamentos tão soltos quanto profundos que me lembram uma frase inserida numa obra que estou, actualmente, a ler: "É contra o vento que se levanta voo". Eu diria mais: não há nada que se compare ao prazer de se levantar voo contra o vento; navegar à bolina, com o vento de feição, é tão entediante quanto frustrante! Esta navegação, algo parasitária, nunca permitirá descortinar qual a força do motor da aeronave! E aquela que não sabe qual a fibra do seu órgão vital, nunca tendo experimentado vencer uma forte tempestade e dela saindo não incólume, mas muito mais fortalecida, face a uma ventaniazita, facilmente se despenca. Como diz o refrão de uma música fantástica que, por coincidência estou a ouvir na RFM: "My dream is to fly over the rainbow so high!". E, já agora, outro, igualmente a propósito- um de Nelly Furtado: "Como uma força...mais perto do céu!"; aos quais pode ser acrescentada uma máxima da área do marketing, ligeiramente remodelada por estas teclas que me permitem levantar voo: "the sky is the limit" if you do have the guts to wish it so hard that you are willing to fly for it.

Aqui ficam alguns pensamentos de célebres intelectos sobre o êxito, retirados do site: http://pensamentos.aaldeia.net/exito.htm
:::::
"Só existe uma forma de êxito - ser capaz de viver a vida de acordo com a própria consciência."(Christopher Morley - Escritor Norte-americano)
:::::
"Se achas bom ser importante, um dia descobrirás que é mais importante ser bom."(R. Scheneider)
:::::
"Vencer não é nada, se não se teve muito trabalho; fracassar não é nada se se fez o melhor possível."(Nadia Boulanger, pianista)
:::::
"Se não és senhor de ti mesmo, ainda que sejas poderoso, dá-me pena e riso o teu poderio."(Josemaría Escrivá)
:::::
"O tipo de êxito que pretendes alcançar é o êxito obtido à custa da alma, mas a alma é maior que o êxito." (Tagore)
:::::
"As grandes obras são sonhadas pelos génios, executadas pelos lutadores, disfrutadas pelos felizes e criticadas pelos inúteis crónicos."(Autor desconhecido)
:::::
"O difícil não é subir, mas, ao subir, continuarmos a ser quem somos."(Jules Michelet)
:::::
"Na luta conhece-se o soldado; só na vitória se conhece o cavalheiro."(Jacinto Benavente, dramaturgo espanhol)
:::::
"Quando vires um gigante, repara bem na posição do sol, não vá acontecer que se trate da sombra de um pigmeu." (Von Hardenberg)
:::::
"Tive êxito na vida. Agora tento fazer da minha vida um êxito."
(Brigitte Bardot, actriz francesa)
:::::
"Eu não sei qual o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar a toda a gente."(Bill Cosby)
:::::
"A perseverança é a mãe da boa sorte." (M. Cervantes)
:::::
"Sorte é aquilo que acontece quando a preparação encontra a oportunidade."
(Elmer Letterman)
:::::
"A disciplina é a parte mais importante do êxito."
(Truman Capote, novelista norte-americano)
:::::
"Se os teus sonhos estiverem nas nuvens, não te preocupes, pois estão no lugar certo; agora começa a construir os alicerces."(Autor desconhecido)
:::::
"A primeira condição para se ser alguma coisa é não querer ser tudo ao mesmo tempo."
(Tristão de Ataíde)
:::::
"O êxito tem feito muitos falhados."
(C. Adams)
:::::
"Pretextos.- Nunca te faltarão para deixares de cumprir os teus deveres. Que abundância de razões... sem razão! Não pares a considerá-las.- Repele-as e cumpre a tua obrigação."
(Josemaría Escrivá) "
:::::
"Nada é mais difícil, e por isso mais precioso, do que ser capaz de decidir."
(Napoleão)
:::::
"O segredo de progredir é começar. O segredo de começar é dividir as tarefas árduas e complicadas em tarefas pequenas e fáceis de executar, e depois começar pela primeira."
(Mark Twain)
:::::
"Depois de nos precavemos contra o frio, a fome e a sede, tudo o mais não passa de vaidade e excesso." (Séneca, filósofo e poeta romano)
:::::
"Se queres vencer na vida, consulta três velhos." (Provérbio Chinês)
:::::
"Se não posso realizar grandes coisas, posso, pelo menos, fazer pequenas coisas com grandeza."(Clarck)
:::::
"A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há-de ser, porque todo o fruto delicioso amadurece lentamente." (Arthur Schopenhauer)
:::::
"Qualquer simples problema se pode tornar insolúvel se for feito um número suficientes de reuniões para o discutir." (Arthur Bloch)
:::::
"O teu êxito depende muitas vezes do êxito das pessoas que te rodeiam." (Benjamin Franklin)
:::::
"Ninguém é maior do que aquele que está disposto a que lhe assinalem os seus erros." (Dave Barry)
:::::
"O primeiro passo para conseguirmos o que queremos na vida é decidirmos o que queremos." (Ben Stein)